Arcoverde
dá um passo importante na valorização da música romântica nordestina e da
ocupação cultural do espaço urbano ao lançar o Festival Arcoverdense de Seresta
e Serenata (FASS). A iniciativa, que acontece nesta sexta-feira (19), no Centro
da cidade, segue um modelo que há décadas se mostra bem-sucedido em Santa Maria
da Boa Vista, no Sertão do São Francisco, onde o tradicional Festival de
Serenata transforma avenidas e a orla do rio em palco para milhares de pessoas.
Assim
como ocorre às margens do Velho Chico, Arcoverde aposta na força da seresta
para movimentar o comércio, atrair visitantes e fortalecer a identidade
cultural local. O FASS encerra a programação comemorativa dos 97 anos da Casa
James Pacheco (Câmara de Vereadores) e une música, memória e ocupação
democrática das ruas.
A
programação tem início às 19h, com uma Sessão Solene na Câmara Municipal, onde
serão entregues títulos de cidadão a José Carlos Pereira (Zezinho) e José
Pereira de Lima (Dema). Em seguida, a serenata ganha vida pelas ruas do Centro,
em um percurso musical que passa pela Avenida Antônio Japiassu, Estação da
Cultura, Avenida Zeferino Galvão e Praça Winston Siqueira, até chegar ao Coreto
da Praça da Bandeira. No local, a serenata se transforma em grande seresta
popular na voz da cantora Lila.
As
atrações principais da noite reforçam o prestígio do evento: Lila, conhecida
nacionalmente como a Rainha da Seresta, e o grupo Sertão Seresteiro, de
Petrolina, referência do gênero no Vale do São Francisco.
O
festival presta homenagem especial ao seresteiro arcoverdense Jairo Pacheco
Freire e também reverencia nomes que marcaram a história musical da cidade,
como Beto da Oara, Dão Novaes, Hugo Araújo, Lima Ferreira, Jarbas Freire e Luiz
Lopes. Haverá ainda uma homenagem póstuma ao cantor Timotinho, lembrado como
uma das vozes mais emblemáticas da seresta em Pernambuco.
Além
das atrações principais, o FASS valoriza artistas locais e músicos do segmento
seresteiro, reunindo cantores e instrumentistas que ajudam a manter viva uma
tradição que atravessa gerações.
Inspirada
no sucesso de Santa Maria da Boa Vista — que há anos transforma suas noites em
verdadeiros encontros de emoção às margens do São Francisco — Arcoverde mostra
que investir em cultura popular, memória afetiva e música de rua é também
investir em turismo, economia criativa e pertencimento. O FASS nasce com
potencial para se consolidar no calendário cultural do município e seguir
embalando corações por muitas edições.
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