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quinta-feira, 5 de março de 2020

Ex-secretário nacional de Justiça, Astério Pereira dos Santos é preso pela Lava Jato do RJ


                Astério Pereira dos Santos, ex-secretário nacional de Justiça, foi preso nesta quinta-feira (5), em casa, no Leblon, em uma etapa da Lava Jato no Rio. A TV Globo apurou que contra Astério há suspeitas de lavagem de dinheiro e de ter ajudado na fuga do empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur.

Até a última atualização desta reportagem, sete pessoas haviam sido presas. A força-tarefa tentava cumprir nove mandados de prisão. O juiz Marcelo Bretas expediu ainda 32 mandados de busca e apreensão. Outros alvos são o filho de Astério; Carlson Ruy Ferreira, apontado como sócio do ex-secretário; e um delegado da Polícia Civil do RJ.

Astério, procurador aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), integrou o governo Temer em 2017. Assumiu em março e pediu demissão em novembro daquele ano. Para ocupar o cargo federal, Astério se aposentou do MPRJ -- condição em que perdeu o foro privilegiado. Com isso, o inquérito foi enviado para a primeira instância, onde Bretas atua.

Astério, procurador aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), integrou o governo Temer em 2017. Assumiu em março e pediu demissão em novembro daquele ano.

Para ocupar o cargo federal, Astério se aposentou do MPRJ -- condição em que perdeu o foro privilegiado. Com isso, o inquérito foi enviado para a primeira instância, onde Bretas atua.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Blogs que anunciaram propaganda do Governo de Goiás viram casos de polícia


               A Polícia Civil de Goiás deflagrou na manhã de hoje (23), a Operação Sofisma, cujo objetivo é desvendar um esquema de corrupção operado entre os anos de 2015 e 2017 dentro da estrutura de comunicação do Governo de Goiás e que consistia no direcionamento de verbas públicas para sites e blogs ligados ao grupo que comandava o executivo estadual.

Foram alvos da operação de hoje o dono do site Goiás24Horas, Cristiano Silva, os blogueiros Cleuber Carlos do Nascimento, Eni Isabel de Aquino Alves e Luiz Gama e também os ex-servidores públicos estaduais João Furtado de Mendonça Neto, Luiz José Siqueira e Manoel Xavier Ferreira Filho, além de Antônio Augusto Passos, Márcia Regina de Paiva e Carlito Ramos Verano.

A ação decorre de representação criminal do Ministério Público de Goiás, em peça assinada pelo promotor de Justiça Fernando Krebs, da 57ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

De acordo com a denúncia enviada a Polícia Civil, o Ministério Público alega que Cristiano Silva seria o dono e editor do Blog Goiás24Horas, que durante o governo do tucano Marconi Perillo recebeu vultosas verbas públicas para disseminar factoides em favor do Governo de Goiás e outros atacando os adversários dos então mandatários do Estado, com cunho eminente político e sem nenhum conteúdo institucional.

O promotor Fernando Krebs, hoje licenciado do MP-GO, lembra que já estão em curso três ações cíveis de improbidade administrativa, onde são apuradas as condutas delituosas dos envolvidos, as quais tem por fundamento a comprovação de que o Estado de Goiás, por meio do Grupo Executivo de Comunicação do Estado de Goiás (Gecom) e o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), contratou, sem licitação, os Blogs Goiás 24Horas, Canal do Gama e Blog do Cleuber Carlos, o que configuraria crime contra o erário.

Fernando Krebs ressalta, ainda, que foram efetuados pagamentos pelos supostos serviços prestados pelos blogs em valores superfaturados para veicularem publicidade digital, com preço igual ou superior ao cobrado por grandes mídias e portais de notícias com milhões de visualizações mensais.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Ministério Público de Contas pede que tribunal investigue atos de chefe da Secom


               O Ministério Público de Contas, que atua perante o Tribunal de Contas da União (TCU), pediu à corte que investigue se o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten, favoreceu emissoras de TV, entre elas clientes de sua empresa, ao distribuir verbas publicitárias, ferindo a lei de conflito de interesses e princípios constitucionais.

Em representação apresentada nesta sexta-feira (17), o subprocurador-geral no TCU Lucas Rocha Furtado requer também uma medida cautelar, de cumprimento imediato, para que o rateio dos recursos entre os veículos seja feito com base em critérios de igualdade.

Os pedidos foram motivados por reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na quarta-feira (15), mostrando que Wajngarten é sócio majoritário da FW Comunicação, que recebe dinheiro de emissoras, entre elas Record e Band, e de agências de propaganda contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.

Na gestão dele, Record, Band e SBT, este último cliente da empresa até o primeiro semestre do ano passado, passaram a receber fatias maiores das receitas publicitárias destinadas a TVs abertas.

"É necessária a apuração rigorosa dos fatos acima narrados, que, se confirmados, podem, sim, caracterizar conflitos de interesses na atuação do secretário da Secom e infringência direta aos princípios constitucionais da impessoalidade, da igualdade ou isonomia e da moralidade, merecendo a pronta intervenção dessa corte de contas", escreveu o subprocurador no documento, enviado ao presidente do TCU, José Múcio Monteiro.

Furtado diz haver indicativos de que o secretário implementou na Secom uma política de distribuição de recursos subjetiva, "quer na escolha das empresas contratadas, quer na própria definição do percentual que cabe a cada empresa", o que deveria ser feito com base em critérios técnicos.

Ele alega ser necessário confrontar os atos de Wajngarten com a lei de conflito de interesses. Por isso, solicita a remessa do caso à Comissão de Ética Pública da Presidência. Ela proíbe o agente público de exercer atividade que implique a "prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio" com empresas com interesse nas decisões dele. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Emails e notas fiscais mostram doações da gestora do DPVAT a agentes públicos


             Emails e notas fiscais que também foram analisadas pela auditoria da KPMG mostraram que a Seguradora Líder atendia pedidos e fazias doações a políticos de diferentes partidos ou pessoas ligadas a eles. O relatório aponta, por exemplo, uma doação para Andrea Neves, irmã do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), quando ele era governador de Minas Gerais.

Andrea assina um recibo referente a uma doação de R$ 500 mil que a Líder fez ao Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais), que na época era presidido por ela.

A auditoria destaca que não recebeu do Servas a prestação de contas dos comprovantes relativos ao destino dessa verba doada pela Líder.

Um outro email mostrou relacionamento próximo entre a Seguradora Líder e o deputado federal Hugo Leal Melo da Silva (PSB-RJ), inclusive com custeio de despesas para o parlamentar.

m 2012, a Líder comprou 300 camisetas, por R$ 3.780, para uma reunião em Brasília. Em um email, uma funcionária da seguradora detalha o pagamento como "mais um" pedido atendido do político.

O deputado também era membro da CPI do DPVAT e participou da audiência que ouviu o então presidente da Líder, Ricardo Xavier.

Em outra solicitação, para desenvolvimento de um site da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, presidida por Hugo Leal da Silva, dirigentes da seguradora discutem como abater de outros projetos os R$ 29 mil mensais solicitados.

O ex-deputado Fernando Francischini, então do SD-PR e hoje filiado ao PSL, também é mencionado no relatório. Ele era suplente do seu então partido na CPI do DPVAT.

A auditoria identificou trocas de mensagens entre os administradores da Líder. Em uma delas, o então presidente da seguradora, Ricardo Xavier, sugere datas para uma reunião com o escritório Kfouri & Gorski e diz: "Devemos recebê-los para conhecimento, a esposa do deputado federal Fernando Francischini é sócia e ele falou comigo".

A KPMG afirma, no entanto, que a participação da mulher de Francischini não foi identificada.

O escritório Kfouri & Gorski também é relacionado pela KPMG na subcontratação do escritório Mendonça & Gonçalves, que recebeu cerca de R$ 34 milhões de 2010 a 2017.

Em seu relatório final, de quase 1.000 páginas, a consultoria destaca ter identificado que a relação da Líder com vários agentes públicos não atendeu boas práticas corporativas e apresentava "risco de sanções por descumprimento à lei anticorrupção".

OUTRO LADO

Em nota, a assessoria do deputado Aécio Neves respondeu que o Servas é uma associação civil beneficente que recebe doações de entidades e empresas privadas para investimentos em atividades sociais. "Todas as doações recebidas à época corresponderam a um recibo e tiveram igual trâmite jurídico e contábil em conformidade com a legislação de assistência social".

A nota diz que "o cargo de presidente do Servas é exercido tradicionalmente pela primeira-dama do Estado, quando há alguém na função, e que Andrea Neves foi presidente durante os governos Aécio Neves e Antonio Anastasia, e, nessa condição, era a responsável por assinar recibos e outros documentos".

A assessoria completou que, na ocasião, Aécio, "assim como qualquer outro governador", não participava da administração da entidade, e portanto não tem relação com sua rotina administrativa. "Registra-se que o DPVAT é um seguro da alçada federal, cuja gestão em nada estava relacionada à esfera estadual".




segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Delatora aponta 'mesada' de R$ 120 mil a governador da Paraíba


               A ex-secretária estadual de Administração da Paraíba Livânia Faria delatou uma suposta mesada de R$ 120 mil ao governador João Azevedo (sem partido) para bancar gastos pessoais e de sua campanha, em 2018. Em seu acordo de colaboração premiada, ela relata que o político sabia que o dinheiro era de contratos da Saúde e o usou para bancar despesas de seus parentes. Narra ainda o suposto envolvimento do governador com corrupção de fiscais em obras de esgoto e repasses de R$ 900 mil para pagar fornecedores de campanha. Em nota, Azevedo afirma que as despesas da pré-campanha e da campanha "se deram de forma lícita".

João Azevedo foi alvo de buscas e apreensões autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 17 de dezembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Calvário. Na mesma ação, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) teve sua prisão decretada, sob a suspeita de envolvimento em propinas de R$ 134 2 milhões da Saúde. No dia da ação, Coutinho estava no exterior e chegou a figurar na lista de procurados da Interpol. Ele se entregou no dia 20 - e foi solto no dia seguinte por ordem do ministro Napoleão Nunes Maia, do STJ.

A delação de Livânia é uma das peças-chave da Operação Calvário. Seus relatos embasaram a ação que mirou o atual governador e seu antecessor, e também abrem frentes de investigação contra deputados estaduais, federais e conselheiros do Tribunal de Contas. Além de ter sido secretária de Administração de Azevedo, Livânia foi procuradora-geral do Estado na gestão Coutinho.

Presa em março de 2019, a então secretária firmou acordo de colaboração com o Ministério Público Estadual da Paraíba. Somente a Coutinho, ela narrou entregas de R$ 4 milhões em espécie na Granja Santana, residência oficial do governador.

Em um depoimento com uma hora e 26 minutos de duração, Livânia narra o envolvimento de João Azevedo com supostas propinas da ONG Cruz Vermelha. Os repasses teriam se iniciado no primeiro semestre de 2018, quando Azevedo se afastou da Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia para iniciar a campanha ao governo do Estado.

"Após o afastamento dele para ser candidato, eu fui chamada pelo governador da época, Ricardo Coutinho, para que eu providenciasse um valor para ser repassado para o candidato, para o João Azevedo, para que ele pagasse as despesas de campanha, porque ele ia andar o Estado todo. E como não era secretário e não tinha salário, teria que se fazer com que ele se sustentasse", relata.

A ex-secretária ainda menciona o acerto de valores com Coutinho. "Aí eu fui e disse a ele: quanto é esse valor? Ele disse: entre 100, 150. Eu disse: 120 tá bom? Ele disse: É, tá bom. 120. Eu disse: ó, esse dinheiro só tem para sair da Cruz Vermelha, porque é o que a gente recebe mensal", relatou a delatora.

Segundo Livânia, os repasses seriam feitos a Deusdete Queiroga, atual secretário de Infraestrutura do Estado, por meio de Leandro Azevedo, assessor da então secretária - hoje, também delator - e teriam ocorrido entre abril e o final de julho.

Em seguida, segundo a delatora, João Azevedo teria demonstrado a preocupação de não ser acusado de nepotismo durante a campanha. Livânia afirma que ele pediu para exonerar a nora, que trabalhava na vigilância sanitária, e sua cunhada, que estava na Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba. A nora ganhava R$ 3,8 mil e a cunhada, R$ 6 mil.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Assessor especial de Guedes é denunciado pelo MPF por prejuízo de R$ 5,5 bilhões em fundos de pensões


               Esteves Colnago, assessor do ministro Paulo Guedes (Economia), e mais 28 pessoas foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília por gestão temerária de fundos de pensão. Eles são acusados de causar prejuízos de R$ 5,5 bilhões à Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica), à Petros (Petrobras), à Previ (Banco do Brasil) e à Valia (Vale). Interlocutores do assessor afirmam que ele está calmo e tranquilo sobre sua conduta nos episódios. O Ministério da Economia diz que ele está à disposição para prestar esclarecimentos e que suas ações foram legais.

Nesta quinta-feira (9), Colnago foi promovido ao cargo de assessor de Guedes. Ele chefia a Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia. Até então, ele era secretário especial adjunto de Fazenda. Técnico de carreira no Ministério da Economia, Colnago já foi ministro do Planejamento no governo de Michel Temer.

O MPF afirma que os crimes teriam sido cometidos entre 2011 e 2016. Segundo a força-tarefa Greenfield, grupo de procuradores da República que apura desvios em fundos de pensão e bancos, Colnago, quando era membro do conselheiro deliberativo da Funcef, aprovou de forma temerária investimentos na Sete Brasil, empresa de construção de sondas de petróleo.

De acordo com o MPF, ele e outros gestores do Funcef autorizaram os aportes ignorando riscos, diretrizes do mercado financeiro e do Conselho Monetário Nacional, além dos próprios regimentos internos. Além disso, não teriam sido feitos estudos de viabilidade sobre os aportes.

A Sete Brasil foi formada durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e recebeu aportes de diferentes fundos de pensão, além de bancos, com o objetivo de construir sondas (unidades de perfuração) para a exploração de petróleo no pré-sal.

Posteriormente, as atividades da Sete Brasil passaram a ser investigadas. Segundo a força-tarefa, o prejuízo causado às entidades, de R$ 5,5 bilhões, é o maior entre todos os casos investigados.

As perdas da Funcef com os aportes na Sete seriam de R$ 2,3 bilhões (em valores atualizados até outubro de 2019). O valor só não é maior que o da Petros, que teria registrado prejuízo de R$ 2,4 bilhões com os investimentos. Na Previ, a conta chega a R$ 331,6 milhões; na Valia, a R$ 340,1 milhões.

Os procuradores afirmam que Colnago e os demais conselheiros do Funcef referendaram em 16 de maio de 2012 um investimento de mais de R$ 1 bilhão na Sete Brasil sem qualquer discussão ou embasamento técnico, "com negligência assustadora" e como se estivessem tratando de "um tema qualquer".

domingo, 22 de dezembro de 2019

PF faz buscas no Congresso e STF afasta deputado federal paraibano do cargo


                 A Polícia Federal realizou na manhã do sábado (21) busca e apreensão no Congresso, em operação que tem como um dos alvos o deputado federal José Wilson Santiago (PTB-PB). A medida foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que decidiu também afastar o parlamentar do cargo. A ação da PF, segundo informativo divulgado nesta manhã, tem o objetivo de desarticular organização criminosa que fazia pagamentos ilícitos e superfaturava obras no sertão da Paraíba. O prefeito da cidade de Uiraúna (PB), João Bosco Nonato Fernandes, foi preso na operação.

Ao todo, a polícia cumpre 13 mandados do mesmo tipo, em residências e locais de trabalho dos suspeitos, quatro mandados de prisão preventiva e sete ordens de afastamento de funções públicas. Segundo a nota da PF, os investigados deverão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão. Além do deputado e do prefeito, os outros alvos são: quatro assessores do parlamentar (Evani Ramalho, Israel Nunes, Luiz Carlos de Almeida e Zoir Neves), Severino Batista, funcionário da prefeitura, e o empresário Cledson Dantas.

A investigação, que teve como base uma proposta de delação premiada, tem relação com desvios de dinheiro público na construção da Adutora Capivara, no sertão da Paraíba. As obras foram contratadas inicialmente, segundo o inquérito, pelo valor de R$ 24,8 milhões. De acordo com o que já foi apurado pela PF, cerca de R$ 1,2 milhão foi desviado para pagamento de vantagens ilícitas. O ministro da Justiça, Sergio Moro, se manifestou sobre a ação pelas redes sociais nesta manhã.

"Quase encerrando o ano, a Polícia Federal realiza mais uma operação relevante contra a corrupção e a lavagem de dinheiro autorizada por decisão do ministro Celso de Mello do STF. Buscas, prisões preventivas e outras medidas importantes", escreveu Moro. A reportagem ainda não localizou a defesa do deputado e dos demais alvos da operação.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

PF investiga empresa de coleta lixo hospitalar por suspeita de lavagem de dinheiro


           Uma multinacional especializada em tratamento e coleta de lixo e resíduos de hospitais está sendo investigada pela Polícia Federal (PF). A Stericycle, que trabalha com unidades de saúde públicas estaduais e de prefeituras de Pernambuco, é suspeita de lavagem de dinheiro e de distribuição de propinas. A empresa nega as acusações.

Um ex-funcionário que pediu para não ser identificado disse que tem documentos que indicam que a Stericycle, para ganhar licitações, praticou os crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois e distribuiu propinas. Ele disse, ainda, que quando trabalhava na empresa, viu diretores fazendo pagamento em dinheiro a políticos.

"O que eu tenha presenciado nas eleições de 2012, 2014, eram feitas [as propinas] dentro da sala do Alexandre Menelau, no escritório em Boa Viagem, próximo da [Rua] Barão de Souza, que ainda hoje é a sede da empresa aqui no Recife. E eram feitas através de dinheiro, em caixa de sapato. E eles saíam com esse dinheiro de dentro da empresa. Às vezes, [ia] um intermediário e às vezes o próprio político lá, como eu algumas vezes presenciei", afirmou o homem.

O ex-funcionário que está denunciando a Stericycle afirmou que repassou e-mails corporativos com informações do suposto esquema de corrupção e documentos com planilhas fiscais ao antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Economia.

No Recife, uma investigação foi feita pela Delegacia de Repressão ao Estelionato, que funciona no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri).

O caso também foi denunciado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Por causa da gravidade das acusações, a promotora Helena Martins disse que encaminhou o material à Polícia Federal, em outubro de 2017.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Escritórios de advocacia são alvo da Operação Zelotes




            A
Polícia Federal cumpre desde o início da manhã desta quinta-feira (8) sete
mandados de busca e apreensão como parte da terceira fase da Operação Zelotes,
que desarticulou, em março, um esquema compra de sentenças no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Cinco mandados estão sendo cumpridos
em escritórios de advocacia no Distrito Federal e dois no Rio de Janeiro.





A
nova fase da operação, de acordo com a PF, foi desencadeada após a análise do
material apreendido na primeira fase da Zelotes, em 26 de março. “Nos
documentos apreendidos à época foram identificados novos indícios que apontam
para a participação de outro conselheiro, além de escritórios de advocacia
ligados a ele”, informa a nota da Polícia Federal.





Os
envolvidos no esquema responderão pelos crimes de advocacia administrativa
fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa,
associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 
O
Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, é a última instância
administrativa de recursos relativos a processos abertos pela Receita Federal.





Desde
março, a Polícia Federal, por meio da Operação Zelotes, apura esquema criminoso
em que conselheiros e ex-conselheiros do Carf passavam informações
privilegiadas para escritórios de consultoria. Esses escritórios, muitos dos
quais tinham os próprios conselheiros como acionistas, procuravam empresas
multadas pela Receita Federal e, mediante pagamento de propina, prometiam
manipular o andamento de processos para anular ou reduzir as multas aplicadas.
A investigação já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas
a suspeita é de que a fraude possa ultrapassar R$ 19 bilhões.

Escritórios de advocacia são alvo da Operação Zelotes

            A Polícia Federal cumpre desde o início da manhã desta quinta-feira (8) sete mandados de busca e apreensão como parte da terceira fase da Operação Zelotes, que desarticulou, em março, um esquema compra de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Cinco mandados estão sendo cumpridos em escritórios de advocacia no Distrito Federal e dois no Rio de Janeiro.

A nova fase da operação, de acordo com a PF, foi desencadeada após a análise do material apreendido na primeira fase da Zelotes, em 26 de março. “Nos documentos apreendidos à época foram identificados novos indícios que apontam para a participação de outro conselheiro, além de escritórios de advocacia ligados a ele”, informa a nota da Polícia Federal.

Os envolvidos no esquema responderão pelos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, é a última instância administrativa de recursos relativos a processos abertos pela Receita Federal.

Desde março, a Polícia Federal, por meio da Operação Zelotes, apura esquema criminoso em que conselheiros e ex-conselheiros do Carf passavam informações privilegiadas para escritórios de consultoria. Esses escritórios, muitos dos quais tinham os próprios conselheiros como acionistas, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e, mediante pagamento de propina, prometiam manipular o andamento de processos para anular ou reduzir as multas aplicadas. A investigação já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas a suspeita é de que a fraude possa ultrapassar R$ 19 bilhões.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cunha e mulher tem quatro contas secretas na Suíça




           Matéria
da Folha de São Paulo revela que procuradores da Suíça não acharam uma só conta
secreta, mas quatro, pelo menos, cujo controle é atribuído ao presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo investigadores que atuam
no caso. Uma dessas contas tem como beneficiários Cunha e sua mulher, a
jornalista Claudia Cordeiro Cruz, que foi apresentadora de telejornais da Rede
Globo ente 1989 e 2001.





Nesta quarta (30) o
presidente da Câmara se recusou a comentar se tinha contas no exterior. Em
março deste ano, em depoimento à CPI da Petrobras, ele disse que não tinha
dinheiro fora do Brasil. A Folha revelou nesta quarta (30) que a
Suíça descobrira contas, sem dizer quantas eram.




Os valores
depositados nas quatro contas foram bloqueados pelas autoridades suíças por
causa da suspeita de que receberam recursos de suborno, que chegaram àquele
país por meio de processos de lavagem de dinheiro. A Suíça não revelou ainda o
montante que foi bloqueado.

Cunha e mulher tem quatro contas secretas na Suíça

           Matéria da Folha de São Paulo revela que procuradores da Suíça não acharam uma só conta secreta, mas quatro, pelo menos, cujo controle é atribuído ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo investigadores que atuam no caso. Uma dessas contas tem como beneficiários Cunha e sua mulher, a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, que foi apresentadora de telejornais da Rede Globo ente 1989 e 2001.

Nesta quarta (30) o presidente da Câmara se recusou a comentar se tinha contas no exterior. Em março deste ano, em depoimento à CPI da Petrobras, ele disse que não tinha dinheiro fora do Brasil. A Folha revelou nesta quarta (30) que a Suíça descobrira contas, sem dizer quantas eram.

Os valores depositados nas quatro contas foram bloqueados pelas autoridades suíças por causa da suspeita de que receberam recursos de suborno, que chegaram àquele país por meio de processos de lavagem de dinheiro. A Suíça não revelou ainda o montante que foi bloqueado.