
A
Polícia Federal realizou na manhã do sábado (21) busca e apreensão no
Congresso, em operação que tem como um dos alvos o deputado federal José Wilson
Santiago (PTB-PB). A medida foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, do STF
(Supremo Tribunal Federal), que decidiu também afastar o parlamentar do cargo.
A ação da PF, segundo informativo divulgado nesta manhã, tem o objetivo de
desarticular organização criminosa que fazia pagamentos ilícitos e
superfaturava obras no sertão da Paraíba. O prefeito da cidade de Uiraúna (PB),
João Bosco Nonato Fernandes, foi preso na operação.
Ao
todo, a polícia cumpre 13 mandados do mesmo tipo, em residências e locais de
trabalho dos suspeitos, quatro mandados de prisão preventiva e sete ordens de
afastamento de funções públicas. Segundo a nota da PF, os investigados deverão
responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e
formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de
reclusão. Além do deputado e do prefeito, os outros alvos são: quatro
assessores do parlamentar (Evani Ramalho, Israel Nunes, Luiz Carlos de Almeida
e Zoir Neves), Severino Batista, funcionário da prefeitura, e o empresário
Cledson Dantas.
A
investigação, que teve como base uma proposta de delação premiada, tem relação
com desvios de dinheiro público na construção da Adutora Capivara, no sertão da
Paraíba. As obras foram contratadas inicialmente, segundo o inquérito, pelo
valor de R$ 24,8 milhões. De acordo com o que já foi apurado pela PF, cerca de
R$ 1,2 milhão foi desviado para pagamento de vantagens ilícitas. O ministro da
Justiça, Sergio Moro, se manifestou sobre a ação pelas redes sociais nesta
manhã.
"Quase encerrando o ano, a Polícia Federal realiza mais uma operação relevante contra a corrupção e a lavagem de dinheiro autorizada por decisão do ministro Celso de Mello do STF. Buscas, prisões preventivas e outras medidas importantes", escreveu Moro. A reportagem ainda não localizou a defesa do deputado e dos demais alvos da operação.
"Quase encerrando o ano, a Polícia Federal realiza mais uma operação relevante contra a corrupção e a lavagem de dinheiro autorizada por decisão do ministro Celso de Mello do STF. Buscas, prisões preventivas e outras medidas importantes", escreveu Moro. A reportagem ainda não localizou a defesa do deputado e dos demais alvos da operação.
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