
Uma
multinacional especializada em tratamento e coleta de lixo e resíduos de
hospitais está sendo investigada pela Polícia Federal (PF). A Stericycle, que
trabalha com unidades de saúde públicas estaduais e de prefeituras de
Pernambuco, é suspeita de lavagem de dinheiro e de distribuição de propinas. A
empresa nega as acusações.
Um
ex-funcionário que pediu para não ser identificado disse que tem documentos que
indicam que a Stericycle, para ganhar licitações, praticou os crimes de lavagem
de dinheiro, caixa dois e distribuiu propinas. Ele disse, ainda, que quando
trabalhava na empresa, viu diretores fazendo pagamento em dinheiro a políticos.
"O
que eu tenha presenciado nas eleições de 2012, 2014, eram feitas [as propinas]
dentro da sala do Alexandre Menelau, no escritório em Boa Viagem, próximo da
[Rua] Barão de Souza, que ainda hoje é a sede da empresa aqui no Recife. E eram
feitas através de dinheiro, em caixa de sapato. E eles saíam com esse dinheiro
de dentro da empresa. Às vezes, [ia] um intermediário e às vezes o próprio
político lá, como eu algumas vezes presenciei", afirmou o homem.
O
ex-funcionário que está denunciando a Stericycle afirmou que repassou e-mails
corporativos com informações do suposto esquema de corrupção e documentos com
planilhas fiscais ao antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), do Ministério da Economia.
No
Recife, uma investigação foi feita pela Delegacia de Repressão ao Estelionato,
que funciona no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri).
O
caso também foi denunciado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Por
causa da gravidade das acusações, a promotora Helena Martins disse que
encaminhou o material à Polícia Federal, em outubro de 2017.
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