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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Prazo para justificar ausência no primeiro turno termina nesta quinta

          O prazo para justificar a ausência no primeiro turno das eleições deste ano, realizado no dia 7 de outubro, encerra-se nesta quinta-feira (6). Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aqueles que não votaram no primeiro turno precisam regularizar sua situação eleitoral.

Conforme o TSE, a quitação eleitoral é exigida para posse em cargo público, matrícula em instituições de ensino superior e emissão de passaporte, por exemplo. No caso de servidor público, a regularidade eleitoral é condição para recebimento do salário. Após três ausências consecutivas às urnas, o eleitor tem o título cancelado.

A justificativa pode ser feita pela internet, no Sistema Justifica, disponível nos portais dos tribunais regionais eleitorais (TREs), no menu de serviços ao eleitor. Neste caso, o eleitor deve preencher o formulário online, declarar o motivo da ausência e anexar comprovante do impedimento para votar. O sistema emite o protocolo para acompanhamento do pedido.

O eleitor também pode ir a um cartório eleitoral, preencher o formulário disponível nesses locais e nos portais dos tribunais eleitorais. A documentação deve ser entregue pessoalmente em qualquer cartório eleitoral ou enviada por via postal ao juiz da zona eleitoral na qual o eleitor é inscrito. É preciso anexar ao formulário a comprovação do motivo da ausência nas eleições.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Assim como Pernambuco, Arcoverde vota majoritariamente em Haddad


        Na contramão do resultado nacional, as eleições de 2º turno para Presidente em Arcoverde colocaram o petista Fernando Haddad (PT) como majoritário na capital do Sertão com 72,52% dos votos válidos, sendo confirmado por 25.396 eleitores. Já o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ficou com 27,48% dos votos válidos ou 9.623 votos.

Do total de eleitores aptos a votarem (45.933), mais de 8.460 eleitores não compareceram ficando a abstenção na casa dos 18,42%. Os votos brancos foram 2.000 ou 5,34% e os votos nulos foram 454 (1,21%). Ao todo, 35.019 eleitores votaram em um dos candidatos.

Em Pernambuco, Fernando Haddad ficou com 66,50% contra 33,50% de Jair Bolsonaro. A abstenção foi de 18,14%. Brancos e nulos somaram 7,78%. Os votos válidos foram 4.959.107.

Jair Bolsonaro (PSL) é eleito presidente com 55,13% dos votos


        Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito o 38º presidente da República neste domingo (28) ao derrotar em segundo turno o petista Fernando Haddad, interrompendo um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002.

A vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Até o fim da noite, com 100% das seções apuradas, Bolsonaro terminou com 57.797.277 votos (55,13%) e Haddad, 47.039.840 (44,87%).

No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um "defensor da Constituição, da democracia e da liberdade".

Aos 63 anos, capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991 e dono de uma extensa lista de declarações polêmicas, Jair Bolsonaro materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais e em viagens pelo Brasil para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022.

Na campanha, por meio das redes sociais e do aplicativo de mensagens WhatsApp, apostou em um discurso conservador nos costumes, de aceno liberal na economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana e opositor do PT e da esquerda.

Com isso, se tornou um fenômeno eleitoral ao vencer a corrida presidencial filiado a uma legenda sem alianças formais com grandes partidos, com pouco tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV e distante das ruas na maior parte da campanha, em razão do atentado no qual sofreu uma facada que o perfurou no abdômen.

Após quatro vitórias consecutivas do PT em eleições presidenciais (2002, 2006, 2010 e 2014), o novo presidente eleito se apresenta como um político de direita.

Vitorioso na primeira vez em que se candidatou a presidente, Bolsonaro sucederá Michel Temer (MDB), vice de Dilma Rousseff (PT) que assumiu o governo em 2016 devido ao impeachment da petista.

sábado, 27 de outubro de 2018

Chefe do jornal da Record pede demissão e declara voto em Fernando Haddad


          Em meio a informações de que a Rede Record tem pressionado seus jornalistas a fazerem reportagens positivas do candidato Jair Bolsonaro (PSL), apoiado pelo bispo Edir Macedo, dono da emissora, a jornalista Luciana Barcellos pediu demissão de seu cargo de chefe de redação do Jornal da Record essa semana e, nesta sexta-feira 26, declarou seu voto em Fernando Haddad em uma postagem nas redes sociais.

No texto, ela não esclarece o motivo da saída, mas afirma que Haddad não foi sua opção no primeiro turno e que votar no candidato neste domingo "não é assinar cheque em branco para o PT, não é isentar o PT da responsabilidade de não ter feito a autocrítica. É defender o nosso direito de seguir em frente. E pra nós, jornalistas, votar no Haddad é também defender o direito de exercer livremente a profissão".

"Ninguém é racista ou homofóbico só da boca pra fora. Ninguém defende tortura só porque é "meio doido". Não existe fascismo "light"", critica ainda Luciana. Em outro post, do dia 20 de outubro, ela fala sobre o pedido de demissão, agradecendo aos colegas de trabalho. "A decisão de pedir desligamento não foi das mais fáceis. Mas a vida às vezes exige que a gente assuma riscos", escreve.

Nessa mesma data, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo denunciou pressões abusivas que os jornalistas da Record vêm sofrendo para privilegiar a candidatura de Bolsonaro. A entidade diz ter recebido "denúncias de vários jornalistas da Rede Record – televisão, rádio e portal de notícias R7" e "torna público, como exige seu dever de representação da categoria, o inconformismo desses profissionais com as pressões inaceitáveis e descabidas em uma empresa de comunicação".

Eleitor que não votou no primeiro turno deve ir às urnas no domingo


         Para a Justiça Eleitoral, cada turno de votação é considerado uma nova eleição e, por isso, o eleitor que não votou no primeiro turno deverá votar no segundo turno, no próximo domingo (28), desde que esteja em situação regular com a Justiça Eleitoral. Mesmo não tendo justificado sua ausência no primeiro turno, ele não está impedido de votar no segundo, porque têm até 60 dias para fazê-lo.

Além da escolha do próximo presidente da República, no dia 28, os eleitores vão definir o nome de governadores de 13 estados e do Distrito Federal e prefeitos de 19 cidades. Neste último caso, são as chamadas eleições suplementares, previstas no Código Eleitoral em casos específicos, geralmente quando há condenação eleitoral ou criminal, abuso de poder político, compra de votos, cassação de mandato, entre outros casos, por parte dos políticos.

Assim como no primeiro turno, quem não comparecer para votar neste domingo é obrigado a  justificar sua ausência.

Onde justificar?

Eleitores em trânsito poderão justificar a ausência nas urnas em aeroportos. A lista poderá ser alterada com menos ou mais postos, de acordo com decisão dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado. Para justificar o voto o cidadão deve levar um documento oficial com foto, o título de eleitor ou o número do documento.

O formulário de justificativa eleitoral preenchido deve ser entregue no local destinado ao recebimento das justificativas na zona eleitoral. Caso não tenha o formulário em mãos, o eleitor pode retirar e preencher no local.

A justificativa também pode ser feita por meio de um Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), que deve ser entregue pessoalmente em qualquer cartório eleitoral ou ser enviado, por via postal, ao juiz da zona eleitoral onde o eleitor está inscrito. Os endereços dos cartórios eleitorais podem ser obtidos no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para envio é de 60 dias após cada turno da votação. A RJE deve ser acompanhada de documentação comprobatória da impossibilidade de comparecimento ao pleito.

A ausência também pode ser justificada por meio do Sistema Justifica. A ferramenta permite a apresentação do RJE, pela internet, após a eleição. Ao acessar o sistema, o eleitor deve informar os dados pessoais, declarar o motivo da ausência às urnas e anexar documentação comprobatória digitalizada. O requerimento será encaminhado para zona eleitoral do eleitor, gerando um código de protocolo para acompanhamento do processo. (Agência Brasil)

Campanha de Bolsonaro quer acompanhar apuração na sala-cofre do TSE


          A coligação de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que cinco representantes das campanhas de cada um dos dois candidatos possam acompanhar a apuração de votos nasala-cofre do tribunal.

“Estamos em busca de um direito constitucional: a transparência dos atos públicos. Fizemos isso de forma democrática e ampla”, explicou o articulador político de Bolsonaro, deputado Onyx Lorenzoni (DEM).

Segundo ele, o pedido só foi feito agora às vésperas do segundo turno porque a equipe estudava maneiras de garantir a credibilidade do sistema eletrônico, “que não é usado em nenhum lugar com democracia consolidada”, afirmou.

Caso a ministra Rosa Weber negue o pedido, Lorenzoni adiantou que tentará uma liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a presença na sala-cofre, onde geralmente a contagem é monitorada apenas por técnicos da casa.

Em entrevista de 1993, Geisel diz que Bolsonaro era mau militar que pedia volta da ditadura


          Em entrevista realizada em 1993, Ernesto Geisel, quarto presidente da ditadura militar brasileira, afirma que Jair Bolsonaro é um mau militar que pedia um novo golpe. Esses trechos voltaram a circular nas redes sociais nos últimos, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial. Bolsonaro (PSL) lidera a disputa para o Planalto, com 53% dos votos válidos, contra 47% de Fernando Haddad (PT), segundo o Vox Populi.

Os pesquisadores Maria Celina D´Araujo e Celso Castro entrevistaram Geisel (1907-1996) ao longo de várias sessões entre 1993 e 1996. O material foi editado em livro publicado pela Fundação Getulio Vargas.

As passagens que citam Bolsonaro são de depoimento concedido em 28 de julho de 1993, durante o governo de Itamar Franco. À época Bolsonaro era deputado federal.

Nesses trechos da entrevista, Geisel afirmou que os "militares devem ficar fora da política partidária, mas não da política geral". Segundo ele, todo político que começa a se "exacerbar em sua ambições" logo imagina uma revolução a cargo das Forças Armadas.

"Neste momento em que estamos aqui conversando, há muitos dizendo: 'Temos que dar um golpe. Temos que derrubar o presidente! Temos que voltar à ditadura militar!' E não é só o Bolsonaro, não! Tem muita gente no meio civil que está pensando assim", disse o presidente.

Um pouco depois na conversa, Geisel destacou que a vinculação dos militares com a política era tradicional, mas que, em sua opinião, essa interferência diminuiria à medida em que o país se desenvolvesse.

"Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar. Mas o que há de militar no Congresso? Acho que não há mais ninguém."

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Universidades públicas são alvos de operações de censura da Justiça Eleitoral


       Universidades públicas de ao menos nove estados brasileiros foram alvos de operações de censura autorizadas por juízes eleitorais. As ações aconteceram para averiguar denúncias de campanhas político-partidárias que estariam acontecendo dentro das universidades, mas na realidade eram apenas manifestações de pensamentos contra o facismo e em defesa da universidade pública.

As ações, que lembram os obscuros tempos da ditadura no Brasil, aconteceram em instituições no Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul entre os dia 23 e 25 de outubro.

As ações e notificações da Justiça Eleitoral geraram reação de universidades, centros acadêmicos, professores e estudantes. Em nota divulgada em uma rede social, a União Nacional dos Estudantes (UNE) fala em ação de "arbitrariedade". A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande informou que o manifesto apreendido não fazia referência a qualquer candidato. Computadores de professores da universidade foram apreendidos pela PF.

A presidente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, afirmou que a Corregedoria Geral Eleitoral vai apurar "eventuais excessos" nas operações nas universidade.

"A legislação eleitoral veda a realização de propaganda em universidades públicas e privadas [...], mas a vedação dirige-se à propaganda eleitoral, e não alcança, por certo, a liberdade de manifestação e de expressão, preceitos tão caros à democracia, assegurados pela Constituição da República de 1988", ressaltou Rosa Weber.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (26), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, diz que o STF sempre defendeu autonomia das universidades e o livre exercício do pensar, da expressão e da manifestação pacífica.

"O Supremo Tribunal Federal, como guardião da Constituição Federal, sempre defendeu a autonomia e a independência das universidades brasileiras, bem como o livre exercício do pensar, da expressão e da manifestação pacífica. Essa liberdade é o pilar sobre o qual se apoia a própria noção de Estado Democrático de Direito. No julgamento da ADPF 130, o Tribunal reafirmou que 'a Lei Fundamental do Brasil veicula o mais democrático e civilizado regime da livre e plena circulação das ideias e opiniões'", diz o texto.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou com ação nesta sexta-feira (26) no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a liberdade de expressão e de reunião de estudantes e de professores nas universidades públicas. A ação será relatada pela ministra Cármen Lúcia.

Segundo a PGR, a ação visa evitar lesão decorrente de atos do poder público que possam autorizar ou executar buscas e apreensões em universidades públicas ou privadas. Também quer proibir o ingresso e interrupção de aulas, palestras, debates e a inquirição de docentes, discentes e de outros cidadãos que estejam nas instituições de ensino.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Militantes se reúnem no centro do Recife em ato pró-Haddad


      No último dia de campanha, milhares de apoiadores do candidato à presidência Fernando Haddad (PT) se reuniram no Pátio do Carmo, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife, nesta quinta-feira (25), para acompanhar ato do presidenciável na capital pernambucana. Grupos religiosos, torcidas organizadas, além de bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do próprio Partido dos Trabalhadores marcaram o ato de campanha do petista.

O petista estava acompanhado da esposa Ana Estela Haddad. Ele ganhou uma imagem do Padre Cícero e, para responder à campanha do seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), os seus apoiadores foram anunciados com versos de literatura de cordel, além de receber a bandeira de Pernambuco antes de discursar. 

"Você é um arregão e vem chamar alguém de coitado, rapaz. Ainda tem tempo", disse Haddad, ao lembrar o discurso da política de "coitadismo" citada por Bolsonaro. "Está fácil virar voto no país inteiro. Na cidade de São Paulo eu já passei Bolsonaro. Entre um livro de um ministro da Educação e uma arma de um soldadinho de araque, o Brasil vai ficar com o quê? com a educação, com o trabalho, com a dignidade", completou.

O candidato aproveitou para emendar o discurso ideológico no qual coloca seu adversário com posturas supostamente preconceituosas contra minorias. "Ele só fala absurdo das pessoas do Brasil, das mulheres, dos nordestinos, dos negros. E eu espero que o povo brasileiro se faça respeitar nas eleições de domingo", afirmou Haddad. 

Bolsonaro muda estratégia depois de queda nas pesquisas

         Uma piora para Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas fez com que a campanha mudasse a estratégia. O candidato decidiu aparecer mais e cobrar foco de aliados que estão envolvidos em campanhas estaduais.

A decisão foi tomada depois que levantamento feito pelo Ibope, de terça-feira (23), mostrou que o candidato oscilou de 59% dos votos válidos para 57% em relação ao levantamento anterior, do dia 15. Houve também piora na rejeição, que subiu de 35% para 40%, enquanto Fernando Haddad (PT) teve melhora no indicador, com queda de 47% para 41%.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (25) também mostrou uma piora no desempenho de Bolsonaro, que passou de 59% para 56% dos votos válidos. Haddad apareceu com 44%, contra 41% da pesquisa anterior. A rejeição do candidato do PSL passou de 41% para 44% e a do petista oscilou de 54% para 52%, segundo Datafolha.

Até a semana passada, a cúpula do PSL trabalhava com a ideia de 'jogar parado'. Falar o mínimo possível já que o que cenário é favorável. Em visita à Superintendência da Polícia Federal no Rio, na semana passada, Bolsonaro chegou a falar que estava "com a mão na faixa".

Essa piora, na visão de aliados do capitão reformado, pode ter ocorrido pela denúncia de que empresas estariam pagando por pacotes de distribuição de conteúdo, via WhatsApp, para difamar o PT, em favor de Bolsonaro.

Pesou também negativamente o fato de ter circulado um vídeo do filho do presidenciável o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), falando em fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Bolsonaro falando em vídeo que quem for contra ou sai do País ou vai pra cadeia, fazendo referência aos petistas e eleitores do adversário.

Isso fez com que Bolsonaro fizesse uma transmissão ao vivo no Facebook, na noite de quarta (24), e pedisse para que seus aliados não se desmobilizassem e se concentrassem na eleição nacional, deixando de lado as disputas por governos dos estados.

Datafolha divulga novos números em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e DF


            O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (25) o resultado da segunda pesquisa do instituto sobre o 2º turno da eleição para governador em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. O levantamento foi realizado na quarta-feira (24) e nesta quinta (25).

Em São Paulo, aonde a margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos, os votos válidos, tiveram os seguintes resultados:

João Doria (PSDB): 52%
Márcio França (PSB): 48%

Na pesquisa anterior, Doria tinha 53% e França, 47%.

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
João Doria (PSDB): 43%
Márcio França (PSB): 40%
Em branco/nulo: 9%
Não sabe: 8%

Na pesquisa anterior, Doria tinha 44% e França, 40%.

Já no Rio de Janeiro, aonde a margem de erro é de 3% para mais ou para menos, nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Wilson Witzel (PSC): 56%
Eduardo Paes (DEM): 44%
Na pesquisa anterior, Witzel tinha 61% e Paes, 39%. 

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
Wilson Witzel (PSC): 47%
Eduardo Paes (DEM): 37%
Em branco/nulo: 11%
Não sabe: 6%

Em Minas Gerais, aonde a margem de erro é de 3% para mais ou para menos, nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Romeu Zema (Novo): 68%
Antonio Anastasia (PSDB): 32%
No levantamento anterior, Zema tinha 71% e Anastasia, 29%.

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
Romeu Zema (Novo): 56%
Antonio Anastasia (PSDB): 26%
Em branco/nulo: 9%
Não sabe: 8%

No Distrito Federal, aonde a margem de erro é de 3% para mais ou para menos, nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Ibaneis Rocha (MDB): 74%
Rodrigo Rollemberg (PSB): 26%

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
Ibaneis Rocha (MDB): 64%
Rodrigo Rollemberg (PSB): 23%
Em branco/nulo: 9%
Não sabe: 5%

Datafolha: diferença de Bolsonaro para Haddad cai 06 pontos


          O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (25) o resultado da mais recente pesquisa do instituto sobre o 2º turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado nesta quarta-feira (24) e na quinta-feira (25) e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 56%
Fernando Haddad (PT): 44%

No levantamento anterior, Bolsonaro tinha 59% e Haddad, 41%.

Já nos votos totais a diferença é ainda menor, caindo para 10 pontos percentuais; os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 48%
Fernando Haddad (PT): 38%
Em branco/nulo/nenhum: 8%
Não sabe: 6%

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 9.173 eleitores em 341 municípios nos dias 24 e 25 de outubro. A pesquisa foi registrada no TSE: BR-05743/2018 e o nível de confiança é de 95%.

Bolsonaro sugere políticos do DEM em eventual governo


       O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, indicou que, se eleito, poderá compor seu primeiro escalão com nomes do DEM além do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), já apresentado como virtual titular da Casa Civil. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro disputa o segundo turno da eleição para o Palácio do Planalto com Fernando Haddad, do PT.

Em encontro na terça-feira, 23, com 32 representantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública, o capitão reformado disse que levará para seu eventual governo dois deputados do DEM que não se reelegeram: Alberto Fraga (DF), atual líder da “bancada da bala” no Congresso, e Pauderney Avelino (AM). 

Bolsonaro prometeu durante a campanha formar uma equipe de primeiro escalão técnica, livre de indicações políticas e interferência partidária.

Os deputados negam que existam em andamento conversas formais com o DEM para composição do governo, mas uma “identificação pessoal” de Bolsonaro com os integrantes da legenda e com o programa conservador do partido.

O ex-capitão do Exército indicou Fraga como possível “coordenador” da base aliada – papel atualmente do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência – durante o encontro com os parlamentares no Rio. “Anuncio aqui que quem vai coordenar a bancada, lá do Planalto, vai ser o Fraga”, disse Bolsonaro, em meio a risos e aplausos. 

Oficial da reserva da Polícia Militar, o deputado perdeu a disputa pelo governo do Distrito Federal. Fraga negou que tenha recebido convite formal e afirmou ter sido surpreendido com a fala do presidenciável. “Foi um comentário despretensioso.”

No mesmo encontro, o presidenciável gravou vídeo ao lado de Pauderney Avelino, a quem chamou de “grande companheiro” e amigo. Eles convivem desde 1991, quando eram filiados ao PDC. “Ele (Pauderney) fará parte, com toda certeza, do nosso governo, e fará intermediação com esse Estado próspero e maravilhoso (Amazonas), mas que precisa de alguns reparos, para que vocês possam, na economia e em outras áreas também, crescer na região”, diz Bolsonaro na gravação. 

Questionado pela reportagem, Pauderney ponderou. “Primeiro tem que ganhar a eleição, depois vamos ver”, disse. “Acho que posso, sim, fazer parte (de um eventual governo Bolsonaro).”

O DEM liberou os filiados no segundo turno, mas historicamente fez oposição ao PT. O presidente da legenda, o prefeito de Salvador, ACM Neto, declarou voto em Bolsonaro. 

Segundo ele, não haverá conversa do partido antes da votação do próximo domingo e caberá ao presidente eleito definir “o tom” e “a condução dessa articulação política”. 

“O Democratas quer ajudar o Brasil, mas também ninguém vai sair por aí se oferecendo”, afirmou ACM Neto. Ele disse ainda que considera normal e “nada surpreendente” que deputados do partido “que possuem afinidade com Bolsonaro ou por terem sido colegas de Congresso” se aproximem dele.

Com apoio do Centrão – DEM, PP, PR, PRB e SD –, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), busca se manter no comando da Casa. Ex-ministro da Educação no governo Michel Temer, o deputado Mendonça Filho (PE), derrotado na disputa ao Senado, colabora com a campanha de Bolsonaro em propostas da área e também é cotado para voltar à Esplanada. Do Estadão.

Jornal aciona TSE e pede que PF investigue ameaças a profissionais


         O jornal Folha de S. Paulo informou hoje (24) que entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando que a Polícia Federal (PF) investigue ameaças a profissionais do veículo. Após a publicação de reportagens investigativas sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), a autora da matéria, jornalista Patrícia Campos Mello, recebeu centenas de intimidações e ofensas sobretudo via redes sociais. Outros dois jornalistas que participaram da apuração da reportagem também vêm sofrendo ataques, acrescentou o jornal em comunicado. O diretor do Instituto Datafolha, Mauro Paulino, foi alvo de ameaças por redes sociais e em sua casa.

A Folha disse ter identificado uma "ação orquestrada contra a liberdade de expressão". Segundo o jornal, os ataques se alastraram por grupos de apoio ao presidenciável do PSL no WhatsApp. 

No dia 19 de outubro, a Folha publicou reportagem denunciando um esquema de compra de envio de mensagens em massa no aplicativo WhatsApp que seria bancado por empresários favoráveis a Bolsonaro. Os contratos chegariam até R$ 12 milhões. Bolsonaro e executivos citados na reportagem negaram qualquer envolvimento.

A compra de mensagens pró-Bolsonaro no aplicativo de celular motivou ações junto ao TSE, que investiga o caso com apoio da Polícia Federal (PF). Por causa da abertura dessas investigações, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e outros ministros foram ontem (23) ameaçados e xingados em vídeo divulgado nas redes sociais. O autor do vídeo, coronel da reserva Carlos Alves, já é alvo de inquérito da PF, aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após receber solicitação do próprio Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério do Exército também condenou as declarações do coronel da reserva e afirmou que ele não representa as posições da Força, além de informar que sua conduta já é alvo de apuração na esfera militar. 

Perseguição a jornalistas 

A autora da reportagem sobre o disparo em massa de mensagens pró-Bolsonaro, Patrícia Campos Mello, teve sua conta de WhatsApp invadida. Os hackers enviaram mensagens a favor do candidato do PSL para contatos armazenados. Além disso, ela recebeu ameaças por telefone de números desconhecidos. 

Ainda de acordo com a Folha, circularam imagens entre grupos de apoiadores de Bolsonaro incitando eleitores a confrontar a jornalista em uma palestra marcada para o dia 29, além de uma montagem onde ela apareceria abraçada ao candidato do PT, Fernando Haddad. Patrícia Campos Mello teve de fechar sua conta no Twitter - passando a permitir apenas interação com seguidores autorizados.

No domingo (21), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) afirmou a seus seguidores que “a Folha de S. Paulo é o maior fake news do Brasil, imprensa vendida”. O candidato criticou o jornal diversas vezes em razão da reportagem publicada. Em entrevista à Rádio Justiça, a advogada do PSL, Karina Kufa, afirmou que a denúncia não tem base documental e que qualquer caso de apoio espontâneo não teve anuência do candidato.

Repercussão

A Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo emitiram nota na semana passada em que condenaram os ataques a Patrícia Campos Mello e a profissionais do jornal. “Avessos ao debate e à crítica pública, essenciais numa sociedade democrática, os agressores querem sufocar a liberdade de imprensa e calar qualquer voz que levante questionamentos dirigidos a seu candidato. É a própria democracia que está sendo atingida quando a repórter é atacada”, diz o texto.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo também se manifestou em favor da profissional, reconhecida pela sua experiência e contribuição para a imprensa brasileira. “Retaliar jornalistas em função de sua atividade profissional não atinge apenas o(a) comunicador(a) em questão; traz prejuízos à sociedade como um todo, inclusive aos que praticam os ataques”, pontua a associação.

No início do mês, a Abraji divulgou levantamento em que identificou pelo menos 130 agressões a profissionais de imprensa cobrindo eleições. Foram 75 ataques por meios digitais, como redes sociais, e 62 físicos.

A Agência Brasil entrou em contato com a Polícia Federal para obter informações sobre o pedido do jornal e aguarda retorno. O TSE informou que a denúncia da Folha tramita em sigilo. Da Agência Brasil.

Jarbas Vasconcelos e Goldman anunciam apoio a Haddad


     O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), eleito senador por Pernambuco na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), declarou nesta quarta-feira (24) apoio formal ao candidato Fernando Haddad (PT). Crítico histórico do ex-presidente Lula, o emedebista apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno das eleições.

O anúncio do apoio a Haddad foi feito por meio das redes sociais pelo senador Humberto Costa (PT). O petista informou que recebeu uma ligação de Jarbas. "Com a brilhante história de luta em defesa da democracia, Jarbas se mostra coerente com os seus princípios ao se posicionar, mais uma vez, na sua vida pública, ao lado do povo", escreveu Costa.

A assessoria de imprensa do emedebista confirmou a declaração de apoio formal a Haddad. O político não concedeu entrevista. Jarbastem um histórico de discursos duros contra o ex-presidente Lula. Em 2010, chegou a classificar o líder petista como chefe de uma facção. Em setembro de 2015, durante encontro com empresários pernambucanos, disse que seria uma cena bonita ver Lula sendo preso.

"Vocês têm dúvida de que Lula vai ser preso na Lava Jato? Vai ser uma cena bonita ele caminhando para Curitiba, uma cena normal", afirmou, na época. Durante a campanha eleitoral neste ano, mudou o tom. Até apareceu em fotos com a bandeira do PT e fazendo o "L" de "Lula livre". 



Tucanos - O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSBD) declarou nesta quarta-feira (24) voto em Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial, conforme antecipou a Folha de S.Paulo. O dirigente tucano divulgou um vídeo nas redes sociais em apoio ao petista. "Nunca pensei em votar neles, nunca quis votar neles, mas estamos em uma situação absolutamente diferente", disse Goldman. Da Folhape.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Tal como o filho, Bolsonaro atacou Supremo na pré-campanha eleitoral


          Apenas quatro meses antes de mandar uma carta ao STF nesta segunda-feira (22) pedindo desculpas a respeito de declarações de seu filho contra a corte, o próprio candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ) disse que os ministros do tribunal estão "legitimando a corrupção", que suas decisões têm "envergonhado a todos" e sugeriu que não há isenção, mas sim um "péssimo exemplo", no tribunal. Afirmou ainda que iria ampliar o número de ministros, de 11 para 21, como forma de "dar um recado" ao Supremo.

As declarações do candidato contra os ministros do STF ocorreram em pelo menos dois momentos na pré-campanha eleitoral deste ano, em junho e julho passados, mesma época das declarações de seu filho. Em julho, durante uma palestra em um cursinho para candidatos a concursos públicos no Paraná, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) atacou o STF e disse que apenas um soldado e um cabo conseguiriam fechar o tribunal.

A Folha de S.Paulo revelou que, dez dias antes da palestra, Eduardo proferiu um discurso de enfrentamento à corte em uma audiência pública sobre a importância do voto impresso. "Quero ver alguém reclamar quando estiver num momento de ruptura mais doloroso do que colocar dez ministros a mais na Suprema Corte. Se esse momento chegar, quero ver quem vai pra rua fazer manifestação pelo STF", concluiu.

Após o vídeo com seu filho ter viralizado neste domingo (21), Bolsonaro desautorizou Eduardo, dizendo que a fala dele era um absurdo, e enviou uma carta de desculpas ao STF. Contudo, entrevistas anteriores concedidas por Bolsonaro mostram que Eduardo apenas radicalizou a imagem negativa que seu pai fez dos ministros do STF.

Apenas dez dias antes da fala do seu filho, durante entrevista ao programa Cidade 190, da TV Cidade de Fortaleza (CE), em 30 de junho, Jair Bolsonaro foi indagado pelo apresentador se convidaria o juiz federal da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), Sergio Moro, para ocupar vaga no STF. "Da minha parte, tudo bem, não sei se ele aceitaria integrar essa corte, mas com pessoas do perfil dele a gente muda com toda certeza as decisões do Supremo Tribunal Federal, que lamentavelmente têm envergonhado a todos nós."

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ibope: Bolsonaro mantém liderança, mas aumenta rejeição e diminui diferença para Haddad


         Na pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (23), o candidato do PSL a presidente, Jair Bolsonaro, oscilou dois pontos negativos e aparece com 57% dos votos válidos, enquanto Fernando Haddad (PT), oscilou dois pontos positivos e chegou a 43% das intenções de voto. Na primeira pesquisa Ibope do segundo turno, divulgada na semana passada, o candidato do PSL tinha 59% dos votos válidos, e Fernando Haddad (PT), 41%.

Em relação aos votos totais, Bolsonaro tem 50% das intenções de voto, e Haddad, 37%. Votos brancos e nulos somam 10%. Não souberam responder 3% dos entrevistados. Os números reduziram a diferença de 15 para 13 pontos percentuais.

No cenário espontâneo, em que o entrevistado responde sem ter o nome do candidato sugerido, 42% disseram votar em Bolsonaro, enquanto Haddad ficou com 33%, com uma diferença de apenas 9%.

Na rejeição, o cenário entre os dois candidatos é bastante equilibrado, mas a pesquisa Ibope revelou um aumento na rejeição de Bolsonaro que passou de 35% para 40% que disseram não votar de jeito nenhum no candidato do PSL. Já Fernando Haddad (PT), teve um forte recuo em sua rejeição em apenas uma semana, caindo de 47% para 41%.

A pesquisa, contratada pela TV Globo e o jornal "O Estado de São Paulo", e ouviu 3.010 eleitores em 208 municípios, entre 21 e 13 de outubro. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-07272/2018.

O candidato do PT disse, na tarde desta terça-feira, que ainda é possível ganhar a eleição, durante campanha na comunidade da Maré, no Rio. 

STF manda PGR investigar ataques a Rosa Weber em vídeo


         A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça (23) mandar para a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de investigação contra um homem que publicou um vídeo nas redes sociais em que faz ofensas e ameaças a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber. 

A medida foi tomada após os integrantes do colegiado rebaterem o vídeo, divulgado nessa segunda (22) no Youtube, no qual o homem que se identifica como coronel Carlos Alves se refere a Rosa Weber como "salafrária e corrupta” e critica outros integrantes do STF. Na gravação, ele se refere ao dia em que Rosa Weber recebeu integrantes do PT que pediram a aplicação de medidas cautelares urgentes para investigar notícias de que empresas em prol do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, estariam pagando por serviços de disparos de mensagens em massa contra o partido e seu candidato à Presidência, Fernando Haddad, via WhatsApp.

"Se ela [Rosa Weber] fosse uma mulher séria, patriota e se ela não devesse nada a ninguém, ela nem receberia essa cambada no TSE", diz o suposto coronel no vídeo. Ele ainda afirma que se "você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro por crime eleitoral, vamos derrubar vocês aí sim, porque aí acabou". 

Em discurso feito na abertura da sessão da Segunda Turma do STF, o ministro Celso de Mello foi o primeiro a rebater as críticas aos ministros. O ministro prestou solidariedade a Rosa Weber e aos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que também foram citados, e disse que eles foram alvo de "ataques imundos e sórdidos".

"O primarismo vociferante desse ofensor da honra alheia fez-me lembrar daqueles personagens patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por manifestar ódio visceral e demonstram intolerância radical contra os que consideram seus inimigos. Todo esse quadro imundo que resulta do vídeo, que longe de traduzir expressão legítima da liberdade de palavras, constitui verdadeiro corpo de delito comprobatório da infâmia perpetrada pelo autor", afirmou Mello.

Em seguida, o ministro Gilmar Mendes disse que o Brasil passa por um momento delicado nas eleições e que é preciso serenidade. Mendes também rebateu as críticas contra a credibilidade das urnas eletrônicas. Para o ministro, as urnas são confiáveis e não se deve tumultuar o processo eleitoral.

PF apreende R$ 2,7 milhões que podiam ser usados em crimes eleitorais


         Mais de R$ 2,7 milhões em dinheiro, bens e substâncias entorpecentes foram apreendidos em posse de pessoas suspeitas de estarem praticando crime eleitoral. O montante foi apreendido entre o início do mês, quando começou a funcionar o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições Gerais, e a manhã desta terça (23).

Segundo o coordenador-geral de Defesa Institucional da PF,delegado Thiago Hauptmann Borelli, só em dinheiro foram apreendidos mais de R$ 1,5 milhão. A maior apreensão ocorreu em Tocantins, onde, no último dia 2, policiais militares encontraram R$ 1,2 milhão em um táxi abordado próximo à capital, Palmas. Outros R$ 500 mil foram apreendidos em Araguaína, também em Tocantins.

“Ainda não é possível determinar que este dinheiro seria usado para custear campanhas eleitorais ilegalmente, mas há esta suspeita. Pode ser lavagem de dinheiro. São casos recentes que ainda estão sendo apurados”, declarou o delegado Borelli, informando que, desde o início de outubro, foram instaurados mais de 2 mil inquéritos policiais para investigar suspeitas de crimes eleitorais. As denúncias mais frequentes dizem respeito à possível compra de votos; falsidade ideológica e boca de urna.

Coordenado pela Polícia Federal (PF), o centro integrado funciona em Brasília e congrega os esforços de 14 órgãos públicos federais que atuam para coibir infrações eleitorais e assegurar o equilíbrio nas eleições. Entre eles estão o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Ministério da Defesa, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e outros. 

A forma de atuação é semelhante à adotada durante os grandes eventos ocorridos no Brasil entre os anos de 2013 a 2016, integrando diversas instituições públicas a fim de reduzir o tempo de resposta em casos que exijam agilidade na reação.