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terça-feira, 23 de outubro de 2018

FHC volta a criticar Bolsonaro nas redes sociais e diz que País precisa de coesão


     O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) voltou a criticar o candidato do PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro. Em sua conta no Twitter, o ex-presidente classificou como "inacreditável" a postura do presidenciável. No domingo, 21, o capitão reformado prometeu fazer uma "faxina" e banir os "vermelhos" do Brasil, uma referência aos apoiadores de seu opositor Fernando Haddad (PT).

Ainda de acordo com Bolsonaro, aqueles que discordarem serão obrigados a deixar o País ou ir "para a cadeia", numa clara atitude de ditaduras. As declarações foram feitas via transmissão de vídeo e exibida a apoiadores do candidato concentrados na Avenida Paulista. “Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”, diz Bolsonaro.

As declarações do ex-presidente foram feitas no mesmo dia em que a campanha de Fernando Haddad (PT) prepara uma série de ações contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) por incitação à violência e ao ódio e apologia ao crime, também por conta do vídeo divulgado no domingo. 

Segundo o advogado da campanha petista, Eugênio Aragão, peças jurídicas estão sendo preparadas pela equipe para serem apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à Comissão de Ética da Câmara e ao Supremo Tribunal Federal ou Procuradoria Geral de República, neste último caso a representação deverá ser criminal. 

Bolsonaro aparece com 57% dos válidos e Haddad tem 43%, mostra CNT/MDA


     O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa para o segundo turno, com 57% dos votos válidos, contra 43% de Fernando Haddad (PT), mostra primeira pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira.

A conta exclui os entrevistados que disseram votar em branco, nulo ou os que se declararam indecisos. A margem de erro desta pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na intenção de voto total, o pesselista tem 48,8% e o petista, 36,7%. Brancos e nulos somam 11%. Já os que não souberam ou não responderam são 3,5%.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 20 e 21 de outubro, em 137 municípios de 25 unidades da federação.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Haddad promete que em seu governo gás de cozinha terá preço limitado a R$ 49

             O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse neste domingo (21), em São Luís, capital do Maranhão, que se eleito, vai editar uma medida estabelecendo o preço máximo do gás de cozinha em R$ 49. Ele também afirmou que aumentará o valor do Bolsa Família em 20%.

Segundo o candidato, as medidas estão entre as suas prioridades e devem ser colocadas em prática logo em janeiro. De acordo com Haddad, com o aumento do preço do gás de cozinha, famílias pobres têm optado por usar o álcool - o que não é recomendado para uso doméstico e tem causado diversos acidentes. O anúncio foi feito após caminhada pelas ruas do Anil, bairro popular localizado na região central da capital maranhense.

Acompanhado por aliados e simpatizantes, Haddad caminhou ao lado do governador reeleito Flávio Dino (PSB). O petista conversou com as pessoas que o paravam. Em seguida, ele seguiu para um hotel, no centro da capital maranhense para conceder uma entrevista à imprensa.

Haddad encerrou em São Luís a viagem ao Nordeste que começou na sexta-feira (19), quando desembarcou em Fortaleza. Ele passou pelas capitais do Ceará e Maranhão, foi também a Picos, no Piauí, Crato e Juazeiro do Norte, no interior cearense.

Bolsonaro reafirma fusão de ministérios e negociação com políticos


           O candidato Jair Bolsonaro (PSL), confirmou neste domingo (21) que, se eleito, pretende fundir os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. "Até o momento está garantida esta fusão. O ministro será indicado pelo setor produtivo, logicamente que a bancada do agronegócio terá seu peso nessa indicação". Segundo o candidato, a ideia deu certo em países que juntaram essas duas pastas. "O que não podemos continuar é com dois ministérios antagônicos."

A proposta é alvo de críticas de setores de exportação e do próprio agronegócio. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, essa pressão fez a equipe técnica do candidato do PSL rejeitar uma fusão das pastas do Meio Ambiente e da Agricultura.

Nas últimas semanas, o grupo de campanha do PSL recebeu análises de especialistas em comércio exterior que preveem dificuldades com fornecedores da Europa se um possível governo confirmar o aniquilamento do Meio Ambiente e sinalizar para um aumento das taxas de desmatamento na Amazônia. 

Um estudo que estava sendo preparado por auxiliares do presidenciável ressalta que órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) devem estar, num eventual governo, na estrutura de um superministério de infraestrutura ou se manter como pasta independente integrada ao sistema de defesa nacional. 

Desde a pré-campanha, os auxiliares de Bolsonaro já trabalhavam com a perspectiva de que uma fusão era inviável administrativamente. Eles argumentam que área ambiental atua em temas de infraestrutura e energia, por exemplo, sem conexão com a Agricultura. 

As críticas generalizadas levaram a equipe a descartar a integração. Mas a palavra final é de Bolsonaro e no domingo ele voltou a reafirmar sua intenção de fundir os ministérios. Para isso, contrariando o que vive dizendo que não fará acordos com políticos, pretende fechar acordos com os partidos no Congresso para poder aprovar a proposta.

Ministros do STF consideram declaração de filho de Bolsonaro extremamente grave

De O Globo
Miriam Leitão

         Três ministros do Supremo consideraram extremamente grave a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro. Um deles lembrou que, para fechar o Supremo Tribunal Federal, “o que nem a ditadura tentou”, será preciso “antes disso revogar a Constituição”. Eles preferiram falar sem serem citados porque a decisão tomada é a de que o STF fale por uma única voz - do presidente Dias Toffoli, que estava em um congresso em Veneza,

Dias Toffoli ainda não se pronunciou, mais de 24 horas depois de o vídeo do deputado irromper nas redes sociais. O presidente da Corte "não quis botar mais lenha na fogueira", disse um assessor direto ao colunista do GLOBO Lauro Jardim.

O decano Celso de Mello classificou a afirmação como "inconsequente e golpista" em nota enviada por escrito ao jornal "Folha de S. Paulo". O ministro ressaltou na mensagem que a votação recorde do deputado - o mais votado da História do país - não legitima "investidas contra a ordem político-jurídica".

"Essa declaração, além de inconsequente e golpista, mostra bem o tipo (irresponsável) de parlamentar cuja atuação no Congresso Nacional, mantida essa inaceitável visão autoritária, só comprometerá a integridade da ordem democrática e o respeito indeclinável que se deve ter pela supremacia da Constituição da República!!!! Votações expressivas do eleitorado não legitimam investidas contra a ordem político-jurídica fundada no texto da Constituição! Sem que se respeitem a Constituição e as leis da República, a liberdade e os direitos básicos do cidadão restarão atingidos em sua essência pela opressão do arbítrio daqueles que insistem em transgredir os signos que consagram, em nosso sistema político, os princípios inerentes ao Estado democrático de Direitos", destacou o decano Celso de Mello.

Um dos ministros que não se identificar avaliou ao GLOBO a manifestação de Eduardo Bolsonaro como "uma mistura de autoritarismo com despreparo".

— É uma declaração despropositada, sequer a matéria envolve o Supremo, a matéria é de competência do TSE. É uma mistura de autoritarismo com despreparo. Já é o segundo pronunciamento de gente das hostes dele nesse sentido em poucos dias — disse um dos ministros.

Ele se referia ao general Eliéser Girão, eleito deputado pelo PSL do Rio Grande do Norte, que propôs a prisão de ministros do Supremo que soltassem condenados por corrupção.

— O que ele falou, e ele já é deputado, é golpista. Nem a ditadura fez o que ele disse que é fácil fizer. Em 1969, foram cassados três ministros, mas o STF nunca foi fechado.

Outro ministro disse que tem ficado cada vez mais claro o risco da eleição de um populista de direita, mas que o STF não faltará à nacionalidade. Um terceiro ministro disse que o país está muito tumultuado e que, por isso, todos preferem que o pronunciamento seja de uma só voz. O momento é grave demais para que várias vozes falem pelo STF. Contudo, a avaliação que fazem é que o assunto deve ser levado a sério porque Eduardo Bolsonaro chega a dizer que “nós estamos conversando isso lá”.

— É de baixíssimo nível, impressionante. Sequer a matéria envolve o Supremo. Depois de tantos meses discutindo a chapa Dilma-Temer, eles ainda não entenderam que esse assunto é do TSE?

Um ministro ouvido acha que as Forças Armadas, apesar da ambiguidade de algumas declarações, são ainda “um elemento de contenção” do grupo, porque não querem “ser confundidos”.

A visão geral no STF é que é grave o que o deputado Eduardo Bolsonaro falou e que não pode ficar sem uma resposta.

sábado, 20 de outubro de 2018

Custódia: MPPE tenta coibir uso de material de campanha com Lula candidato a presidente


          O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da 65ª Zona Eleitoral, recomendou aos partidos políticos, candidatos, demais responsáveis e a população de Custódia, Sertão do Moxotó, que se abstenham do cometimento de condutas ilícitas.

Segundo o texto da recomendação, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (18), fica proibida a divulgação, por meio de adesivos, santinhos ou qualquer outro meio, a informação inverídica de que o ex-presidente Lula se apresenta como candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

De acordo com o promotor de Justiça Tiago Meira, os órgãos policiais e demais forças de segurança pública devem conduzir o responsável pelo material ilegal para a delegacia de Polícia, a fim de ser instaurado competente procedimento criminal eleitoral pela infração ao artigo 323 do Código Eleitoral que proíbe “divulgar, na propaganda, fatos inverídicos em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado: Pena - detenção de dois meses a um ano ou pagamento de 120 a 150 dias-multa”.

Atos pró Bolsonaro e pró Haddad movimentam fim de semana em PE


           Haddad - Atos contra Jair Bolsonaro (PSL) e em apoio à candidatura do presidenciável Fernando Haddad (PT) estão programados para este final de semana. Pela segunda vez nas Eleições 2018, as mulheres irão às ruas da capital pernambucana e de outros estados brasileiros. Neste sábado (20), a manifestação está com concentração marcada para as 13h, na Praça do Derby. Às 15h, o ato seguirá pela Avenida Conde da Boa Vista com destino à Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio.

Já no domingo é a vez de um encontro com blocos carnavalescos pernambucanos em favor de Haddad, em Olinda. As agremiações propõem a união de blocos carnavalescos pela democracia e pretendem se espalhar pelas ladeiras da Cidade Alta.

Bolsonaro - O movimento Vem Pra Rua, conhecido pelos protestos a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), volta às ruas de todo país neste domingo (21) para realizar a manifestação “#PTnão para o Brasil não virar uma Venezuela“, em alusão à candidatura a presidência do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. No Recife, a concentração começa às 14h30, na Avenida Boa Viagem, em frente à padaria homônima.

Já no dia 27, imitando a TFP (Tradição, Família e Propriedade) que antecedeu o golpe militar de 1964 com a ‘Marcha da Família com Deus pela Liberdade’, os bolsonaristas anuncia a “Caminhada da Família” percorrendo a Av. Conde da Boa Vista até o Marco Zero.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Impulsionamento de notícias pró-Bolsonaro será investigada


             O Ministério Público e a Polícia Federal devem iniciar investigações sobre o suposto pagamento de impulsionamento a favor de Bolsonaro por empresários, o que é proibido por lei. Três ações sobre irregularidades na campanha dele pela internet foram apresentadas ontem à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) e ao TSE: do PT e dos deputados Jean Wyllys (PSol-RJ) e Jorge Solla (PT-BA).

As medidas judiciais ocorrem após o jornal Folha de S. Paulo ter informado que empresários teriam comprado pacotes de disparos em massa de mensagens pró-Bolsonaro e contra o PT no aplicativo WhatsApp. De acordo com a reportagem, sai por R$ 12 milhões cada contrato, firmado com agências de comunicação especializadas em redes sociais.

O Correio teve acesso a mensagens de empresas que oferecem disparos de mensagens para candidatos. “Aqui vai a melhor dica para chegar lá nas eleições”, diz a propaganda para marqueteiros eleitorais. “São disparos que atingem 100% das pessoas com celular, o que corresponde a 99% dos eleitores.” Tal ação não é permitida pela legislação, com o objetivo de evitar o abuso de poder econômico. As empresas oferecem o disparo para uma base de dados própria, o que também é proibido pelo TSE. Os bancos com cadastros de eleitores só podem ser criados pelos próprios partidos, candidatos e coligações.

Em entrevista ao Correio, o marqueteiro Marcelo Vitorino, responsável pela campanha digital de Alckmin, afirmou que todos as informações sobre o uso irregular das bases de dados, impulsionamento e disparos eram de conhecimento do TSE. “Todos as pistas de que isso ocorreria foram apresentadas, mas não se fez nada. Quem perde com isso é o eleitor, que acaba ludibriado.” Segundo ele, há menos de 50 empresas capazes de enviar mensagens em massa no Brasil, e que não seria tão difícil de se acompanhar ou investigar.

Pesquisa Vox Populi traz Bolsonaro com 53% e Haddad com 47%


       Pesquisa Vox Populi divulgada nesta sexta-feira (19) mostra um crescimento da candidatura de Fernando Haddad (PT) na reta final do segundo turno das eleições presidenciais. O petista aparece com 46% dos votos válidos, enquanto o oponente, Jair Bolsonaro (PSL) tem 54%, na pesquisa espontânea. Na pesquisa estimulada, quando são mostrados os nomes dos candidatos, o petista tem 47% dos votos válidos, contra 53% do militar.

No total, contando votos brancos, nulos e indecisos, Haddad tem 37% contra 43% do capitão da reserva. Segundo a pesquisa, 12% declararam que votarão em branco ou nulo e 8% ainda estão indecisos.

Por região

Na pesquisa espontânea por regiões, Haddad marca 55% da preferência do eleitorado nordestino, contra 27% de Bolsonaro. O capitão da reserva fica à frente nas demais regiões. No Sudeste, marca 49%, contra 28% do petista, no Sul, 53% a 33%, e no Centro Oeste/Norte, 45% a 34%.

Mudança de voto

Segundo o Vox Populi, entre os eleitores que definiram seu voto, 8% ainda podem mudar de ideia e outros 3% dizem que não há nada decidido e “podem mudar de ideia até amanhã” – 89% dizem que não pretendem mudar de ideia.
Rejeição

Em relação à rejeição, os dois candidatos estão empatados tecnicamente. De acordo com a pesquisa, Haddad é rejeito por 41% dos eleitores ouvidos, enquanto Bolsonaro tem índice de rejeição de 38%.

A pesquisa ouviu 2 mil eleitores entre os dias 16 e 17 de outubro em 120 municípios de todos os estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-08732/2018.

Maioria dos eleitores quer Bolsonaro em debates


         A participação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em debates na TV ou outras mídias é defendida por 73% dos eleitores, segundo pesquisa Datafolha publicada nesta quinta (18). Em contraposição, 23% dos entrevistados defendem que o candidato não se submeta a esse tipo de confronto com Fernando Haddad (PT), seu adversário na corrida presidencial. Quatro por cento não souberam responder.

A questão foi levantada pela pesquisa após as ausências de Bolsonaro em cinco dos sete debates realizados no primeiro turno, justificadas pela condição médica do candidato, que fora esfaqueado durante ato público no início de setembro.

Mesmo liberado por seus médicos, Bolsonaro diz que não irá a nenhum programa ao lado de Haddad também agora no segundo turno.

Entre os entrevistados pela pesquisa, 67% acham que é muito importante que sejam realizados debates, 13% dizem que é um pouco importante, 19% não veem importância na realização dos programas, e 2% não souberam responder a questão.

O número dos que acham muito importantes os debates entre os candidatos no segundo turno cai entre aqueles que pretendem votar em Bolsonaro -para 53%. Já entre os eleitores de Haddad, 86% avaliam que o confronto público entre eles, bem como a apresentação de seus programas é muito importante.

Quando questionados se há chance de mudança de voto por causa de debates, 76% dos eleitores dizem que não, 8%, que essa chance é pequena, 8%, que é média, e 6%, que é grande.

Para os que declaram voto em Bolsonaro, 84% não veem chance de mudar o voto após um confronto público de ideias. Diante da mesma questão, 76% dos que declaram voto em Haddad dizem que não considerariam o conteúdo do debate para mudar o voto.

Para 35% dos entrevistados que declaram voto no candidato do PSL, ele não deveria ir a debates, mas 62% que acham que sim -e 4% não sabem. Para 86% dos que votam em Haddad, Bolsonaro deveria ir a debates; 11% acham que ele não deveria ir, e 3% responderam que não sabem.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

UnB é pichada com ameaça de massacre em caso de vitória de Bolsonaro


       Sem revelar muitos detalhes, a Universidade de Brasília (UnB)confirmou a denúncia de uma pichação na porta de um dos banheiros da instituição com a ameaça de um massacre no campus caso o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, vença as eleições.

Na foto postada nas redes sociais que chegou à administração da universidade, e que viralizou na internet, a mensagem escrita à caneta faz referência ao atentado cometido por alunos de uma escola do Colorado, nos Estados Unidos, há quase 20 anos. “Se Bolsonaro for eleito, é Columbine na UnB”, estampa o ato de vandalismo, lembrando o nome da instituição americana onde 12 alunos e um professor foram mortos.

De acordo com a assessoria da UnB, a pichação não foi identificada pela equipe de manutenção dos espaços da instituição que continua investigando o caso. “O caso foi reportado à Polícia Federal”, informou em nota.

Nas redes sociais, a universidade publicou respostas de repúdio a atos de vandalismo e a mensagens de incitação à violência. No início do mês, a UnB informou que cinco livros sobre direitos humanos do acervo da Biblioteca Central (BCE) tinham sido propositalmente danificados, tendo algumas páginas rasgadas e riscadas. 

No dia, a instituição divulgou nota informando que estava fazendo uma varredura em outros títulos que tratam do mesmo assunto para verificar se havia mais obras vandalizadas.

Datafolha divulga nova rodada de pesquisas nos estados para o 2º turno


       O Instituto Datafolha divulgou mais uma rodada de pesquisas sobre a sucessão em vários estados brasileiros aonde ocorre a disputa do 2º turno. O levantamento foi realizado na quarta-feira (17) e quinta-feira (18) e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos em alguns estados.

Em São Paulo, nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

João Doria (PSDB): 44%
Márcio França (PSB): 40%
Em branco/nulo: 9%
Não sabe: 7%

Os candidatos estão empatados no limite da margem de erro. Considerando apenas os votos válidos João Dória teria 53% e Márcio França 47%. Foram entrevistados 2.356 eleitores em 73 municípios, sob registro no TRE: SP06938/2018.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro foram entrevistados 1.486 eleitores em 42 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O Registro no TRE é RJ-05090/2018. Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

Wilson Witzel (PSC): 50%
Eduardo Paes (DEM): 33%
Em branco/nulo: 11%
Não sabe: 6%

Nos votos válidos, quando são desconsiderados os votos branco, nulos e indecisos, os resultados foram os seguintes:

Wilson Witzel (PSC): 61%
Eduardo Paes (DEM): 39%

Minas Gerais
Foram ouvidos 1.473 eleitores em 73 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE sob número MG07552/2018. Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

Romeu Zema (Novo): 58%
Antonio Anastasia (PSDB): 24%
Em branco/nulo: 10%
Não sabe: 9%

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Wilson Witzel (PSC): 61%
Eduardo Paes (DEM): 39%

Sergipe

Votos válidos:
Berivaldo Chagas (PSD) - 58%
Valadares Filho (PSB) – 42%

Pará

Votos válidos:
Helder barbalho (MDB) - 58%
Márcio Miranda (DEM) – 42%

Distrito Federal

Votos válidos:
Ibaneis Rocha (MDB) - 75%
Rodrigo Rollemberg (PSB) – 25%

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Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp


   Empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno.

A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada.

A Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens.

O GPS Eleitoral, ferramenta da Folha que monitora as estratégias dos candidatos, mostra que o petista Fernando Haddad ficou na defensiva na segunda semana de campanha do segundo turno, dizendo ser alvo de notícias falsas. Já seu oponente, Jair Bolsonaro (PSL), chegou à quinta vez seguida em que o assunto mais presente em sua campanha são ataques ao PT.

domingo, 14 de outubro de 2018

Bolsonaro diz que Haddad é 'moleque' ao falar em perseguição


        O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, disse que é "coisa de moleque" a afirmação feita por Fernando Haddad (PT) sobre ter sido perseguido por um simpatizante do capitão reformado. 

"Poxa, isso é coisa de moleque, de criança. Nem dá para responder que eleitores meus fecharam ele. Coisa de criança, de moleque, de gente que não tem o que fazer", afirmou. Haddad disse ter sido vítima de perseguição em Brasília, na quinta-feira (11), quando participava de evento organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

“O Brasil tem que estar nas mãos de homens e mulheres com responsabilidade, sem mimimi. Condeno qualquer ataque de quem quer que seja por questão política ou outra qualquer", afirmou Bolsonaro enquanto fazia gravações para um programa de TV.

Ele voltou ainda a culpar o PT por problemas de segurança pública, em resposta às acusações de seus adversários de que ele estimula a violência.

"Foram 13 anos de PT. A violência cresceu assustadoramente no Brasil. Eu pergunto: eles investigaram o caso Celso Daniel?"

'Qual o limite da loucura do meu adversário?', diz Haddad


            O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, questionou neste domingo (14) o comportamento de Carlos Eduardo, filho do adversário Jair Bolsonaro, que reproduziu nas redes sociais uma notícia falsa de que o petista defendera o incesto.

A publicação, um tuíte com um texto do escritor Olavo de Carvalho, dizia que Haddad pregava a derrubada do tabu do incesto. O autor retirou o texto das redes sociais, explicando-se depois. Mas Carlos Bolsonaro a manteve com a pergunta "é isso que você quer ver governando o país?"

Após um "encontro com pessoas com deficiência pela democracia", Haddad listou mentiras das quais seria vítima. "Qual o limite da loucura do meu adversário? Acusar um oponente de defender o incesto. Onde nós vamos parar?", questionou Haddad.

O petista também disse que vê com preocupação o que chama de projeto de poder de líderes igreja Universal do Reino de Deus, citando ainda o fato de Bolsonaro ter chamado dom Paulo Evaristo Arns de vagabundo e picareta. "Onde é que esta loucura vai parar? Hoje, uma igreja católica amanheceu pichada com uma suástica. Eu fui perseguido por um carro por um bolsonarista chamando a igreja católica de igreja gay".

Haddad cobrou ainda a imprensa pelo que chamou de omissão. "Vocês não vão acordar para o risco que nós estamos correndo? Quando é que a imprensa vai acordar? A ombudsman da Folha de S.Paulo está fazendo justamente isso". Segundo Haddad, "se a imprensa não ajudar, não vai acabar bem". "A democracia está em risco, acordem", apelou. Folhape.

sábado, 13 de outubro de 2018

Bolsonaro diz que só debate com Haddad se não houver interferência de Lula


            O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (13/10) que concorda em ir a debates com seu adversário, Fernando Haddad (PT), mas desde que não haja "interferência externa", referindo-se à suposta influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Fernando Haddad (PT). 

"Se for debate só eu e ele (Haddad), sem interferência externa (de Lula), eu topo comparecer. Estou pronto para debater; tem de ser sem participação de terceiros", ironizou, em meio a uma gravação de programas eleitoral na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim botânico, bairro da zona sul do Rio.

O fato de Bolsonaro não confirmar a participação em debates — o capitão reformado já disse que avalia não ir a nenhum como estratégia para vencer — tem sido uma das maiores críticas feitas por Haddad a ele. Pela manhã, o petista voltou a falar sobre o tema: "Quem não tem propostas, não tem o que debater", afirmou, antes de encontro com coletivos culturais na Cohab Raposo Tavares, na zona oeste da capital paulista. 

Bolsonaro tem rebatido as críticas dizendo que não vale a pena debater com Haddad porque não é ele quem toma as decisões. O militar chamou Haddad de "ventríloquo de Lula" (em aparente confusão, pois ele deveria querer dizer que Lula é o ventríloquo de Haddad) e disse que o adversário não escolherá os ministros caso seja eleito. "Quem vai escalar time de ministros será o Lula. Não adianta (ele) ter boas propostas se vai ter indicação política", continuou. "O mais importante é ter independência para escalar um time de ministros componentes."

Questionado sobre essas falas do candidato do PSL, Haddad respondeu que "quem bate continência para americano não tem moral para falar nada", em referência a uma ocasião em que, diante dos eleitores, Bolsonaro bateu continência à bandeira dos Estados Unidos. 

Em discurso, Bolsonaro apoiou grupo de extermínio que cobrava R$ 50 para matar jovens da periferia


            Publicado no Congresso em foco


           Por Lúcio de Castro, da Agência Sportlight


Em 12 de agosto de 2003, o deputado Jair Bolsonaro foi ao microfone do plenário da Câmara dos Deputados e fez veemente defesa dos crimes de extermínio. Exaltados como solução para a política de segurança a ser adotada no Rio de Janeiro. O motivo para a apaixonada defesa era a ação de um esquadrão da morte que vinha aterrorizando a Bahia desde o início daquela década. Deu boas vindas aos foras da lei mesmo reconhecendo a ilegalidade.

A Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo revelou que a fala do deputado omitiu a motivação econômica que movia e razão de ser dos criminosos munidos com carteira do estado: um grande negócio travestido de combate ao crime.

“Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio, porque no meu estado só as pessoas inocentes são dizimadas. Na Bahia, pelas informações que tenho — lógico que são grupos ilegais —, a marginalidade tem decrescido. Meus parabéns”!

Veja a imagem do discurso reproduzida da página da Câmara:

Muitos dos criminosos parabenizados pelo parlamentar por seus feitos não tinham rosto, mas os crimes tem números. No ano de 2000, foram 146 registros de mortos em ação de grupos de extermínio apenas na capital Salvador. Maioria absoluta de jovens negros e favelados. Subiu drasticamente no ano seguinte, indo para 321 assassinados por esses esquadrões da morte. Em 2002, 302 assassinatos. Os números são da “Comissão de Direitos Humanos” da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba) daquele mesmo ano do discurso de Bolsonaro. A dimensão do genocídio gerou uma Comissão Parlamentar de Inquérito na assembleia baiana.

Os assassinatos eram parte de um comércio que financiou o grupo de extermínio exaltado pelo parlamentar.

É o que mostra uma das mais completas abordagens sobre o tema.

Autor de minucioso estudo (“Entre o vigilantismo e o empreendedorismo violento”) para mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal da Bahia (UFBA), com recorte nesses grupos que agiram na Bahia naqueles anos, o advogado Bruno Teixeira Bahia relata as características de tais ações e grupos. “Eram compostos, em sua maioria, por policiais e ex-policiais civis e militares, ressaltando, ainda, que em quase todos os casos as vítimas eram jovens, negros e pobres, com idade entre 14 e 26 anos e sem passagem pela polícia”, está na peça.

Os assassinatos destacados como política de segurança por Bolsonaro em sua maioria eram precedidos de tortura, de acordo com o estudo. “As vítimas, em geral, são encontradas com marcas de tiros em pontos vitais, geralmente na cabeça, nuca e ouvido. Além dos disparos, também eram levadas em consideração outras marcas deixadas nos corpos das vítimas, como mãos amarradas, sinais de tortura, tais como unhas e dentes arrancados, hematomas por todo o corpo e, às vezes, o ateamento de fogo ao cadáver”.

Outra característica apontada no trabalho de Bruno Teixeira Bahia é a absoluta impunidade e conivência do poder público com tais práticas. “O chefe do Poder Executivo (à época Governador Paulo Souto), apesar das evidências, negava a existência de tais grupos, estratégia também utilizada pela Secretaria de Segurança Pública, a qual atuava de forma isolada e não respondia a nenhum ofício ou questionamento da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, nem de qualquer outra Comissão de Direitos Humanos”, relata.

Entre tantos, provavelmente o mais contundente dado é comprovação das investigações e inquéritos judiciais, além da CPI, de que o extermínio organizado foi um grande comércio. De vida e morte. Em Juazeiro, interior do estado, as mortes eram encomendadas muitas vezes por comerciantes. Valores entre R$ 50 e R$ 100 pagavam um assassino de aluguel desses grupos.

“Uma quadrilha formada por comerciantes que pagavam a importância de 50 a 100 reais pela morte de delinquentes com diversas entradas na delegacia regional de Juazeiro por pequenos crimes contra o patrimônio. Apesar do reconhecimento oficial da existência de um grupo que trabalhava em prol do extermínio de pessoas com passagens pela polícia, inclusive com a descoberta de uma rede de pagamento formada por comerciantes locais, o silêncio marcou o depoimento do então comandante da polícia de Juazeiro quando a questão era quem seriam ou como agiam os executores”, conta o advogado e cientista social.

Depoimento tomado junto a policial revela discurso bem próximo ao do parlamentar. As definições “pessoas boas”, “vagabundo”, além da reclamação pela existência de leis que proíbem o assassinato, comuns no discurso do parlamentar, estão presentes na fala do integrante do grupo:

“E é assim, a nossa tristeza é porque a população as pessoas boas merecem um bairro com respeito, eles não tem. O vagabundo mata, estupra, faz e acontece, ninguém toma providência”, justifica o policial.

Transformado em negócio por essas milícias, os assassinatos exaltados por Bolsonaro logo cruzaram novas fronteiras. Pela remuneração, o alvo dos exterminadores se ampliou. “O entrevistado também destacou que somente matou bandido e confessou ter feito isso tanto em serviço como para ganhar dinheiro de comerciantes. Contudo, relatou que nesta prática ‘às vezes as coisas fugiam um pouco do controle’, confirmando que nem sempre os alvos dos integrantes do grupo eram bandidos, como no caso descrito no parágrafo anterior e como em outras oportunidades quando algum policial que agia no grupo resolvia matar outras pessoas, mesmo que estas não tivessem envolvimento na prática de crimes”.

O autor aponta ainda como a suposta solução do “bandido bom é bandido morto” logo se transforma em mercado:

“O uso da violência pelos membros de um grupo de extermínio não pode ser limitado à concepção de combate à ação dos “bichos” ou dos “bandidos”. Ser capaz de usar a violência e estar disposto a fazê-lo diferencia o agente no meio social em que vive e o credencia a usar suas habilidades como capital social dentro de um mercado econômico, já que, como visto, não há controles informais que o impeça de assim agir. A capacidade no uso da violência, como desenvolvimento de uma carreira moral, torna o agente, perante a sociedade, especializado para a realização de atividades com valor financeiro, em um verdadeiro mercado da violência”.

A política de eliminação transformada em negócio logo vira relação promíscua, como está em depoimento do livro de Bruno Teixeira Bahia. “E também tem assim, se tem os traficantes que a gente já conhece “das antiga”, da nossa época, ele comanda a porra dele, tipo assim, ele não deixava que nada acontecesse naquela área e a gente ficava de boa, e cá também, ele não bagunça e a gente fica de boa. Tinha um que “pagava a etapa” toda semana”.
A morte vira lucrativa ferramenta nesse tipo de política de segurança.

“Se o agente se acostuma ao uso da violência e desenvolve habilidades no trato com a mesma não é desarrazoado supor que tais habilidades o acompanhem tanto em tarefas exercitadas fora do policiamento oficial, quanto nos chamados serviços de seguranças clandestinos. Do combate à criminalidade, à resolução de contendas pessoais, passando pela venda dos serviços no setor privado, seja lícito (comércio) ou ilícito (tráfico de drogas), a morte se apresenta como uma ferramenta, afiada e azeitada por anos dentro das práticas policiais”.

Outro lado:

A reportagem tentou contato com Jair Bolsonaro sobre o tema sem êxito.

Para acessar os registros do discurso acima mencionado na Câmara, acesse: 

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/discursos-e-notas-taquigraficas

Nome: Jair Bolsonaro
Período
Data inicial:
12/08/2003
Data final:
12/08/2003

Matéria veiculada no site do Diário de Pernambuco neste sábado (13):

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2018/10/13/interna_politica,765394/em-discurso-bolsonaro-apoiou-grupo-de-exterminio-que-cobrava-r-50-pa.shtml

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Bolsonaro associa PT a Venezuela e Haddad critica violência no 1º dia de guia eleitoral


         Os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) não pouparam ataques no primeiro programa da campanha eleitoral do segundo turno no rádio e na TV nesta sexta-feira (12). Enquanto a estratégia de Bolsonaro, sem discurso claro, foi associar o PT à Venezuela, a campanha do petista trouxe relatos sobre a violência praticada pelos seguidores de seu opositor e não cita Lula.

Voltando aos tempos da ditadura, o programa de Bolsonaro começa em 1990, citando a queda do comunismo e narrando a criação do Foro de São Paulo, chamado de "semente de projeto de doutrinação", com a participação de Lula, que discursa defendendo que integrantes do grupo cheguem ao poder. Na sequência, o locutor cita Cuba, classificando o país como "o mais atrasado do mundo", e a "Venezuela arrasada", associando o país ao Brasil, que se tornou "um balcão de negócios".

"Vermelho nunca foi a cor do Brasil", destaca a campanha, que passa então a atacar o oponente na disputa, dizendo que o país não pode ser comandado da cadeia, em referência ao ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde abril. Na sequência, são ouvidos eleitores de Bolsonaro que se dizem indignados com o fato de o petista ainda interferir no processo eleitoral apesar de preso. Uma mulher que se declara negra e brasileira confirma o voto no candidato.

Deus é citado num agradecimento aos votos obtidos no primeiro turno e pela vida do candidato, esfaqueado no início de setembro durante um ato de campanha em Minas Gerais. Da biografia de Bolsonaro, o destaque foi dado a filha caçula, Laura, numa tentativa de aproximação do eleitorado feminino. É nesse momento que surge a fala do capitão reformado, dizendo como a vida mudou após a chegada da única filha mulher, que aparece dizendo "eu te amo". Em 2017, o deputado fez piada com o nascimento da menina, dizendo que havia fraquejado e veio uma mulher.

De arma na mão, Bolsonaro diz em evento no Acre que
vai metralhar os petralhas
Já a campanha de Haddad começa com um alerta: a democracia está em risco. O locutor afirma que seguidores de Bolsonaro transformaram o segundo turno, momento para discutir propostas para o país, em uma onda de violência e destaca a fala do oponente durante a campanha eleitoral. "Vamos fuzilar a petralhada toda", diz Bolsonaro. O trecho é repetido várias vezes na campanha do petista, enquanto se fala sobre ódio, raiva e casos de violência. 

A morte do capoeirista Moa do Katendê, 53, atingido por 12 facadas de um apoiador de Bolsonaro após uma discussão sobre política num bar na Bahia, o desenho de uma suástica, símbolo do nazismo, feito no corpo de uma jovem e os ataques contra a memória da vereadora do PSOL Marielle Franco foram citados. Vozes de eleitores também aparecem no programa, destacando que Bolsonaro fere abertamente os direitos humanos.

"O que é bacana, o povo de arma na mão, como defende o Bolsonaro, ou com um livro na mão, como quer o Haddad?", diz o locutor. Haddad aparece afirmando que sua arma não é o grito, mas garantir a carteira assinada para o trabalhador. Assim como Bolsonaro, o petista também cita Deus, agradecendo pelos votos no primeiro turno e pelos filhos que teve num casamento de 30 anos, tempo destacado na peça.

Diferentemente do primeiro turno, em que o jingle petista dizia que Haddad é Lula e ele aparecia destacando as qualidades do candidato, o ex-presidente não é citado. A campanha adota ainda a estratégia de se descolar do PT, em busca do apoio dos críticos a sigla. Essa campanha não é de um partido, mas de todos que querem fazer desse um Brasil melhor", diz.