Jair
Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito o 38º presidente da República neste
domingo (28) ao derrotar em segundo turno o petista Fernando Haddad,
interrompendo um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002.
A
vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das seções apuradas,
Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser
ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Até o
fim da noite, com 100% das seções apuradas, Bolsonaro terminou com 57.797.277
votos (55,13%) e Haddad, 47.039.840 (44,87%).
No
discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um "defensor
da Constituição, da democracia e da liberdade".
Aos
63 anos, capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991 e dono de
uma extensa lista de declarações polêmicas, Jair Bolsonaro materializou em
votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais e em
viagens pelo Brasil para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022.
Na
campanha, por meio das redes sociais e do aplicativo de mensagens WhatsApp,
apostou em um discurso conservador nos costumes, de aceno liberal na
economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana
e opositor do PT e da esquerda.
Com
isso, se tornou um fenômeno eleitoral ao vencer a corrida presidencial filiado
a uma legenda sem alianças formais com grandes partidos, com pouco tempo na
propaganda eleitoral de rádio e TV e distante das ruas na maior parte da
campanha, em razão do atentado no qual sofreu uma facada que o
perfurou no abdômen.
Após
quatro vitórias consecutivas do PT em eleições presidenciais (2002, 2006, 2010
e 2014), o novo presidente eleito se apresenta como um político de direita.
Vitorioso
na primeira vez em que se candidatou a presidente, Bolsonaro sucederá Michel
Temer (MDB), vice de Dilma Rousseff (PT) que assumiu o governo em 2016 devido
ao impeachment da petista.
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