Uma
festa clandestina realizada em uma mansão em Aleia, em Camaragibe, no
Grande Recife, foi encerrada por fiscais do Procon, neste domingo (14), por
descumprimento de protocolos de segurança na pandemia. Segundo o órgão, 81
pessoas foram levadas para a delegacia da cidade para prestar depoimento. No
local, havia consumo de bebidas alcoólicas.
Mesmo
com a piora nos dados da Covid-19, esse é mais um caso de desrespeito aos
protocolos do governo de Pernambuco, nos últimos dias. Festas e eventos
estão proibidos no estado.
Na
sexta-feira (12), grupos foram flagrados pela TV Globo fazendo festas
clandestinas em barcos, no Rio Capibaribe, no Centro do Recife.
De
madrugada, o vice-prefeito de Itamaracá, na Região Metropolitana, foi
autuado por desacato, depois que um vento foi encerrado pela polícia.
Segundo
o Procon, no caso de Aldeia, o dono da residência foi autuado por
descumprimento de medida sanitária. A residência onde era realizado o evento
acabou sendo interditada. Até apresentar defesa, ele não pode mais alugar o imóvel. Todos os
presentes foram de ônibus para a delegacia, assinaram Termos Circunstanciados
de Ocorrência (TCOs) e vão responder em liberdade.
Ainda
de acordo com o Procon, a festa clandestina foi realizada nas proximidades do
quilômetro 10 da Estrada de Aldeia. Após
receber denúncia, o órgão de defesa do consumidor chegou a uma mansão,
localizada na Rua Mário de Alencar, e encontrou 33 homens e 48 mulheres, entre
eles cinco menores de idade.
Na
mansão, os fiscais se depararam com o som alto, com pessoas sem máscaras e
consumo de bebidas alcoólicas.
“A
casa tinha sido alugada por R$ 1.800, para o fim de semana, com entrada no
sábado às 8h e saída às 19h do domingo”, informou o Procon, por meio de nota.
Os
fiscais relataram que jovens flagrados na festa disseram não se importar com as
medidas de segurança.
“Eles
alegaram que os pais não estão dando importância para doença e que andam pelas
ruas sem máscaras", afirmou o órgão, na nota.
O
órgão de defesa do consumidor disse que fiscais ouviram o dono da mansão. Ele
relatou que aluga o imóvel nos fins de semana.
“Disse,
ainda, que tinha alugado para uma pessoa, que não estava entre os que foram
conduzidos para a delegacia”, informou o órgão.
O
secretário de Justiça de Pernambuco, Pedro Eurico, classificou o flagrante de
mais uma festa clandestina como “um absurdo”.