No
vídeo, Raquel defende que os novos financiamentos são fundamentais para
viabilizar obras e ações estratégicas em áreas como saúde e educação. “Diga
a eles que são 37 milhões aqui (investidos). Que já pode começar a contratar
seus engenheiros clínicos para entregar essa obra. Que vamos construir o novo
campus da UPE de Caruaru, reformar o hospital Oswaldo Cruz e fazer o novo
Getúlio Vargas”, afirmou a gestora, em tom de apelo direcionado à
Alepe.
A
resposta não demorou. Ainda na sexta-feira, o deputado estadual Waldemar Borges
(PSB) publicou um vídeo rebatendo a fala da governadora. Segundo ele, o
Legislativo não está impondo barreiras à liberação dos recursos, e o verdadeiro
problema seria a incapacidade da gestão estadual em executar o que já foi
autorizado.
“A governadora nunca deixou de ter um pedido de autorização atendido
pela Assembleia. Desde 2023, ela tem autorização para contrair R$ 1,7 bilhão
com a Caixa Econômica Federal. Passados dois anos, só captou R$ 600 milhões. E
só agora está prestando contas disso”, disse o deputado. Ele ainda alertou para o risco de recursos
importantes “mofarem” por falta de agilidade na execução: “Pernambuco
não pode se dar o luxo de ter R$ 1,1 bilhão parado quando precisa de dinheiro
para a saúde e infraestrutura.”
Waldemar
Borges também criticou o discurso de promessas da governadora, cobrando a
apresentação de resultados concretos: “Já estamos chegando na metade do
terceiro ano de governo. Não é hora de dizer o que vai fazer, é hora de mostrar
o que fez.”
A fala da governadora e a reação imediata da oposição revelam um novo capítulo do embate político em Pernambuco. De um lado, o Executivo tenta pressionar para acelerar novos financiamentos. Do outro, o Legislativo exige mais eficiência e transparência no uso dos recursos já liberados — um jogo de empurra que coloca em xeque a sintonia entre os poderes e, sobretudo, a capacidade do Estado de atender demandas urgentes da população.
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