De
acordo com o levantamento, entre os dias 24 de junho e 4 de julho, mais de 4,4
milhões de menções foram registradas nas redes, com destaque para a hashtag #InimigosDoPovo,
que somou mais de 300 mil citações — numa média de 18 mil menções por hora. A
campanha de críticas ao Congresso, encabeçada por apoiadores do governo, ganhou
tração, revelando uma clara mobilização digital favorável ao Planalto.
A
Quaest aponta que 61% das publicações tiveram tom crítico ao Congresso,
enquanto apenas 11% atacaram o governo Lula diretamente. Mesmo em meio à
polêmica envolvendo a derrubada da taxação do IOF por parlamentares, a imagem
de Lula permanece relativamente preservada: 45% das menções ao presidente foram
positivas, e apenas 31% negativas — números mais favoráveis do que em disputas
anteriores.
Entre
os alvos preferenciais dos ataques nas redes está o presidente da Câmara, Hugo
Motta (Republicanos-PB), citado em 8% das postagens e apontado como símbolo das
decisões impopulares do Legislativo. Termos como “Congresso da Mamata” (13%) e
“Inimigos do Povo” (18%) dominaram o debate digital.
Outro
dado relevante foi o desempenho dos parlamentares nas redes. A base governista
foi mais ativa que a oposição: 119 deputados aliados de Lula postaram 741 vezes,
quase o dobro das 378 postagens dos 112 oposicionistas. Parlamentares de centro
contribuíram com 218 postagens, mostrando um envolvimento significativo também
por parte do chamado “centrão”.
Mesmo com o conflito migrando para o Judiciário — o ministro Alexandre de Moraes, do STF, agendou uma reunião de conciliação entre os poderes para o próximo dia 15 —, a disputa simbólica nas redes já aponta para um novo cenário. O governo, que vinha enfrentando uma queda de aprovação, agora colhe os frutos de uma estratégia de comunicação digital mais eficiente e conectada com a indignação popular contra o Congresso.
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