sábado, 5 de julho de 2025

Governo Lula vira o jogo nas redes sociais e conquista narrativa sobre o IOF, aponta Quaest

                 Uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta sexta-feira (4) revelou uma guinada significativa no embate de narrativas entre o governo federal e o Congresso Nacional em torno da taxação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A análise indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conquistou terreno nas redes sociais, revertendo um cenário de desgaste que marcou o primeiro semestre do ano.

De acordo com o levantamento, entre os dias 24 de junho e 4 de julho, mais de 4,4 milhões de menções foram registradas nas redes, com destaque para a hashtag #InimigosDoPovo, que somou mais de 300 mil citações — numa média de 18 mil menções por hora. A campanha de críticas ao Congresso, encabeçada por apoiadores do governo, ganhou tração, revelando uma clara mobilização digital favorável ao Planalto.

A Quaest aponta que 61% das publicações tiveram tom crítico ao Congresso, enquanto apenas 11% atacaram o governo Lula diretamente. Mesmo em meio à polêmica envolvendo a derrubada da taxação do IOF por parlamentares, a imagem de Lula permanece relativamente preservada: 45% das menções ao presidente foram positivas, e apenas 31% negativas — números mais favoráveis do que em disputas anteriores.

Entre os alvos preferenciais dos ataques nas redes está o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), citado em 8% das postagens e apontado como símbolo das decisões impopulares do Legislativo. Termos como “Congresso da Mamata” (13%) e “Inimigos do Povo” (18%) dominaram o debate digital.

Outro dado relevante foi o desempenho dos parlamentares nas redes. A base governista foi mais ativa que a oposição: 119 deputados aliados de Lula postaram 741 vezes, quase o dobro das 378 postagens dos 112 oposicionistas. Parlamentares de centro contribuíram com 218 postagens, mostrando um envolvimento significativo também por parte do chamado “centrão”.

Mesmo com o conflito migrando para o Judiciário — o ministro Alexandre de Moraes, do STF, agendou uma reunião de conciliação entre os poderes para o próximo dia 15 —, a disputa simbólica nas redes já aponta para um novo cenário. O governo, que vinha enfrentando uma queda de aprovação, agora colhe os frutos de uma estratégia de comunicação digital mais eficiente e conectada com a indignação popular contra o Congresso. 

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