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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Pernambuco recebe 52.650 doses da vacina Pfizer contra a Covid-19 para aplicação da segunda dose

                 Pernambuco recebeu 52.650 doses da vacina contra a Covid-19 Pfizer/BioNTech, na noite da terça-feira (20). A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que os imunizantes serão destinados à aplicação da segunda dose.

“Assim como acontece com os outros fabricantes, essa nova remessa deve ser utilizada apenas com essa finalidade. É indispensável ter atenção a isso para evitar inconformidades no processo vacinal”, advertiu a superintendente de Imunizações da SES, Ana Catarina de Melo.

O estado também recebeu, na terça-feira, 206.500 mil unidades do imunizante da Astrazeneca/Fiocruz. De acordo com a SES, os dois carregamentos foram encaminhados ao Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), que fará a distribuição às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) a partir da madrugada desta quarta-feira (21).

A pasta também comunicou que, com a chegada dos dois imunizantes, cada município receberá 259.150 vacinas. A Secretaria informou que foi concluída a distribuição de todas as 136 mil vacinas recebidas na noite da segunda-feira (19), quando chegaram ao estado 85 mil doses da Coronavac e 51 mil doses da Astrazeneca.

Desde o dia 18 de janeiro Pernambuco recebeu 6.455.800 doses de imunizantes, sendo 3.309.170 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.269.160 da Coronavac/Butantan, 709.020 da Pfizer/BioNTech e 168.450 da Janssen.

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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Pernambuco receberá cerca de 395 mil doses de vacina nesta semana

                         O governador Paulo Câmara anunciou, nesta segunda-feira (19.07), a chegada de mais cerca de 395 mil doses de vacinas contra a Covid-19 ao Estado ainda nesta semana. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que Pernambuco receba os novos lotes nos próximos dias. No total, serão 257 mil doses de imunizantes da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, 52 mil doses da Pfizer/BioNTech e 85 mil doses da Coronavac/Butantan.

Parte das vacinas produzidas pela Fiocruz e todas as doses do Butantan já devem chegar ao Recife, na noite desta segunda-feira (19.07).

Com as novas remessas, Pernambuco vai dar ainda mais celeridade ao processo de imunização, iniciando o esquema vacinal de novos públicos. “É uma importante notícia sobre a vacinação, porque será possível avançar nas faixas etárias e ampliar os grupos a serem imunizados com a primeira dose em todos os municípios pernambucanos”, comemorou Paulo Câmara. O governador reforçou ainda a importância da busca de todos pela segunda dose, que completa a imunização.

“Se já chegou a sua hora de receber a vacina, se informe na secretaria de saúde do seu município e auxilie parentes e amigos a fazerem o mesmo”, recomendou Paulo Câmara, alertando ainda para os cuidados de prevenção, com o retorno das atividades a partir das flexibilizações que têm início hoje. “Não deixe de se vacinar e incentive funcionários e clientes a fazer o mesmo. Todas as vacinas disponíveis evitam o agravamento da doença e salvam vidas. Não esqueça as medidas preventivas, use máscara e evite aglomerações”, finalizou. 

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Pernambuco aplicou 5.186.972 milhões de doses contra a Covid-19

                     Há exatos seis meses, Pernambuco dava início à imunização da população contra a Covid-19. Até este domingo (18), mais de 5 milhões de doses foram aplicadas garantindo a proteção de diversos grupos contra a doença, que já tirou a vida de 18.325 pessoas no Estado. Mais de 1,3 milhão de pessoas já estão com o esquema vacinal completo, representando 19,28% da população a partir dos 18 anos.

O cenário epidemiológico da pandemia no Estado vem apresentando redução nos indicadores com o andamento da campanha, porém o Governo do Estado alerta que a pandemia ainda não acabou e que, para controlar a doença, é necessário avançar na vacinação, com o recebimento de maiores volumes de doses, adesão da população, garantia do cumprimento do esquema vacinal completo, além da manutenção das medidas de proteção, com uso de máscara, distanciamento físico e lavagem das mãos.

Até agora, Pernambuco recebeu 6.060.650 doses de imunizantes. Foram 3.051.670 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.184.160 unidades da Coronavac/Butantan, 656.370 doses da Pfizer/BioNTech e 168.450 da Janssen.

Para garantir o acesso rápido aos imunizantes ao longo desses seis meses, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI-PE), contou com o apoio logístico de diversos atores para realização do transporte seguro e em tempo hábil. A cada nova remessa, escoltas da Polícia Federal - que direciona os imunobiológicos para sede do PNI - e da Polícia Militar, coordenados pela Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), que viabilizam a distribuição segura das vacinas para os municípios em até 24 horas após o recebimento no PNI-PE. A operação ainda conta com o apoio da companhia aérea ‘Azul’ para envio rápido dos imunizantes para as cidades do sertão do Estado.

“Uma campanha de vacinação efetiva depende da oferta de doses para população e estratégias para facilitar o acesso da população a essa proteção tão importante. Acreditamos que, se nos for ofertada uma entrega de vacinas de forma regular e com montantes significativos, poderemos vacinar toda a população acima de 18 anos até o final do mês de setembro com a primeira dose, e até o fim do ano, com as duas doses”, destacou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Entre os desafios de uma campanha de imunização onde são indicadas duas doses para proteção, está a garantia da completitude do esquema vacinal. “Nosso maior desafio hoje é garantir essa segunda dose. Cada vez mais fomos avançando, apesar de ser um avanço lento diante do que esperávamos. O maior desafio do PNI no momento é garantir que todas as pessoas que tomaram a primeira dose, recebam a segunda no intervalo estabelecido.  

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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Covid-19: Butantan entrega mais 1 milhão de doses de vacina ao PNI

                          O governo de São Paulo entregou hoje (16) ao Ministério da Saúde mais um lote de 1 milhão de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19, produzida no Instituto Butantan. Com a remessa, as liberações somam 55,149 milhões de doses fornecidas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) desde 17 de janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A nova remessa é parte de um lote de 10 milhões de doses que serão processadas com os 6 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) recebidos do laboratório chinês Sinovac no último dia 26 de junho. A matéria-prima foi envasada no complexo fabril do Butantan, em São Paulo, e passou por etapas como embalagem, rotulagem e controle de qualidade das doses.

Na última quarta-feira (14), o Butantan liberou 800 mil doses e ontem (15), mais 200 mil, totalizando 2 milhões de doses entregues ao PNI nesta semana.

As vacinas entregues hoje fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio. Até o final de agosto devem ser disponibilizadas dez milhões de vacinas.

Na madrugada de terça-feira (13), o instituto recebeu carga recorde de 12 mil litros de matéria-prima para produzir e entregar outras 20 milhões de doses. Uma nova remessa de IFA, com mais 12 mil litros, deve chegar até o final deste mês.

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Pernambuco recebe mais 184.250 doses de vacina da AstraZeneca contra a Covid-19

                   Chegaram a Pernambuco, na madrugada desta sexta-feira (16), mais 184.250 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz para reforçar a campanha de imunização contra a Covid-19. Esse novo lote é destinado à primeira aplicação para ampliar o número de pessoas vacinadas no estado.

As doses dessa nova remessa vão possibilitar a ampliação da vacinação por faixa etária, além de servir para a aplicação de 100% das primeiras doses do imunizante em trabalhadores bancários e dos Correios, novo grupo incluído pelo Ministério da Saúde, que adquire e distribui as vacinas aos estados.

Do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, na Zona Sul da cidade, as vacinas foram levadas ao Programa Estadual de Imunização, na Zona Norte da capital, para verificação da temperatura e separação dos quantitativos por cidade.

Na manhã desta sexta (16), as doses são entregues às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), onde ficam à disposição dos gestores municipais. Segundo o governo estadual, a segunda dose, que pode ser aplicada entre 60 e 90 dias após a primeira, deve ser feita apenas com as vacinas encaminhadas com esse objetivo. 

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Documento do governo com preço da Covaxin é mentiroso, diz diretora da Precisa

                         A diretora executiva da Precisa Medicamentos, a farmacêutica Emanuela Medrades, afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, na manhã desta quarta-feira (14/7), que o documento do Ministério da Saúde sobre reunião com a empresa é mentiroso.

A reunião ocorreu em 20 de novembro de 2020, e no documento havia o registro de oferta da vacina Covaxin, da Bharat Biotech, a US$ 10. Depois, o imunizante foi acordado a US$ 15, sendo o mais caro acertado com o governo federal e com indícios de superfaturamento. A Precisa se apresenta como representante da Bharat no Brasil.

Emanuela Medrades afirmou, textualmente, que o valor não era o apresentado pelo documento oficial do Ministério da Saúde, mas uma expectativa. “Salvo a parte do preço, que foi uma expectativa, confirmo tudo que o documento diz”, afirmou. Ela também disse que tentou reduzir o valor do produto, que teria sido ofertado a US$ 15 desde 12 de janeiro, e teria pedido à empresa que custasse menos de US$ 10. O documento foi divulgado nas redes sociais pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Ele  e o irmão, o servidor público do ministério Luis Ricardo Miranda, denunciaram à CPI um esquema de superfaturamento na compra da Covaxin, que seria pago a uma offshore em Cingapura.

O acordo pelo preço 50% mais caro foi firmado em 28 de fevereiro. Mas, no encontro, em 20 de novembro, os representantes apresentaram o valor mais barato. Além de representantes da Bharat da Índia, participaram da reunião diversos investigados pela CPI da Covid. Dentre eles, estavam o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, o coronel Antônio Elcio Franco Filho, a então coordenadora geral do Plano Nacional de imunização Franciele Fantinato, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE) Hélio Angotti Neto, além do presidente da Precisa medicamento, Francisco Emerson Maximiano e de Emanuela Medrades. A depoente confirmou que negociou a compra com Elcio Franco.

A negociação de venda da Covaxin para o governo federal foi a mais rápida, e ocorreu quando o presidente da República, Jair Bolsonaro, ainda criticava a compra dos imunizantes por um lado e, por outro, dizia que não negociaria os medicamentos sem autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ainda assim, Luis Ricardo falou em pressões incomuns para compra do produto, que seria pago em um paraíso fiscal e com as notas fiscais internacionais registradas no Ministério da Saúde cheias de inconsistências. Mas, Emanuela Medrades afirmou que a negociação foi rápida, pois a empresa aceitou todas as cláusulas impostas pelo governo. A depoente também afirmou que começou a negociar a compra com a Bharat em junho de 2020, e com o Ministério da Saúde, em novembro. 

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terça-feira, 6 de julho de 2021

Segunda dose da Astrazeneca pode ser aplicada com 60 dias em Pernambuco

                         
Em coletiva virtual realizada na tarde esta terça-feira (6), o Governo de Pernambuco anunciou a redução no prazo para aplicação da segunda dose do imunizante da Astrazeneca, contra a Covid-19. Antes aplicada num intervalo de 90 dias, agora a última dose do imunizante poderá ser aplicada em 60 dias.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, a medida é indicada pelos fabricantes da vacina e visa a acelerar o processo de imunização da população. No Recife, a adesão à antecipação da aplicação do imunizante da Astrazeneca já foi anunciada, também no fim desta tarde. 

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), empresa que produz a vacina Astrazeneca no Brasil, a segunda dose do imunizante pode ser administrada em um intervalo de quatro a 12 semanas (entre 30 e 90 dias) após a primeira dose. Por isso, a redução do tempo de aplicação no Estado segue as orientações já permitidas. 

A decisão pela antecipação da segunda dose foi indicada pela Secretaria Estadual de Saúde e aprovada em uma reunião com a Comissão Intergestores Bipartite Estadual de Pernambuco. 

De acordo com André Longo, cada município deverá agendar a segunda dose de acordo a disponibilidade local. Podendo ser entre 60 e 90 dias. 

"Essa decisão foi balizada pelo nosso comitê técnico científico estadual. Cada município deverá informar o período para marcação da segunda dose, levando em consideração a sua operacionalização vacinal e seus estoques", informou o secretário.  

Buíque

Em Buíque, a partir desta quarta-feira (7), os moradores da cidade que já tiverem tomado a primeira dose dessa vacina há pelo menos 60 dias, terão a possibilidade de completar o seu esquema vacinal em um período mais curto. Para isso, devem comparecer as Unidades Básicas de Saúde para tomar a 2ª Dose da AstraZeneca.

Bancários são incluídos na vacina prioritária contra a Covid-19

                      O Ministério da Saúde informou no começo da tarde desta terça-feira (6) a inclusão da categoria bancária entre as prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. De acordo com o Ministério, até o final da semana o informe técnico que incluiu a categoria será formalizado com a inclusão d@s bancári@s e dos trabalhadores dos Correios.

O Ministério receberá as informações da distribuição da categoria pelos estados para a encaminhar as doses de vacina para serem aplicadas nos postos e unidades de saúde de cada local, a partir da semana que vem. A decisão favorável foi importante vitória da categoria que se organizou para cobrar a inclusão no PNI, por meio do Comando Nacional dos Bancári@s.

“Tivemos uma excelente notícia. Acabamos de sair de uma reunião com o ministro Marcelo Queiroga, que nos informou que o Ministério da Saúde está atendendo nosso pleito de inclusão dos bancários e bancárias no Plano Nacional de Imunização. É uma notícia muito esperada para os bancários e bancárias que estão na linha de frente, no atendimento. Uma grande vitória do Comando Nacional dos Bancários, dos sindicatos, das federações em todo o Brasil, que têm feito essa luta já há algum tempo, pela inclusão da categoria por vacina. Essa nossa luta continua, por vacina para todos”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também coordena o Comando Nacional.

O anúncio foi feito por Queiroga, com a presença de representantes da categoria. Juvandia Moreira participou por videoconferência, junto com Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, outra coordenadora do Comando Nacional d@s Bancári@s. 

No local estava presente o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Guimarães Morais, além de representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; o presidente do BB, Fausto Ribeiro; e o presidente da ECT, Floriano Peixoto Vieira Neto.


segunda-feira, 5 de julho de 2021

Bancários anunciam greve pelo direito a vacina para dia 08

                       Os bancários de Pernambuco decidiram por 92% dos votos em assembleia geral paralisar as atividades por 24h, a partir das 00h da próxima quinta-feira (8/7), pela inclusão dos bancários no calendário de vacinação do Estado. A mobilização é uma resposta ao Governo de Pernambuco, que negou a imunização à categoria, interrompendo o processo de negociação.

De acordo com o levantamento de dados realizado pelo Sindicato, cerca de 50% da categoria no Estado ainda não foi imunizada pelo critério da idade.

“A categoria bancária está trabalhando desde o início da pandemia, garantindo o pagamento do auxílio emergencial, aposentadoria, liberação de crédito, entre outros. Se a idade está reduzindo para imunização, é fruto da mobilização da sociedade que tem cobrado a vacina. Mas, os bancários de Pernambuco merecem o reconhecimento enquanto categoria de trabalhadores que deve ser priorizada pelo serviço essencial prestado à população, assim como pelos riscos que correm nas agências bancárias lotadas”, diz o sindicato.

Segundo os bancários, o Governo do Estado mostrou desrespeito à categoria ao comprometer-se com a negociação e, em seguida, negar a vacina sem dialogar. “Nossa luta é justa, nossa luta é pela vida", afirma o novo presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.

domingo, 4 de julho de 2021

Diretor do Ministério da Saúde deu aval para reverendo negociar compra bilionária da vacina AstraZeneca

                             E-mails obtidos pelo Jornal Nacional, da TV Globo, revelam que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, deu aval para que um reverendo e a entidade presidida por ele negociassem 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a empresa americana Davati.

A Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, conhecida como Senah, foi fundada pelo reverendo Amilton Gomes de Paula. A sede fica em Brasília. São os nomes da Senah e do reverendo que aparecem nos e-mails obtidos pelos Jornal Nacional.

O JN procurou Cristiano Carvalho, representante oficial da Davati no Brasil, e ele confirmou que estava copiado nas mensagens.

No dia 23 de fevereiro, Lauricio Cruz, que é diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, enviou um e-mail para o reverendo Amilton. O assunto do e-mail era: “lista de presença e carta de proposta para fornecimento”.

A mensagem do e-mail começa assim: "inicialmente agradecemos a disponibilidade da Senah, representada por sua pessoa (...) Na apresentação da proposta comercial para fornecimento de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca"

E finaliza dizendo que "todos os processos de aquisição de vacinas no âmbito do Ministério da Saúde estão sendo direcionados pela Secretaria Executiva".

No dia 4 de março, o reverendo postou fotos em uma rede social de uma reunião no Ministério da Saúde. Cruz está em uma das fotos. Na postagem, o reverendo escreveu: "Senah faz reunião no ministério para articulação mundial em busca de vacinas e para a consecução de uma grande quantidade dos imunizantes a ser disponibilizada no Brasil”.

Após várias trocas de e-mail, o reverendo faz um pedido: "nós solicitamos com urgência o FCO atualizado, com o valor de US$ 17,50 como acordado em 5 de março e com a data de entrega". FCO é uma sigla em inglês que quer dizer oferta completa de venda.

Os US$ 17,50 por dose indicados pelo reverendo no e-mail à Davati representam três vezes mais do que os US$ 5,25 que o Ministério da Saúde pagou em cada dose da vacina AstraZeneca comprada em janeiro, de um laboratório na Índia.

sábado, 3 de julho de 2021

Mais doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer chegam a Pernambuco

                          Novas doses de vacinas contra a Covid-19 chegaram a Pernambuco na noite desta sexta-feira (02.07). O avião trazendo as 88.920 unidades de imunizantes da Pfizer/BioNTech aterrissou no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre às 21h25. 

Os insumos, que vão reforçar a campanha de vacinação no Estado, serão entregues às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) até o domingo (04.07). Apenas desse fabricante, já são 573.300 vacinas disponibilizadas.

“Nosso esquema de logística, que já se provou bastante eficiente, foi mais uma vez acionado. Assim que os imunizantes forem preparados pelo Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) serão imediatamente distribuídos às Geres. Vamos utilizar esse novo lote exclusivamente para aplicação da primeira dose em quem ainda não foi vacinado, enquanto esperamos o recebimento de novas remessas em breve, para avançarmos ainda mais”, pontuou o governador Paulo Câmara.

Na quarta-feira passada (30.06), mais 51.480 vacinas da Pfizer e 113.250 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz chegaram a Pernambuco. “Contamos com o empenho dos municípios para criar estratégias junto à população que garanta celeridade à campanha, e precisamos da adesão do público. Se a vacina já estiver disponível para o seu grupo ou faixa etária, não deixe de garantir seu direito à imunização. Essa é uma ação individual, mas com um impacto importante para a sociedade como um todo, para que possamos vencer a batalha contra a Covid-19”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco já recebeu 5.520.930 doses de imunizantes. Foram 2.743.420 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.141.960 unidades da Coronavac/Butantan, 573.300 doses da Pfizer/BioNTech e 62.250 da Janssen.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Fiocruz receberá IFA adicional para mais 70 milhões de doses

                               A Fiocruz e a AstraZeneca assumiram novo compromisso para aquisição de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) adicional suficiente para a produção de mais 20 milhões de doses da vacina Covid-19.

A farmacêutica e a Fiocruz já haviam assinado um contrato este mês para aquisição de IFA adicional para a produção de cerca de 50 milhões de doses, que farão parte das entregas do segundo semestre juntamente com a produção nacional. 

Com o novo compromisso, a Fiocruz poderá então produzir 70 milhões de doses adicionais ao longo do segundo semestre, adicionalmente às doses que serão produzidas com o IFA produzido no Brasil.

Outra conquista para o Brasil é o calendário de entrega do insumo. Segundo o compromisso firmado, as novas remessas de IFA para a produção de 20 milhões de doses têm previsão de serem enviadas ao longo dos meses de agosto e setembro, o que garantiria uma produção contínua no segundo semestre, eliminando, dessa forma, o risco de interrupção por falta de insumo. Os demais lotes, necessários para a produção das 50 milhões de doses restantes, serão enviados nos meses seguintes, de outubro a dezembro.

O anúncio aconteceu em reunião ocorrida esta semana entre a AstraZeneca e o Ministério da Saúde, com participação da Fiocruz. Estiveram presentes o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot; o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; e o vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho da Fiocruz, Mario Moreira.

“Sabemos o quanto tem sido difícil obter insumo adicional, dado o cenário internacional de escassez de vacinas e insumos. A aquisição do IFA adicional para a produção de mais 70 milhões de doses é resultado do esforço e empenho institucional, bem como da parceria que a AstraZeneca tem tido conosco desde o início, compreendendo a urgência de uma produção contínua e acelerada em nosso país”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Durante a reunião, como resultado do reconhecimento do trabalho de alta qualidade que vem sendo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunibiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) na produção da vacina, foi definido um grupo técnico de trabalho para avaliar uma colaboração da Fiocruz no esforço global de superação da pandemia.

No total, já foram entregues 65,9 milhões de doses ao PNI, incluindo 4 milhões de doses prontas da vacina do Instituto Serum, da Índia. Com o IFA já disponível na Fundação, estão garantidas entregas semanais até 23 de julho.

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

Governo negociou em três meses e pagou 1.000% mais caro pela vacina da Covaxin

                          Documentos do Ministério das Relações Exteriores divulgados em matéria do Estadão desta terça-feira (22), demonstram que o governo adquiriu a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que era anunciado pela fabricante apenas seis meses depois. 

O Estadão teve acesso a um telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi datado de agosto do ano passado. Nele, a embnaixada informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).

Em dezembro de 2020, outro comunicado da embaixada dava conta de que o produto fabricado na Índia teriuo o custo menor "do que uma garrafa de água”. Apenas dois meses depois, em fevereiro de 2021, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) – o preço mais alto pago pelas seis vacinas compradas até o momento.

Segundo o jornal, quem ordenou a compra pessoalmente foi o presidente Jair Bolsonaro, após uma negociação que durou cerca de três meses, prazo bem mais curto que o de outros acordos. Com a Pfizer, por exemplo, foram quase onze meses, com o mesmo preço oferecido (US$ 10 por dose). 

Apesar de custar bem mais barato do que a vacina indiana, o preço foi usado como argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a contratação, só fechada em março deste ano.

Ao contrário dos outros imunizantes, que tiveram negociação feita diretamente com seus fabricantes no País ou no exterior, a contratação da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. A farmacêutica virou alvo da CPI da Covid, que na semana passada autorizou a quebra dos sigilos, Francisco Maximiano, um dos sócios da empres, que deve depor à Comissão nesta quarta (23).

ACPI deverá investigar o motivo pelo qual o contrato para a compra da Covaxin ter sido intermediado pela Precisa, que em agosto foi alvo do Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de fraude na venda de testes rápidos para Covid-19. 

domingo, 20 de junho de 2021

Pernambuco recebe mais de 310 mil doses da AstraZeneca

                        Pernambuco recebeu, na noite deste domingo (20.06), uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19 da Astrazeneca/Fiocruz, para avanço da aplicação da segunda dose na população. Ao todo, chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, às 18h29, 310.250 doses, totalizando 2.630.170 unidades da Astrazeneca/Fiocruz recebidas por Pernambuco desde o início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus.

Após aterrissar na capital pernambucana, o lote com os insumos seguiu para a sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), para checagem e divisão entre os municípios. A decisão de destinar a nova remessa para a segunda dose será pactuada em reunião com os gestores municipais na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Ao longo da semana, as remessas seguirão para as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), onde os municípios devem fazer as retiradas para reabastecer os seus estoques.

“O novo lote com mais de 310 mil doses da Astrazeneca será fundamental para que os municípios possam completar o esquema vacinal dos pernambucanos que já estão em tempo de receber a segunda dose. A vacina salva vidas, e tem reduzido as internações e óbitos em Pernambuco, mas para garantir essa proteção é essencial tomar as duas doses. Contamos com o empenho dos municípios para dar celeridade ao avanço da aplicação da segunda dose em seus territórios e contribuir para a proteção da nossa população”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Na última sexta-feira (18.06), Pernambuco recebeu mais 65 mil doses da Coronavac/Butantan e realizou, ao longo deste fim de semana, uma mobilização de vacinação nos municípios, com o objetivo de zerar o número de pessoas que aguardam a segunda dose desse imunizante. Também na sexta, o Estado recebeu 97.110 doses da Pfizer, destinadas às pessoas com comorbidades e deficiência, podendo ser expandidas aos demais grupos prioritários e à população em geral por faixa etária, de acordo com o andamento da campanha e realidade de cada município.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, em 18 de janeiro, Pernambuco recebeu 4.992.460 doses de vacinas. Além das 2.630.170 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, vieram 2.024.160 unidades da Coronavac/Butantan e 338.130 doses da Pfizer/BioNTech.

Butantan paralisa produção da CoronaVac e só deve receber IFA no dia 26

                         Após entregar mais 2,2 milhões de doses da vacina CoronaVac, as últimas produzidas a partir do lote de insumos recebido ainda em maio, o Instituto Butantan paralisou a produção do imunizante contra a Covid-19, e aguarda o recebimento de mais uma remessa do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), importado da China. 

Segundo o governador de São Paulo, João Doria, o novo carregamento de insumos só deve chegar ao Brasil na próxima semana, em 26 de junho.

“Nós vamos receber agora, no próximo dia 26, portanto na semana que vem, 6 mil litros do IFA, insumo para a vacina CoronaVac, a vacina do Butantan. Isso significa 10 milhões de doses da vacina”, informou Doria na entrega das 2,2 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde.

Ainda segundo ele, o Butantan fará um esforço para tentar reduzir em pelo menos 2 dias o tempo necessário para a produção dessas novas doses. “Lembrando que o Butantan já trabalha 24 horas por dia, em quatro turnos, mas ainda assim Dimas Covas e a sua equipe tentaram antecipar pelo menos em 48 horas”, completou.

Normalmente, o Butantan precisa de cerca de 20 dias para produzir a CoronaVac a partir da chegada dos insumos. A produção da vacina passa pelos processos de envasamento, rotulação e checagem dos lotes. Com a chegada do IFA em 26 de junho, o diretor do instituto, Dimas Covas, acredita ser possível fazer novas entregas da CoronaVac ao governo federal no mês que vem.

"A partir de 15 de julho, nós pretendemos iniciar a distribuição desse lote [de 10 milhões de doses]", informou Covas. Ao todo, o instituto paulista já entregou 52,2 milhões de doses da CoronaVac.

Desde o início da produção do imunizante no país, o Butantan precisou paralisar o processo mais de uma vez devido a falta de insumos, que são importados da China. 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Pernambuco recebe mais 97.110 doses de vacina da Pfizer contra a Covid

                     Pernambuco recebeu, na madrugada desta sexta-feira (17), mais 97.110 doses de vacinas da Pfizer contra a Covid-19. Em nota, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que cada município precisa montar estratégias, de acordo com o seu território, para proteger a maior quantidade de pessoas no menor tempo possível.

As doses não devem ser guardadas, mas sim utilizadas de forma imediata para dar continuidade à imunização dos grupos prioritários de pessoas com comorbidades e deficiências, além de expandir para a população geral por faixa etária, de acordo com a estratégia adotada por cada prefeitura, afirmou a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

As doses da Pfizer chegaram por volta de 1h45 ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana.

Os 14 volumes com os imunizantes seguiram para a sede do Programa Estadual de Imunização (PNI), na Zona Norte da cidade. No local, as vacinas foram separadas para seguirem às 12 gerências regionais de saúde (Geres), onde ficam disponíveis para retirada pelos municípios ainda nesta sexta-feira, de acordo com a

Ao todo, Pernambuco já recebeu 4.617.210 vacinas para imunização contra a Covid-19. Desse total, 2.319.920 foram AstraZeneca/Fiocruz, 1.959.160 eram Coronavac/Butantan e outras 338.130 doses foram da Pfizer/BioNTech.

De acordo com a SES, também chegaram mais 65 mil doses da CoronaVac/Butantan na manhã desta sexta-feira.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Diretor do Sírio-Libanês diz que 'No ano que vem, vamos ter que vacinar todo mundo de novo'

                     O novo diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês (SP), o médico Fernando Ganem, de 56 anos, diz que os conhecimentos sobre a Covid-19 disponíveis até o momento indicam que será necessária uma imunização anual contra a doença.

"Ano que vem, vamos ter que começar a vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe; mudam as variantes, têm de fazer nova adaptação da vacina", afirma.

Segundo o médico, o hospital vem registrando casos de reinfecção por Covid entre pessoas já imunizadas, mas nenhum grave ou que tenha levado o paciente à morte.

Por isso, recomenda que as pessoas continuem usando máscaras não só para se proteger contra o coronavírus, mas também contra outros vírus respiratórios que estão circulando, como o H1N1, e já provocam internações.

Cardiologista e intensivista, Ganem está no Sírio desde 1992 e ocupou vários cargos nas áreas da assistência e da gestão.

Em maio, assumiu a diretoria geral, substituindo o cirurgião Paulo Chapchap, seu mentor.

PERGUNTA - Um assunto que circulou nas redes sociais recentemente foi que o Sírio estava com vários pacientes graves de Covid que já tinham sido imunizados com duas doses da vacina. O que há de real nessa história?

FERNANDO GANEM - Estamos monitorando todas as pessoas que internam, quantas já foram vacinadas.

P. - Existem pacientes internados que já tomaram a vacina?

FG - Sim.

P. - Existem pacientes que já tomaram a vacina e estão em estado crítico?

FG - Não é o que a gente está vendo. Nós e outras instituições vamos soltar publicações sobre colaboradores vacinados, quantos tiveram [reinfecções por Covid]. Na nossa experiência, não identificamos casos graves [de reinfecção] e óbito. Temos que estratificar todos os casos por idade e complexidade. Casos individuais, a gente tem visto por aqui. Temos um caso curioso de uma médica que tem vários fatores de risco, atende em casa, já foi vacinada, teve Covid e não internou. O desfecho primário da vacina é evitar mortalidade. Agora, ter de novo o ideal seria que não tivesse mais. Ano que vem vamos ter que começar vacinar todo mundo de novo. Vai funcionar como funciona na gripe; mudam as variantes, tem que fazer nova adaptação da vacina. Todo mundo me pergunta e eu falo: sabe quando a gente vai ter todas essas respostas? Daqui a um ano, quando 100 milhões de pessoas estiverem vacinadas. O resto são inferências, e inferências são perigosas porque podem gerar informações infundadas.

P. - Mas teremos mesmo que nos vacinar anualmente contra a Covid, assim como ocorre com a gripe?

FG - Tudo indica que sim, pelo o que a gente tem acompanhado na literatura e com os nossos colegas. Foi como aconteceu na epidemia de H1N1 [em 2009]. Nós ainda temos casos de H1N1. Tivemos um caso recente. O paciente teve Covid, foi internado, saiu, e na semana seguinte estava com H1N1.

P. - E nesse período outros vírus respiratórios têm circulado bastante

FG - Exatamente. A gente sabe que de maio a julho, agosto, aumentam as visitas aos prontos-socorros, as internações, a mortalidade na população idosa por pneumonia. Também por isso é que a gente deve manter o uso da máscara.

P. - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem discursando contra o uso da máscara. É o momento de deixar lado o acessório?

FG - Vamos ter que continuar usando máscara ainda por muito tempo, independentemente de uma recomendação técnica, deve ser uma orientação comportamental. Sempre que possível, precisamos diminuir a probabilidade do contágio.

P. - Como está hoje a ocupação de leitos do Sírio por Covid?

FG - Semana passada estivemos bem apertados, variando de 90% a 97% de ocupação. Felizmente hoje [segunda, 14] estamos com 84%, estamos conseguindo acomodar. Mas é muito dinâmico. Há dias em que existe espera [por leitos] no pronto-socorro. Ano passado, nosso pico de internação tinha sido 260 pacientes. Neste ano, baixamos para 130 por duas, três semanas, e a gente pensou que teria um período de sossego. Nas últimas semanas, voltamos a ter 250 pacientes. Hoje [segunda] estamos com 164.

P. - Está sendo necessário suspender cirurgias eletivas?

FG - Dessa vez, não. Suspendemos por duas semanas alguns exames como a polissonografia, em que o paciente passa a noite no hospital e no dia seguinte vai embora. Muita gente que segurou procedimentos médicos meses atrás agora está nos procurando até porque começa a ficar ansioso, não sabemos até quando vai [a pandemia].

P. - O Sírio acaba de lançar o pronto-atendimento digital. Como vai funcionar?

FG - A experiência com pacientes com Covid possibilitou uma nova forma de atendimento para todo tipo de condição de saúde. As avaliações podem ser agendadas por meio de um número de WhatsApp. O paciente responde a uma série de perguntas para a triagem do caso e se não for considerado crítico, recebe um link para acesso a uma plataforma de telemedicina do Sírio e é atendido pelo médico de plantão. Se os sintomas forem de gravidade, é orientado a comparecer ao hospital.

P. - Várias instituições de saúde têm estendido o atendimento médico digital para áreas como escolas e empresas. Isso veio para ficar?

FG - Sim, o hospital presta hoje um serviço de saúde populacional que abrange 180 mil colaboradores de outras empresas em que o atendimento é digital. Tanto de um médico de família ou clínico-geral com nosso médico especialista, ou diretamente com o paciente. Isso evitou idas desnecessárias ao pronto-socorro, garantindo a segurança. Antes da Covid, em torno de 20% dos pacientes que vinham ao pronto-socorro não eram submetidos a nenhum exame nem recebiam medicação. Podemos inferir que eles precisavam de uma consulta médica. Não tenho dúvida de que o atendimento e do monitoramento digital de pacientes, serviços de saúde mental e de reabilitação a distância terão oportunidade de crescimento no pós-pandemia.

P. - O que não é possível ainda fazer com o atendimento digital?

FG - Não conseguimos substituir alguns tipos de assistência. Dor aguda, por exemplo, é uma coisa muito preocupante. Dor abdominal pode ser algo mais simples, como uma gastroenterite [infecção intestinal], uma diverticulite [inflamação ou infecção na parte interna no intestino]. O exame físico faz toda a diferença. Uma dor torácica, um formigamento, pode ser desde uma tensão emocional até um AVC [Acidente Vascular Cerebral]. Ter um olhar médico é fundamental. Mas hoje, com uma boa anamnese, um check-list de perguntas, um algoritmo bem direcionado, você consegue saber quando orientar a pessoa a procurar um atendimento presencial ou se ela pode seguir no acompanhamento digital.

P. - No âmbito do SUS, o Sírio e outros hospitais têm desenvolvido por meio do Proadi alguns projetos usando a telemedicina nas emergências e na UTI. O que já é possível mensurar de resultados?

FG - O Lean nas emergências, essa ferramenta de gestão que ajuda a diminuir o tempo de permanência do paciente no serviço de urgência, já existia antes da pandemia e, devido à repercussão e ao impacto que causou em vários hospitais públicos, foi renovado. Em 2020, o projeto passou por 35 hospitais do SUS. Já são 102 instituições beneficiadas em 24 estados desde que teve início há pouco mais de três anos. No ano passado, houve redução média de 38% no tempo de espera, de 50% no tempo da passagem do paciente da urgência até a internação, e uma redução média de 11% no tempo médio de permanência na internação (de 8,5 dias para 7,6 dias, em média).

RAIO-X


Fernando Ganem é médico cardiologista formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), com doutorado na mesma instituição. Também é especialista em terapia intensiva, tem pós-graduação em gestão de atenção à saúde pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês e Fundação Dom Cabral. Trabalha no Hospital Sírio-Libanês desde 1992, inicialmente como plantonista no pronto-atendimento. Já trabalhou como intensivista no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, como chefe da UTI cardiovascular no Hospital Nove de Julho. Ocupa cargos na área de gestão do Sírio desde 2007. Em maio passado, assumiu a diretoria geral do hospital. Coordena também o programa de residência de clínica médica da instituição.

 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Vacinas Sputnik V serão enviadas ao Nordeste em julho

                              As vacinas Sputnik V contra a Covid-19 deverão chegar ao Nordeste do Brasil no mês de julho, de acordo com o governador do Ceará, Camilo Santana. Nesta terça-feira (15), os governadores do Nordeste participaram de uma reunião on-line com o Fundo Soberano Russo, responsável pela negociação das vacinas.

"O Fundo confirmou que enviará no início de julho as primeiras doses da vacina, e que entregará até o fim deste mês o cronograma de distribuição das doses", disse Camilo através das redes sociais.

Os governadores firmaram acordo para compra de 30 milhões de doses da vacina russa, mas os estados não poderão importar essa quantidade de vacinas, pois o imunizante foi aprovado no país com restrições. Com isso, cada estado vai receber o suficiente para a imunização em duas doses de 1% da população. Pernambuco irá receber cerca de 192 mil doses, seguido da Bahia com 300 mil doses; Maranhão com 141 mil; Sergipe com 46 mil; Ceará com 183 mil e Piauí com 66 mil doses.

O imunizante não poderá ser aplicado em gestantes, lactantes, menores de 18 anos, mulheres em idade fértil que desejem engravidar nos próximos 12 meses, além de pessoas com enfermidades graves ou não controladas e antecendentes a anafilaxia.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Entrega de vacina da Janssen é suspensa

                       As 3 milhões de doses da vacina da Janssen contra a covid-19 não serão mais entregues nesta terça-feira (15) ao Brasil, conforme estava previsto. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, segundo o Portal UOL, mas ainda não foi revelado o motivo do cancelamento da entrega.

Apesar da suspensão da entrega das doses da vacina da Janssen, não está descartada uma nova data para envio do imunizante, mas ainda não há um novo prazo. Arcoverde receberia 6.670 doses do imunizante, Garanhuns 11.765 e Serra Talhada 6.410.

A vacina da Janssen é baseada em vetores de adenovírus sorotipo 26 (Ad26). É indicada para pessoas acima de 18 anos. O imunizante é aplicado em dose única de 0,5ml e demonstrou, nos testes apresentados, 66,9% de eficácia para casos leves e moderados e 76,7% de eficácia para casos graves, após 14 dias da aplicação.

Diferente das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, o imunizante da Janssen não tem previsão de parceria para ser produzido no Brasil. Cada dose do imunizante vai custar US$ 10 ao governo federal.

Vacina da Janssen em Pernambuco

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco anunciou, na manhã desta segunda-feira (14) como será feita a divisão da vacina da Janssen, que tem apenas uma dose, entre os municípios do Estado. A expectativa é que o lote com quase 118,6 mil doses chegue até o final desta semana.

Descumprindo a orientação do Ministério da Saúde, o governo estadual decidiu enviar algumas doses da vacina para cidades do interior. Há grande preocupação com a capacidade de aplicação dessas doses de forma ágil, uma vez que a data de vencimento do lote está perto do fim.

Além do Recife, as cidades de Caruaru e Garanhuns, no Agreste; e Arcoverde, Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, no Sertão, também vão receber doses da vacina da Janssen.

De acordo com o governo estadual, a divisão será feita da seguinte forma: Recife – 59.295 doses; Caruaru – 30.935 doses; Garanhuns – 11.765 doses; Arcoverde – 6.770 doses; Afogados da Ingazeira – 3.425 doses; Serra Talhada – 6.410 doses.

Segundo cálculos da Secretaria, as doses serão suficientes para vacinar 18,6% da população com idades entre 18 a 59 anos das cidades do interior, além de 6,5% dos moradores do Recife com esta faixa etária.

Butantan entrega mais 1 milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde

                      O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram um novo lote de um milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira (14).

Com isso, o governo paulista já entregou 49 milhões de doses à pasta. As doses serão encaminhadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), para serem distribuídas proporcionalmente aos estados.

A entrega é a segunda a ser realizada neste mês de junho, após um hiato de quase um mês nos novos lotes devido à escassez do IFA (ingrediente farmacêutico ativo), que paralisou as atividades da fábrica de envase da Coronavac por quinze dias.

A chegada de um carregamento com matéria-prima no dia 25 de maio, com capacidade para fabricação de 5 milhões de doses, fez retomar a produção.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a entrega ao lado do secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn, da Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização de São Paulo, e Dimas Covas Tadeu, diretor do Instituto Butantan na manhã desta segunda.

Nesta semana, devem ser realizadas mais duas entregas. Na próxima quarta (16), o Butantan deve realizar a entrega de mais um lote de 1 milhão e, na sexta (18), mais um lote.