As mensagens foram incluídas
no pedido enviado pela PF à Justiça Federal para realizar cumprimentos de
mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Outside. Deflagrada na
quinta-feira (3), a ação investiga indícios de fraude em licitação e desvio de
recursos públicos federais repassados a Patos para realização de obra. Foram
cumpridos quatro mandados, um deles realizado contra Eulanda Ferreira da Silva,
a servidora de Patos que atuava como “ponte”, segundo a Polícia Federal.
A primeira fase da operação
da PF ocorreu em 12 de setembro. Conforme revelou a coluna na ocasião, a obra
que está no centro da investigação, no valor de R$ 6 milhões, foi bancada com
recursos do Orçamento Secreto apadrinhados por Hugo Motta. Apesar de ser citado
na representação da PF, o parlamentar, contudo, não está entre os investigados.
Segundo a PF, Eulanda da
Silva utilizou o cargo de coordenadora do Núcleo de Convênios da Secretaria de
Infraestrutura de Patos para favorecer a Engelplan, do empresário André
Cesarino, no âmbito da administração pública municipal, especialmente em
relação ao contrato de execução das obras de restauração da Alça Sudeste e da
Avenida Manoel Mota, popularmente conhecida como Alça Sudoeste, em Patos. Essa
é a obra que foi bancada com verba pública direcionada por Motta. A atuação da
servidora incluia o repasse de informações privilegiadas e o tratamento
diferenciado à empresa.
Conversas de WhatsApp entre
Eulanda e André Cesarino mostram como a servidora pública forneceu informações
privilegiadas para que a Engelplan ganhasse a licitação. Na sequência, após o
início das obras, novas mensagens revelam que um aditivo foi adicionado ao
contrato e que a servidora intermediou a aceleração do repasse.
“Para resolver o impasse,
ela informou que já havia acionado ‘Paulinho’, assessor do deputado Hugo Mota,
em Brasília, e que o prefeito Nabor Wanderley também estava envolvido”,
descreveu a Polícia Federal. O assessor citado na mensagem é Paulo
Vinícius Marques Pinheiro, secretário parlamentar de Hugo Motta.
“Nabor Wanderley teria relatado que um depósito de R$ 411 mil havia sido feito na conta da Alça, mas se tratava de um convênio equivocado enviado por Hugo Mota. Eulanda confirmou que já havia comunicado ‘Paulinho Pinheiro’ sobre a necessidade de correção junto ao Ministério. Em meio a essa situação, André questionou se Eulanda preferia que ele mesmo encaminhasse a mensagem ao prefeito Nabor Wanderley ou se ela faria isso diretamente”, prosseguiu a Polícia Federal. Do Metropoles
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