Com a venda do terreno, o
governo da Bahia poderá avançar nas negociações com a BYD. No fim de julho, a
montadora chinesa anunciou que pretende investir R$ 3 bilhões, por meio da
instalação de três fábricas no estado que criarão 5 mil empregos.
Uma das unidades, informou a
BYD, será dedicada à produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos. A
outra, à fabricação de automóveis híbridos e elétricos, com capacidade estimada
em 150 mil unidades por ano na primeira fase, podendo dobrar a produção. Essa
será a primeira fábrica de carros elétricos da empresa no continente americano.
A terceira unidade vai processar lítio e ferro fosfato, para atender ao mercado
externo.
A BYD aguarda decisões sobre
incentivos fiscais que serão herdados da Ford no regime especial para montadoras
do Nordeste, cujo vencimento está previsto para 2025. Na votação do segundo
turno da reforma tributária, na Câmara, a prorrogação do incentivo até 2032 foi
derrubada por um voto. No Senado, onde os estados do Norte, do Nordeste e do
Centro-Oeste têm maior peso, a extensão do benefício poderá ser reinstituída no
texto.
Durante visita à China em
abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com o presidente da
BYD, Wang Chuanfu. Na ocasião, Chuanfu falou sobre as políticas públicas chinesas
que deram ao país “uma indústria forte de veículos elétricos”, tanto de carros
de passeio como ônibus de transporte público.
O complexo industrial de Camaçari está parado desde janeiro de 2021, quando a Ford anunciou a saída do Brasil como fabricante, passando a atuar somente como importadora. No local eram fabricados o SUV EcoSport e a família Ka com hatch e sedã.
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