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André Vilela é o principal suspeito do crime segundo a Polícia Civil |
Os
Delegados Municipal e Regional (19ª AIS) da Polícia Civil de Arcoverde, Israel Lima Braga
Rubis e Marcos Virgínio Souto, respectivamente, divulgaram, agora à pouco, nota
informando que duas pessoas suspeitas da morte do professor e diretor da Escola
Monsenhor José Kherle, Henry Pereira, teriam sido presas com base em prisão
cautelar solicitada ao juiz da comarca local. Segundo apurações da Polícia
Civil, um casal estaria envolvido no crime que abalou a cidade de Arcoverde na
madrugada desta quarta-feira (15) e Henry teria sido queimado antes de morrer após ser golpeado com uma faca ou punhal.
Foram
detidos André Vilela dos Anjos e Ayanne Santos de Freitas Bezerra, na qualidade
de autor e partícipe do crime, sendo cumpridos os respectivos mandados de
prisão, com menos de 24 horas do crime. Os presos foram interrogados, negando
a autoria do crime, tendo André Vilela informado que mantinha um relacionamento
amoroso homoafetivo com a vítima, há cerca de cinco meses. Ele também confirmou
a presença na residência de Henry minutos antes do crime.
Durante
o ocorrido foram subtraídos objetos da vítima, bem como um veículo Chevrolet
Prisma, cor branca, o qual foi encontrado queimado pela Polícia Militar na zona
rural de Arcoverde. O investigado André Vilela foi flagrado por um circuito de
filmagens, saindo da residência da vítima com três bolsas, contendo objetos
subtraídos, e usando uma bicicleta de propriedade da vítima.
A
investigação criminal estima que Ayanne Santos de Freitas Bezerra tenha atuado
como ‘olheira’, enquanto André e outros, ainda não identificados, praticavam o
crime.
Com base informações a partir de um trabalho integrado da Perícia Criminal, através da URPOC de Arcoverde, e do IML, a polícia traçou a dinâmica do crime e afirma que a vítima foi asfixiada com um saco plástico, e provavelmente, golpeada com uma faca ou punhal, na altura da nuca, por trás da cabeça, bem como teve seu corpo queimado pelas chamas antes de morrer. Tais fatos foram de grande valia, visto que o corpo foi encontrado carbonizado, não sendo possível observar, preliminarmente, lesões que indicassem violência.
“O
inquérito policial continua sendo instruído, através de provas técnicas, no
tocante a comparação de amostras de material genético encontrados na cena do
crime e em objetos descartados pelos autores, avançando para buscar os demais envolvidos
que participaram deste bárbaro crime”, informam os delegados Israel Lima (Seccional
de Arcoverde) e Marcos Virgínio Souto (Titular da 156ª Circunscrição de
Arcoverde).
Para
chegar aos primeiros suspeitos do crime, as polícias civil e militar passaram a
atuar juntas para elucidar os fatos, confirmando já nas primeiras horas que o
incêndio na casa do professor Henry Pereira tinha sido criminoso, sendo
realizada perícia no local, com coleta de material genético. Com base
também na coleta de imagens de câmeras de segurança nas proximidades do local
do suposto crime foram identificados os primeiros suspeitos (André e Ayanne),
localizando-os com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar (NIS 1).