Na
mesma semana em que foi anunciado o índice de 13 milhões de desempregados no
Brasil, o tema da retomada da economia e da geração de empregos dominou o
debate entre os presidenciáveis na Rede TV, ontem.
O
problema que mais aflige a economia foi citado em três perguntas de
telespectadores, questionando o fechamento de empresas e o declínio da
atividade de construção civil. E os candidatos, aparentemente, haviam se
preparado para o tema. Enquanto os candidatos Henrique Meirelles, Ciro Gomes e
Geraldo Alckmin mencionaram suas experiências à frente da máquina pública, Jair
Bolsonaro, Marina Silva e Álvaro Dias suscitaram uma mudança de postura na
gestão pública para estimular o mercado.
O
candidato Henrique Meirelles reiterou as suas passagens na presidência do Banco
Central, no Governo do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva, e no Ministério da Fazenda, no governo Michel Temer, prometendo
repetir, como chefe do Executivo, o desempenho que teve à frente desses cargos.
“Quando
fui presidente do Banco Central, nomeado pelo Lula, criamos 10 milhões de
empregos em oito anos. À frente do ministério da Fazenda, criamos mais 2
milhões de empregos. Agora vamos criar 10 milhões de empregos em quatro anos,
como presidente”, afirmou o emedebista, que tem evitado mencionar a sua relação
com o presidente Michel Temer (MDB).
Valendo-se
da sua experiência na área econômica, Meirelles indagou a Jair Bolsonaro sobre
suas propostas para combater o desemprego. “Temos 13 milhões de desempregados.
Temos muitas famílias passando dificuldade, é necessário um plano concreto e
objetivo”, questionou. Bolsonaro, entretanto, capitalizou a pergunta e acusou
Meirelles de ser um dos responsáveis pelo alto índice de desemprego.
“Tudo
que PSDB e PT fizeram ao longo de 20 últimos anos gerou esse caos do
desemprego. Esses quase 14 milhões de desempregados são frutos de governos que
o senhor serviu. Nós teremos um time de ministros independentes, buscando o bem
comum e não o bem de seus apadrinhados políticos”, disparou Bolsonaro.
Geraldo
Alckmin, por sua vez, que adota como bordão os termos “emprego e renda”, se
comprometeu a simplificar a carga tributária, para estimular a economia. “Em 1º
de janeiro, vamos apresentar o conjunto de reformas para sair da crise. É
possível retomar o crescimento da economia rapidamente. Vamos simplificar
quatro tributos em um, propondo o IVA (imposto sobre valor agregado) e
transformar o Brasil num grande canteiro de obras, buscando atrair o
investimento da iniciativa privada”, respondeu. Ele chegou a prometer, aos
nordestinos, que iria concluir as obras da Transposição do São Francisco, para levar água às populações e incentivar a construção civil, gerando empregos na região. Da Folhape