Em 11 de março de 2020, o
diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom
Ghebreyesus, declarou que a Covid-19 poderia ser classificada como uma
pandemia. A afirmação transformou o cenário mundial e marcou o início de uma
das maiores crises sanitárias da história recente. Cinco anos depois, o impacto
desse momento ainda ressoa na economia, na saúde mental e na forma como as
sociedades lidam com emergências globais.
O Impacto Humano- A pandemia
resultou em milhões de vidas perdidas. Dados atualizados apontam que, desde o
início da crise sanitária, o mundo registrou mais de 7 milhões de mortes
confirmadas pela Covid-19. No Brasil, o número de vítimas ultrapassou 715 mil.
Pernambuco registrou 23.240 óbitos, e Arcoverde-PE também sofreu com a perda de
mais de 150 vidas. No município foram mais de
13 mil casos confirmados nesses cinco anos.
Além das mortes, milhões de
pessoas enfrentaram sequelas de longo prazo, conhecidas como Covid longa, que
afetam o sistema respiratório, cardiovascular e neurológico, entre outros.
Em Arcoverde, a pandemia
trouxe desafios extremos. A cidade abriu um hospital de campanha próprio, o que
foi fundamental para salvar vidas. Além disso, barreiras sanitárias foram
instaladas para conter o avanço do vírus, limitando a locomoção de pessoas, principalmente nas áreas de maior aglomeração como o centro da cidade. No entanto, o município também viu
lojas fecharem e empregos serem perdidos, impactando diretamente a economia
local.
Os Abalos na Economia - O
choque inicial da pandemia causou uma retração econômica global, com fechamento
de empresas, queda do PIB e aumento do desemprego. No Brasil, a taxa de
desocupação atingiu 14,7% no auge da crise, afetando milhões de trabalhadores.
Pequenos e médios empresários tiveram que reinventar seus modelos de negócio,
enquanto setores como turismo e entretenimento foram gravemente atingidos.
A crise econômica acelerou
tendências como o trabalho remoto e o crescimento do e-commerce. As empresas
precisaram investir mais em tecnologia e digitalização para se adaptar a um
novo modelo de consumo e produção.
O confinamento, as perdas
humanas e a incerteza generalizada levaram a um aumento significativo nos casos
de depressão e ansiedade. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou
que o impacto psicológico da pandemia persistiria por anos. No Brasil, houve um
crescimento expressivo na procura por atendimento psicológico, com destaque
para crises de pânico e transtorno de ansiedade generalizada.
A maior vitória contra a
Covid-19 foi a rápida criação e distribuição das vacinas. Em tempo recorde, os
imunizantes foram desenvolvidos e, a partir de 2021, começaram a ser aplicados
em massa. No Brasil, a campanha de vacinação foi um divisor de águas na contenção
do vírus, reduzindo drasticamente as taxas de hospitalização e mortalidade.
Cinco anos após o início da
pandemia, o mundo está mais preparado para enfrentar crises sanitárias? Algumas
lições foram assimiladas, como a importância da ciência e da cooperação
internacional. Por outro lado, desafios permanecem: a desigualdade no acesso a
vacinas, a disseminação de desinformação e a necessidade de sistemas de saúde
mais resilientes.
A Covid-19 deixou cicatrizes
profundas, mas também provocou transformações. Empresas, governos e a população
tiveram que se reinventar. Se há algo que a pandemia ensinou, foi a necessidade
de solidariedade, adaptação e confiança na ciência para enfrentar desafios
globais.
👉 Acompanhe mais notícias em nossas
redes sociais:
📸 Instagram 👍 Facebook