quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Paulo Câmara deve deixar presidência do BNB após decisão do STF

            O cenário político e institucional em torno do Banco do Nordeste (BNB) vive dias de tensão. O ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, atual presidente da instituição, deve deixar o comando nos próximos dias. A confirmação veio do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, reforçando que a saída é consequência direta do descumprimento da Lei das Estatais e de decisão já tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O cenário político e institucional em torno do Banco do Nordeste (BNB) vive dias de tensão. O ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, atual presidente da instituição, deve deixar o comando nos próximos dias. A confirmação veio do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, reforçando que a saída é consequência direta do descumprimento da Lei das Estatais e de decisão já tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).Câmara, que já ocupou a vice-presidência nacional do PSB, assumiu a presidência do BNB em março de 2023, amparado por uma liminar que suspendeu a quarentena partidária imposta pela legislação. A medida, no entanto, caiu em dezembro do mesmo ano. Desde então, o prazo para sua saída se estendeu até 27 de agosto, mas a permanência foi mantida com base em um artigo do estatuto do banco que prevê a prorrogação de mandato até a posse da nova diretoria.

A legislação, porém, é clara: o conselho do BNB tem até 30 dias para convocar eleições, o que indica que a mudança será inevitável e deve ocorrer em breve.

À frente do banco, Câmara implementou programas de microcrédito com juros reduzidos, alinhados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A política tinha como objetivo estimular o empreendedorismo popular, sobretudo entre beneficiários do Bolsa Família, em especial nas regiões Norte e Nordeste.

Apesar das críticas à sua permanência no cargo após a derrubada da liminar, aliados do governo destacam que a experiência de Câmara ajudou a fortalecer o papel social do banco no combate às desigualdades regionais.

Nos bastidores, a expectativa é de que Paulo Câmara só seja reconduzido a um cargo semelhante a partir de 2026, quando a quarentena eleitoral deixará de ser um obstáculo. A interpretação é de que sua saída agora abre espaço para reestruturações internas no banco, mas não encerra sua trajetória política. Da Folha de S. Paulo

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