A proibição valia entre os
dias 8 e 13 de fevereiro para as áreas centrais do município, constando uma
lista de 12 bairros e uma avenida. Segundo o decreto e um Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC), firmado pelo município com o Ministério Público da Paraíba
(MP-PB), estavam proibidos desfiles de blocos, de boi e escolas de samba.
O texto limitava aos pontos
citados à realização exclusiva de eventos ecumênicos relacionados ao “Carnaval
da Paz” — conjunto de eventos religiosos que tradicionalmente ocorrem na cidade
no período de carnaval.
No X (antigo Twitter), Cunha
Lima disse que a “intenção nunca foi proibir as festas, mas sim garantir segurança
e organização”. “Não vejo problema em voltar atrás de uma decisão/solução
quando se tem uma solução ainda melhor”, disse. O prefeito afirmou também que
os itinerários dos blocos e do evento religioso serão compatibilizados, mas não
explicou como isso será feito.
O decreto também proibia as
festividades perto de shoppings, hospitais, clínicas, Batalhões de Polícia,
Corpo de Bombeiros Militar, cntrais de polícia, delegacias de polícia,
terminais rodoviários, aeroporto, batalhões do Exército e do complexo
judiciário espalhados pela cidade.
O descumprimento acarretaria
multa de R$ 20 mil. Cunha Lima disse que o ato não proibia, em nenhum momento,
a realização dos eventos carnavalescos na cidade. Em texto publicado pela
prefeitura, há a informação de que o município tem mais de 60 bairros e “apenas
três ou quatro estavam sendo destacados para os eventos religiosos”.
Nas eleições municipais de 2020, Cunha Lima foi apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa pela prefeitura. Nas redes sociais, ele se intitula cristão, mas sofreu intensa campanha por conta da proibição. Inclusive, trouxeram de volta um episódio no qual a sogra de Cunha Lima foi fotografada supostamente cheirando cocaína em uma orgia. Do Ricardo Antunes
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