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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Índia nega envio imediato de vacinas para o Brasil

                              O governo da Índia negou a entrega imediata de um lote de imunizantes da Oxford/AstraZeneca ao Brasil, o que frustrou uma operação montada para buscar o material na Índia ainda neste fim de semana e deve resultar numa derrota política para o Palácio do Planalto. 

 Com o veto da Índia, o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de assistir ao início da vacinação no Brasil com a Coronovac, que tem sido utilizada como trunfo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Na noite de quinta (14), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ligou para o chanceler da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e fez um último apelo pela liberação de 2 milhões de vacinas produzidas pelo Serum Institute.

O lote seria um adiantamento do imunizante que posteriormente será produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e que é a grande aposta do governo Bolsonaro na "guerra da vacina" travada com Doria.

No entanto, Araújo ouviu de seu homólogo que a situação só seria resolvida "nos próximos dias", o que foi entendido no Itamaraty como uma sinalização de que não haverá liberação no prazo desejado pelo Brasil. Não houve compromisso com uma data específica.

O argumento do país asiático é que não é possível autorizar a transação enquanto não começar a campanha de vacinação na sua própria população.

A comunicação com o indiano frustrou os planos de Bolsonaro de enviar um avião Índia buscar a carga. A aeronave da Azul Linhas Aéreas está no Recife (PE) pronta para decolar, mas permanecerá em solo enquanto não houver luz verde de Nova Délhi.

O governo prometia a partida para a noite desta sexta (15), com retorno previsto para o domingo (17). Em entrevista à rede Bandeirantes, Bolsonaro admitiu que a operação Índia seria atrasada.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Pazuello anuncia a prefeitos que vacinação começa quarta-feira

                 Após uma reunião com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14), prefeitos disseram que, de acordo com o ministro Eduardo Pazuello, a vacinação contra a Covid-19 começará em todo o país na quarta-feira (20) da semana que vem. A data depende de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial das vacinas Coronovac e Astrazeneca. A decisão da Anvisa sai no domingo (17).

"De acordo com @ministropazuelo, próxima segunda chegam as 2 milhões de doses da Astrazeneca para estados. Há também as 6 milhões da Coronavac. Anvisa liberando domingo, distribuem na terça para iniciar na quarta, dia 20. Ou seja: 8 milhões de doses para janeiro", escreveu o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), em uma rede social.

Algumas outras prefeituras que também saíram da reunião informando que o governo marcou a data do dia 20 foram as de: Salvador, Curitiba, Cuiabá, Maringá, Ribeirão Preto e Araucária (PR).

"Em Curitiba, vamos vacinar primeiro os grupos prioritários. Os 70 mil profissionais de saúde, e todos os idosos de Curitiba, que são perto de 300 mil pessoas", afirmou o prefeito Rafael Greca (DEM). "Será em 20 de janeiro".

O Ministério da Saúde ainda não confirmou a data. Pazuello recebeu mais de 130 prefeitos. A maioria participou virtualmente. A Frente Nacional dos Prefeitos disse ainda que, na reunião, Pazuello apresentou a seguinte previsão de quantas doses de vacina o país terá nos próximos meses:

Janeiro: 8 milhões

Fevereiro: 30 milhões

Abril: 80 milhões

Jonas Donizete também disse que a maioria das cidades tem quantidade suficiente de agulhas e seringas para iniciar a vacinação.

"A gente vai passar para o ministro uma ideia de como estão as cidades. E para isso eu fiz uma conversa antes com os prefeitos. A notícia boa para a população é que a maioria das cidades está preparada para a vacinação, com seringas, agulhas”, afirmou.

Ministério diz que Pernambuco não tem seringas para vacinar grupo prioritário

                  Em documento assinado pelo ministro Eduardo Pazuello e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde informou que Pernambuco e outros seis estados não têm estoque suficiente de seringas e agulhas para o início da campanha de vacinação contra a Covid-19. 

O ofício foi protocolado nessa quarta-feira (13) e cita Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Santa Catarina, além de Pernambuco. A informação de falta dos insumos dita pelo Governo Federal, no entanto, é contestada pelo Governo de Pernambuco.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) alegou que o quantitativo de seringas e agulhas do Estado é "mais do que suficiente para a imunização dos grupos prioritários" - trabalhadores da saúde, idosos e moradores de terras indígenas.

"Apesar de o fornecimento do imunizante e dos insumos para aplicação serem de responsabilidade do Governo Federal, o Governo de Pernambuco antecipou a compra de seringas e dispõe de 3,9 milhões de unidades em estoque", diz o texto do comunicado da SES-PE.

O Estado ainda ressalta que vai receber mais 2,8 milhões de seringas até o fim de janeiro e outras 7,5 milhões já foram adquiridas e devem chegar até o fim de fevereiro, totalizando 14,2 milhões de unidades.

Pernambuco tem, atualmente, segundo o Governo do Estado, 1.537.126 seringas e agulhas aptas para vacinar os grupos prioritários na primeira fase da campanha, que deve começar na próxima semana. Os insumos começaram a ser repassados pelo Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) na terça-feira (12). A entrega deve ser finalizada nesta sexta-feira (15).

De acordo com o documento do ministério, caso todas as vacinas adquiridas ficassem disponíveis até o fim de janeiro, os estados citados com estoques insuficientes poderiam ter dificuldades para efetivar a aplicação das doses nos grupos prioritários.

O Ministério da Saúde diz que a responsabilidade pela compra dos insumos é de cada estado e que não há estoque suficiente para a campanha de vacinação por parte da pasta.

Decolagem de avião do Recife para Índia que buscará doses de vacina contra Covid é adiada

                  A decolagem do Airbus A330neo do Recife para Mumbai, na Índia, para buscar dois milhões de doses da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca/Oxford foi adiada para esta sexta-feira (15). A aeronave partiria da capital pernambucana nesta quinta-feira (14).

Segundo a Azul, o voo precisou ser reprogramado por "questões logísticas internacionais". O horário previsto para decolagem permanece o mesmo: 23h.

A companhia aérea acrescenta que o avião, o maior de sua frota, sairá do Aeroporto de Campinas, em São Paulo, nesta quinta e chegará ao Recife à noite, de onde seguirá para a Índia na sexta.

De acordo com a Azul, o voo irá durar 15 horas e não terá escalas em um trajeto de mais de 12 mil quilômetros. 

A previsão para chegada no Brasil das vacinas produzidas na Índia era o sábado (16), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A Azul ainda não informou uma nova data para a chegada.
 
O avião será equipado com contêineres espessos que garantirão o controle de temperatura da carga de acordo com as recomendações do fabricante.

As doses foram produzidas pelo laboratório indiano Serum e compradas pelo Ministério da Saúde. A vacina da AstraZeneca/Oxford será distribuída a todos os estados em até cinco dias após o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para, assim, dar início à imunização em todo o País, de forma simultânea e gratuita.

Avião decola hoje de Recife para buscar vacina na Índia

                     Um avião da companhia Azul deve decolar do Aeroporto Internacional do Recife, em Pernambuco, às 23h, em direção à Índia para buscar dois milhões de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19. O voo foi confirmado ontem pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

“É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto. Data de decolagem para o dia 16 [a volta]. Então, quando nós tivermos a posição da Anvisa, nós temos o material para distribuir”, disse o ministro em coletiva de imprensa.

De acordo com a Azul, o voo irá durar 15 horas e não terá escalas em um trajeto de mais de 12 mil quilômetros.  A previsão para chegada no Brasil das vacinas produzidas na Índia é para o sábado (16), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, por volta das 15h.

No comunicado, a Azul ressalta que a Azul Cargo, sua unidade de cargas, tem "larga experiência e excelência no transporte e logística de cargas farmas e sensíveis".

O avião que irá à Índia será equipado com contêineres espessos que garantirão o controle de temperatura da carga de acordo com as recomendações do fabricante.

O imunizante é produzido pelo laboratório Serum, que desenvolve a vacina da AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. O Governo Federal aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve divulgar sua decisão até o domingo (17).

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Pernambuco começa a distribuir mais de 1,5 milhão de seringas aos municípios

                     O Governo de Pernambuco começou, nesta terça-feira (12), a distribuir seringas e agulhas para os municípios se prepararem para as duas primeiras fases da campanha de vacinação contra a Covid-19. Ao todo, serão distribuídas 1.537.126 unidades, a serem utilizadas na aplicação da primeira dose da vacina. 

Os insumos serão repassados pelo Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) até a próxima sexta-feira (15). Ao chegar às Geres, cada cidade ficará responsável por retirar seu quantitativo.

“Estamos iniciando hoje a distribuição de 1,5 milhão de seringas para todo o Estado, sendo um milhão para o interior e 500 mil para a Região Metropolitana. Tão logo as vacinas cheguem, já estamos preparados, com cronogramas definidos de recebimento de novas seringas, para que, assim que haja disponibilização da vacina, não falte esse insumo fundamental. Vamos avançar e dar condições a todas as pessoas em Pernambuco de serem imunizadas contra o novo coronavírus”, afirmou o governador Paulo Câmara.

Atualmente, o Estado conta com 3,9 milhões de seringas e agulhas em estoque. Mais 2,8 milhões estarão disponíveis até o fim deste mês, e outros 7,5 milhões serão distribuídos a partir de fevereiro, totalizando 14,2 milhões de insumos disponibilizados. Na primeira fase da campanha, serão imunizados trabalhadores de saúde, população indígena aldeada, idosos a partir dos 75 anos e idosos a partir de 60 anos internados em abrigos e instituições, totalizando mais de 627 mil pessoas. Já na segunda fase, com público superior a 910 mil, serão beneficiados os idosos entre 60 e 74 anos.

A distribuição das seringas foi definida na manhã da segunda-feira (11), durante reunião extraordinária da Câmara Técnica, envolvendo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PE). O encontro contou com a presença virtual do secretário André Longo e dos secretários municipais, além de diversas áreas técnicas da SES-PE.

 

Anvisa decidirá domingo sobre uso emergencial de vacinas e cobra documentos

                             A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que está prevista para o próximo domingo (17) a decisão da diretoria colegiada do órgão sobre os pedidos de autorização emergencial das vacinas contra o novo coronavírus. A informação é do UOL.

Foram submetidas para análise na última sexta-feira (8) a vacina CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e a da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca.

A data representa o penúltimo dos dez dias estabelecidos para análise. “Para tanto, faz-se necessária a entrega, em tempo hábil para análise, dos documentos faltantes e complementares”, explica a Anvisa em nota.

No último sábado, a Anvisa informou que o pedido de vacinação emergencial da Fiocruz apresentou os “documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência”. Mas pediu que o Butantan envie documentação que já era prevista e não foi entregue.

No domingo, o Butantan começou a enviar a documentação pendente, mas, até o momento, 5,47% da documentação ainda não foi apresentada, segundo site de monitoramento lançado pela agência. Até as 19h20 de hoje, 40,7% da análise já fora concluída, e 33,7% estava pendente de complementação. Outros 20,13% ainda estavam sendo estudados.

Entre os conteúdos pendentes, está o relatório de imunogenicidade, que é a capacidade de uma substância provocar uma resposta imune. No site da Anvisa, o documento aparece como “não enviado”.

Já no caso do pedido apresentado pela Fiocruz, não há informação de relatórios que ainda não foram enviados. Até o momento, 32,39% da análise já foi concluída, e outros 53,17% estão em análise.

CoronaVac

Em nota, o Instituto Butantan informou ter feito uma “força-tarefa” para apresentar os dados solicitados. “Toda a documentação será entregue ainda nesta semana. O fato de a Anvisa solicitar mais informações, que estão sendo prontamente atendidas pelo Butantan, não afeta o prazo previsto para autorização de uso do imunobiológico. Os pedidos de novos documentos ou mais informações são absolutamente comuns em processos como esses”, diz o texto.

O governo paulista precisa da autorização da Anvisa para realizar seu plano estadual de imunização, cuja primeira fase está prevista para começar no próximo dia 25 de janeiro.

Após divulgar taxas de eficácia parciais da CoronaVac de 78% na semana passada, o Governo de São Paulo revelou hoje que a eficácia geral da vacina, que engloba todos os grupos analisados nos testes clínicos, é de 50,38%. O resultado era muito aguardado para avaliar de forma mais completa a vacina contra a covid-19 do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O número já era esperado, como antecipou o UOL ontem, numa previsão de que a eficácia geral ficasse entre 50% e 60%. Como o mínimo exigido para a aprovação pela Anvisa é de 50%, o número de 50,38% está dentro do aceitável e também atende aos padrões da OMS (Organização Mundial da Saúde). Os pesquisadores afirmam que 0,3% dos voluntários apresentaram reações alérgicas e não foram registrados efeitos adversos mais graves.

Saúde adia encontro com governadores sobre data de vacinação

                     A reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou para a próxima semana. Os chefes dos governos estaduais cobram uma data para o início da vacinação contra o coronavírus, de modo que a operação ocorra simultaneamente em todas as unidades da Federação. Representantes do Ministério da Saúde devem se reunir com os chefes de Executivo estaduais na próxima terça-feira (19). A primeira fase da vacinação será voltada para os grupos de risco e poderá dar cobertura a 42 milhões de brasileiros.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que o encontro, marcado inicialmente para esta terça-feira (12), seria infrutífero. “Sem a possibilidade de ter uma data definida amanhã (terça-feira) para início da vacinação, e também em razão dessa grave crise em Manaus, onde o ministro e sua equipe estaria acompanhando, o Ministério da Saúde, em contato comigo agora há pouco, pediu o adiamento dessa agenda que estava prevista para esta terça-feira para a próxima, dia 19”, afirmou o petista.

“Eu disse claramente que, da parte dos governadores, também compreendíamos que não fazia sentido realizar uma agenda para remarcar outra. Era importante mesmo que pudéssemos adiar, dando condições de uma data, uma data que fazemos agenda e temos aquilo que é o mais esperado, data da vacinação. Dependemos dela para todo o cronograma do plano estratégico nacional de imunização”, completou.

Nesta segunda-feira (11), em visita a Manaus, o ministro afirmou que a vacinação "vai começar no dia D, na hora H, no Brasil". "Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação. A prioridade já está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo. Os grupos prioritários já estão distribuídos”, afirmou.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

UFPE disponibiliza ultrafreezers para armazenar 1 milhão de doses de vacina contra Covid

                     A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou, nesta segunda-feira (11), que ofereceu à União e ao Governo de Pernambuco infraestrutura com oito ultrafreezers e dez câmaras frias para armazenar cerca de um milhão de doses de vacina contra a Covid-19.

Segundo a instituição, os ultrafreezers de 728 litros podem atingir temperaturas de até -80ºC e são certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já as câmaras frias podem acondicionar as vacinas entre 2ºC e 8ºC. A rede deve ser disponibilizada pela UFPE até fevereiro.

A infraestrutura para armazenamento das doses das vacinas contra a Covid-19 é um dos maiores desafios logísticos das campanhas de vacinação em massa contra a doença em todo o mundo. Isso porque a maioria dos imunizantes em produção demanda baixas ou baixíssimas temperaturas. A vacina produzida pela Pfizer/Biontech, a primeiro a ser distribuída no mundo ocidental, por exemplo, deve ser guardada a -70ºC.

A UFPE encaminhou ofício com a oferta ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; à superintendente do Ministério da Saúde em Pernambuco, Ana Paula Amorim Batista; ao governador do Estado, Paulo Câmara; e ao secretário estadual de Saúde, André Longo.

O documento é assinado pelo reitor da UFPE, Alfredo Gomes, que colocou a instituição à disposição para visitas, agendas, grupos de trabalho e reuniões que sejam necessárias.

“No prédio que atualmente sedia o Laboratório de Campanha de Diagnóstico da Covid-19, no campus da UFPE, há salas apropriadas e disponíveis que poderão receber, no total, 22 ultrafreezers, com condições adequadas de biossegurança, bem como climatizadores, estabilizadores e gerador de energia”, informa o reitor Alfredo Gomes, no ofício.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Covid-19: Pernambuco prevê imunizar mais de 2,8 milhões em quatro fases

                        Foi realizada, nesta quinta-feira (7), a primeira reunião do comitê técnico que acompanhará as ações relacionadas à campanha de vacinação contra a Covid-19 em Pernambuco. No encontro, comandado pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, foi apresentada uma versão preliminar do plano operacional, que prevê imunizar, em um primeiro momento, mais de 2,8 milhões de pessoas - o Estado tem mais de 9 milhões de habitantes. 

A prioridade será para profissionais de saúde e pacientes do grupo de maior risco para desenvolver quadros graves da doença, além de trabalhadores de áreas de impacto público, como profissionais da educação e da força de segurança. Essa vacinação ocorrerá em quatro grupos distintos. 

O primeiro grupo contemplará os trabalhadores da saúde que atuam na vigilância em saúde, os índios aldeados nas 11 etnias do Estado, os idosos acima de 75 anos e pessoas acima de 60 anos que residem em lares de longa permanência. 

A segunda fase abrangerá os idosos acima de 60 anos, enquanto a terceira fase será destinada aos indivíduos que possuem comorbidades que oferecem risco de agravamento em caso de infecção pelo novo coronavírus. Essas comorbidades serão detalhadas posteriormente e será necessário apresentar laudo. 

O quarto grupo contará com profissionais da educação, da força de segurança, dos transportes coletivos e do porto de Suape, além dos quilombolas. Cada grupo terá uma estratégia de vacinação, em centros de vacinação ou, no caso dos idosos, a domicílio ou com sistema de drive-thru, segundo explicou a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo. 

No caso dos profissionais de saúde, por exemplo, a indicação é de que a vacina seja aplicada nas respectivas unidades de atuação. Outra opção é criar centros de vacinação para a Covid-19 nos municípios, centralizando as ações e mantendo as atividades de rotina nas demais unidades.

O registro da vacinação será nominal (no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (PNI) e os técnicos deverão informar a data da volta para a segunda dose, quando a proteção estará completa. Como existe a possibilidade de uso de imunizante de mais de um fabricante no País, é indispensável registrar qual foi o tipo utilizado em cada indivíduo. Nos casos de unidades sem conectividade, é preciso fazer à mão e, de preferência no mesmo dia, repassar para o sistema.

"O apoio dos municípios é fundamental para que a gente tenha a execução e uma cobertura vacinal adequada", complementou o secretário André Longo. 

CoronaVac tem eficácia de 78% em testes feitos no Brasil

                          O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (7) que a CoronaVac registrou 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil. A vacina contra a Covid-19 é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Ainda de acordo com o governo, a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados.

"Esse resultado significa que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan tem elevado grau de eficiência e eficácia para proteger a vida dos brasileiros contra a Covid-19. As pessoas que forem imunizadas com a vacina do Instituto Butantan terão entre 78% e 100% menos possibilidade de desenvolverem a Covid-19", afirmou o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse: "As pessoas que receberam a vacina, em relação às que não receberam, não tiveram nenhum caso de Covid grave. Ou seja, a vacina protegeu 100% em relação a casos graves. Não só: protegeu também 100% contra casos moderados. Ou seja, as pessoas vacinadas nesta população de alto risco foram protegidas da doença moderada e grave".

Principais pontos do anúncio

·         Eficácia de 78%, sendo de 100% para casos moderados e graves.

·         Os voluntários foram 12.476 profissionais de saúde (metade tomou a CoronaVac, e a outra metade, placebo).

·         218 voluntários acabaram contraindo Covid-19, mas nenhum deles precisou de internação – e todos se recuperaram.

·         Entre os infectados, pouco menos de 60 estavam no grupo vacinado, e cerca de 160 tomaram placebo.

·         Pessoas acima de 18 anos e idosos participaram do estudo clínico, mas o governo não detalhou os números.

Eficácia

Na prática, se uma vacina tem 78% de eficácia, significa que 78% das pessoas que tomam o imunizante ficam protegidas contra a doença. A taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

Entretanto, a eficácia da CoronaVac foi divulgada sem detalhamento, e os dados completos da fase 3 de estudos da vacina – que incluem detalhes de como esse percentual é calculado – ainda não foram publicados.

De acordo com Dimas Covas, as informações serão enviadas à Anvisa e divulgadas posteriormente em publicações científicas.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Clínicas particulares vão à Índia negociar compra de vacina contra Covid

                    Uma comitiva formada por representantes de clínicas particulares de vacinação embarca nesta segunda-feira (4) para a Índia para negociar a compra de 5 milhões de doses da vacina indiana conta a Covid-19, chamada Covaxin. A afirmação foi dada pelo presidente da ABCVac (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas), Geraldo Barbosa, em entrevista à Globonews.

A comitiva, que só deve retornar ao Brasil no dia 10, segundo ele, irá vistoriar o produtor da vacinas para saber qual a capacidade de fornecimento.

De acordo com o presidente da associação, que afirma representar 70% das clínicas particulares do país, a negociação se dá com o laboratório indiano Bharat Biotech. Neste domingo, as autoridades do país asiático aprovaram o uso emergencial da vacina, que está na fase três de testes (quando a eficácia precisa ser comprovada).

A comercialização de vacinas depende de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Barbosa, disse que a expectativa é que o resultado dessa fase seja divulgado ainda em janeiro, o que levaria o laboratório a entrar com o pedido de registro na Anvisa em fevereiro.

"Inicialmente, a notícia era de que as clínicas privadas brasileiras não teriam doses disponíveis, porém, com a entrada desse novo 'player' no mercado, tivemos a oportunidade de negociação", afirmou Barbosa, em nota.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Prefeitos eleitos em busca de vacinas contra a Covid-19

                 Diante da incerteza referente à coordenação nacional de uma campanha de imunização contra a Covid-19, e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que não irá se vacinar e sugerindo a assinatura de um "termo de responsabilidade" por parte dos brasileiros que decidirem se imunizar, os gestores municipais têm se articulado voltados, sobretudo, para São Paulo, sede do Instituto Butantan, que tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a produção da vacina CoronaVac.

Na semana passada, o prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), esteve no Instituto, conversou com o diretor de Estratégia Institucional, Raul Machado Neto, e afirmou que uma parceira com a entidade é uma possibilidade "caso necessário", a partir do momento que a vacina seja liberada. Ontem, em rede social, ele disse que a criação de um comitê para planejar a imunização no Recife tem justamente como um dos objetivos coordenar "a aquisição de vacina, aquisição de insumos, o incremento de pessoas para poder fazer a aplicação das vacinas". 

Na última segunda, foi a vez da prefeita reeleita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB),  ir a São Paulo tendo como uma das pautas o andamento da CoronaVac. A tucana participou de uma agenda com o governador de São Paulo, João Dória, também do PSDB. "Falamos sobre os desafios na gestão, pandemia e também sobre a vacina para Covid-19 no Brasil. O trabalho não para", escreveu a prefeita em suas redes sociais.

O prefeito reeleito de Petrolina, no Sertão pernambucano, Miguel Coelho (MDB), abordou a vacina durante a sua diplomação para o segundo mandato, também na segunda. Ele afirmou que o município trabalha "em duas frentes" para vacinar a população. "Trabalhamos com o Governo Federal e com o Instituto Butantan em duas frentes distintas para que a vacina que seja primeiro aprovada, a prefeitura faça a sua aquisição", afirmou o prefeito. Ainda de acordo com ele, dessa forma, a Secretaria de Saúde de Petrolina poderá iniciar a imunização dos seus habitantes já em janeiro, levando em conta um cenário "otimista".

Para Priscila Lapa, cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), os prefeitos tentam se adiantar diante de um problema "que vai quebrar nas costas deles".

"Não tem programa pronto do Governo Federal sobre a vacinação e nem para remediar as consequências da pandemia. As ajudas que o governo fez, de repasses para os estados e municípios, não devem se repetir em 2021. Então é um cenário hostil e é o gestor do município é que será cobrado por leitos em UTI, em enfermaria, e em garantir a funcionalidade segura do comércio", avalia.

Diante de tudo isso, ela enxerga uma movimentação dos prefeitos, e também dos governadores, similar ao ocorrido no início da pandemia. "Com a omissão do Governo Federal, há ocupação desse espaço de poder. A vacinação é enxergada como a grande esperança que minimizaria os danos à saúde pública e evitar, inclusive, a necessidade de novos lockdowns", frisa Priscila. Da Folhape

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Petrolina: Miguel Coelho afirma que imunização contra Covid-19 pode começar em janeiro

                     Durante o ato de diplomação para o seu segundo mandato, o prefeito reeleito de Petrolina, no Sertão, Miguel Coelho (MDB), afirmou que a vacinação contra a Covid-19, no município, pode começar já em janeiro de 2021, levando em conta um "cenário otimista". O cenário "pessimista", entretanto, postergaria a chegada da imunização no município sertanejo para fevereiro.

"Aqui em Petrolina, trabalhamos com o Governo Federal e com o Instituto Butantan em duas frentes distintas para que a vacina que seja primeiro aprovada a prefeitura faça a sua aquisição", afirmou o prefeito, frisando que a Secretaria de Saúde do município já está atuando para viabilizar a imunização assim que a vacina seja adquirida.

"Acho que em um cenário otimista, em janeiro, Petrolina deve iniciar (a imunização). No pessimista, no mais tardar, em fevereiro, estamos iniciando a vacinação", garantiu o prefeito. 

O gestor disse ainda que enxerga um "quadro de finalização de pandemia". "Hoje, os EUA iniciaram (a imunização), Reino Unido iniciou na semana passada. A tendência é que novos países, inclusive o Brasil, iniciem até o final de 2020, seja com qual vacina for a imunização. Claro, isso não se resolve em 15 dias, levará no mínimo 2021 inteiro para chegar aos mais de 220 milhões de brasileiros", destacou o emedebista. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Vacinação contra Covid-19 no Brasil pode começar em dezembro ou janeiro

                     O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou, nesta quarta-feira (9), que a vacinação em massa no Brasil contra a Covid-19 poderá começar ainda neste mês de dezembro ou em janeiro, com o imunizante produzido pela Pfizer/BioNTech. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil.

De acordo com o ministro, o início da vacinação vai depender dos pedidos de uso emergencial por parte das empresas e da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer entre o final de dezembro e janeiro em quantidades pequenas, que são de uso emergencial. Pode acontecer com a Pfizer, com o Butantan ou com a AstraZeneca", disse o ministro.

"Se chegar em janeiro o registro teremos doses da Pfizer e da AstraZeneca e o Butantan também se conseguir", acrescentou Pazuello, informando que, no momento, o País tem garantidas 15 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e 500 mil da Pfizer.

"É bem provável que entre janeiro e fevereiro estejamos vacinando a população brasileira", disse Pazuello.

O ministro ainda adiantou que o plano de imunização do Brasil contra a Covid-19 foi montado com vários grupos temáticos durante três meses. "O plano faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) e já está com seus grupos definidos: idosos, pessoas com comorbidade e profissionais de saúde. Existe uma sequência exata desses grupos", disse Pazuello.

O plano tem toda a logística montada. "O nosso PNI já é o maior programa nacional de imunização do mundo. Temos essa expertise, o SUS trabalha de forma tripartite com estados e municípios, cada um já tem sua função dentro deste programa", acrescentou o ministro.

Pazuello ainda ressaltou que as doses da vacina serão distribuídas por malhas rodoviária e aérea. Para isso, contratos estão em fase de finaliziação com companhias aéreas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Governadores esperam que Pazuello anuncie múltiplas vacinas em reunião nesta terça

                   Governadores têm encontro marcado nesta terça-feira (8) com o ministro Eduardo Pazuello (Saúde). A expectativa deles é que o governo federal anuncie o compromisso de adotar múltiplas vacinas na imunização da população contra a Covid-19. Paulo Câmara, governador de Pernambuco, participará da reunião. 

Até o momento, o Ministério da Saúde tem apostado na vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca, a ser fabricado na Fiocruz. Mas a perspectiva é a de que o imunizante só fique pronto em março.

João Doria (PSDB-SP) anunciou que deve começar em janeiro a vacinação da coronavac, produzida pela chinesa Sinopec no Instituto Butantan. Nesta semana, o Reino Unido inicia a imunização em massa com a americana Pfizer.

Diante do avanço em outras frentes, os governadores pressionam Pazuello a comprar vacinas de outros laboratórios, o que é alvo de resistência de Jair Bolsonaro, que já declarou que o Brasil não compraria a vacina chinesa.

No fim de semana, os conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde divulgaram uma carta aberta, em que defendem que todas vacinas que tenham segurança e eficácia devem ser empregadas e que o governo deve comandar a organização para a compra de materiais e a estratégia de vacinação.

"A falta de coordenação nacional, a eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para a vacinação nos diversos estados são preocupantes, pois gerariam iniquidade entre os cidadãos das unidades da federação, além de dificultar ações nacionais de comunicação e organização da farmacovigilância", diz a carta. 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Secretários de Saúde pedem todas as vacinas contra Covid no plano do governo federal

             Os conselhos de secretários de Saúde de estados e municípios, respectivamente Conass e Conasems, divulgaram nota conjunta na tarde deste sábado (5) na qual solicitam que todas as vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19 sejam incorporadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações). 

A nota também pede que todas as discussões a respeito da vacina sejam centradas no Ministério da Saúde e afirma ser preocupante o fato de que diferentes estados estejam seguindo seus próprios caminhos. Também se pede que as decisões "não sejam pautadas por questões alheias aos interesses do país".

O documento foi assinado pelos presidentes do Conass, Carlos Lula, e do Conasems, Wilames Freire Bezerra. O texto afirma que todas as imunizações reconhecidamente eficazes e seguras devem ser incorporadas ao programa de imunizações, considerando o recrudescimento da pandemia do novo coronavírus e a consequente redução das opções de vacinas.

Essa não foi a primeira nota em defesa da incorporação das vacinas ao PNI. A anterior havia sido em outubro, quando a vacina passou para o centro da discussão política, principalmente entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador paulista, João Doria (PSDB).

O Conass, em particular, divulgou texto no qual afirmou que o interesse público das vacinas estava ligado à eficácia e segurança, e não à origem ou nacionalidade. Bolsonaristas -e o próprio presidente- passaram na época a atacar a vacina chinesa, a Coronavac.

O texto afirmava que a disponibilidade da oferta de uma vacina deveria ser orientada por premissas técnicas e que "nenhuma convicção pessoal pode sobrepor-se à ciência".

A manifestação mais recente dos dois conselhos de secretários de Saúde acontece no momento em que alguns países, como o Reino Unido e a Rússia, iniciam seus programas de vacinação contra a Covid-19.

Na mesma semana, o governo brasileiro anunciou um programa de vacinação, com começo previsto apenas para março. Inicialmente, cerca de 15 milhões de pessoas devem receber uma imunização, restrita nesse primeiro momento a indígenas, idosos com mais de 75 anos e profissionais da área de saúde.

Também nesta semana, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou que vai começar a aceitar pedidos para autorizações de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19.

O governo brasileiro vem afirmando que só vai adquirir novas vacinas contra a Covid-19 após registro na Anvisa. O Ministério da Saúde mantém sua aposta no imunizante desenvolvido pela empresa AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.

Recentemente, no entanto, os estudos clínicos dessa vacina sofreram reveses, que podem atrasar a obtenção do registro.
Na prática, o governo brasileiro apostou em poucas vacinas e o país pode estar ficando para trás na corrida das vacinas contra a Covid-19, e a população corre o risco de ficar sem os imunizantes por mais tempo ou ter acesso apenas àqueles não tão bons.

A Pfizer – cuja vacina, desenvolvida em parceria com a alemão BioNTech, será usada na vacinação no Reino Unido, o primeiro país do ocidente a conceder registro para uma imunização contra a Covid-19– já vendeu quase 60 milhões de doses na América Latina. A empresa vem afirmando que o prazo do Brasil pode estar se esgotando.

Em comunicado, a empresa diz que o número de doses disponíveis para distribuição vem diminuindo consideravelmente por conta do interesse global em relação à vacina. A empresa afirma que a capacidade produtiva é de 50 milhões de doses ainda em 2020 e 1,3 bilhão de unidades durante o ano de 2021.



quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Senado aprova Projeto de Lei sobre prioridade de vacinação da Covid-19

                 O Senado aprovou, nesta quinta-feira (3), um Projeto de Lei (PL) que define a priorização, dentro da população brasileira, para a vacinação contra a Covid-19. Segundo o projeto, os grupos mais vulneráveis ao vírus devem ser priorizados na vacinação contra a doença, de acordo com parâmetros científicos estabelecidos. O projeto segue para a Câmara.

De acordo com o PL, a vacina será oferecida de maneira gratuita à população. Segundo informado pelo Ministério da Saúde, estão mais vulneráveis à covid-19 pessoas idosas e pessoas com condições médicas preexistentes como pressão alta, doenças cardíacas e doenças pulmonares.

Segundo o relator do projeto, Nelsinho Trad (PSD-MS), existe uma lei que confere ao Ministério da Saúde a responsabilidade sobre a vacinação. por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O PNI deve definir as vacinações, inclusive aquelas de caráter obrigatório.

O autor do projeto, Alessandro Vieira, disse que o projeto não obriga a população a se vacinar. “É muito claro que vamos conseguir vacina gratuita, efetiva e funcional para os brasileiros que desejarem se vacinar. O projeto não torna a vacina obrigatória para nenhum cidadão. Torna, apenas, garantida sua disponibilidade para aqueles que desejarem, dentro dos critérios técnicos e aprovados”.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Saúde: Vacinação contra Covid deve começar com idosos, profissionais da saúde e indígenas

            O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (1) os primeiros pontos da estratégia "preliminar" para a vacinação da população contra a Covid-19. De acordo com a pasta, o plano será dividido em quatro etapas.

Veja abaixo os principais pontos da estratégia preliminar:

Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena

Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.

Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares).

Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Os pontos foram apresentados após reunião da Câmara Técnica responsável pela elaboração do plano de vacinação. Apesar da divulgação preliminar, o governo afirma que o plano de imunização só ficará pronto quando houver vacina registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica de cada região”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.

Vacina para 109 milhões de pessoas

Como já tinha sinalizado anteriormento, o governo federal não prevê - ao menos em 2021 - vacinar toda a população do país. Em nota divulgada nesta terça, o ministério informou que a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas no próximo ano.

Ainda segundo a pasta, a estimativa é que a vacinação ocorra "em duas doses, como previsto pelos esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility".

As chamadas "definições preliminares da estratégia" não citam a vacina CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, que está na fase final de testes e já tem previsão de distribuição no Brasil. O governo de São Paulo firmou acordo para a compra de 46 milhões de doses e para a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan.

Vacinas do plano federal

O Ministério da Saúde lembrou que o governo tem atualmente garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). Entretanto, nenhuma vacina obteve registro na Anvisa.

Sem citar a CoronaVac, o governo apontou ainda que, "no mês passado, o Ministério da Saúde sediou encontros com representantes dos laboratórios Pfizer BioNTech, Moderna, Bharat Biotech (covaxin) e Instituto Gamaleya (sputinik V), que também possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa clínica, para aproximação técnica e logística".

Mais cedo nesta terça-feira, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o plano de vacinação terá como meta a adoção de imunizantes que sejam termoestáveis, ou seja, que não precisem de baixíssimas temperaturas de armazenamento, como ocorre com candidatas da Pfizer e da Moderna. Do G1

sábado, 28 de novembro de 2020

Covid-19: Ministério da Saúde não prevê vacinar toda a população em 2021

             O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira, 27, que não prevê vacinar toda a população brasileira contra a covid-19 em 2021. A pasta cita a dificuldade mundial de produção dos imunizantes e o fato de os testes não incluírem todos os públicos, como crianças e gestantes, o que impossibilitaria uma parte da aplicação. Para a pasta, a limitação não representará riscos para os brasileiros.

“O fato de determinados grupos da população não serem imunizados não significa que não estarão seguros porque outros grupos que convivem com aqueles estarão imunizados e dessa forma não vão ter a possibilidade de se contaminar com a doença. É por esse motivo que não vacinamos toda a população, por exemplo, contra a influenza“, explicou Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

Ele citou ainda as limitações mundiais de produção. “Quando a gente fala em imunização, o mundo não entende que terá que ter vacina para todos. A própria Covax Facility, iniciativa que junta uma série de laboratórios, ela almeja acesso a 2 bilhões de doses para a vacinar todo o mundo, e por aí verificamos que é uma meta bastante ambiciosa porque não se imagina que haverá vacina para vacinar todos os cidadãos do planeta Terra.”

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, disse que “não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira“. E ressaltou os públicos ainda não testados pelos estudos vigentes. “Não podemos priorizar determinados públicos tendo em vista que essa vacina não está sendo utilizada durante os testes nessa população, a exemplo de crianças e gestantes”, destacou.

O país possui um acordo com o laboratório AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em parceria com a Universidade de Oxford. Em 2021, o imunizante será produzido em parceria com a Fiocruz para distribuição em território brasileiro. A fundação prevê vacinar 130 milhões de brasileiros ao longo do próximo ano, sendo 65 milhões no primeiro semestre e outros 65 milhões no segundo semestre.

Além dessa vacina, outra iniciativa em estudo é a coronavac, do laboratório chinês Sinovac, que produzirá o imunizante em parceria com o Instituto Butantã, em São Paulo. O Brasil também aderiu à Covax Facility mediante pagamento de R$ 2,5 bilhões para poder acessar vacinas produzidas por um conjunto de nove laboratórios. A primeira parcela desse pagamento, no valor de R$ 830 milhões, já foi efetuada. As previsões, contudo, estão sujeitas ao andamento dos estudos que avaliam a segurança e a eficácia dos imunizantes.