O
diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone,
disse nesta terça-feira (15) que a bandeira vermelha, a mais cara cobrada sobre
a conta de luz, deverá subir mais de 20%.
Em
meio ao baixo nível dos reservatórios de água, usinas térmicas são acionadas e
isso já afeta o consumidor por meio da bandeira tarifária cobrada sobre a conta
de luz. Em junho, está vigente a bandeira vermelha nível 2, a mais cara, que
cobra R$ 6,24 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
A
agência discutia elevar essa cobrança para R$ 7,57 a cada 100 kWh. "Mas,
com certeza, deve superar isso", declarou Pepitone em audiência pública na
comissão de Minas e Energia da Câmara para discutir a crise hídrica.
Ele
informou ainda que a decisão deverá ser comunicada em junho. Pepitone ressaltou
que o aumento se deve ao pagamento do uso das usinas térmicas, cuja geração de
energia é mais cara.
Durante
o debate, o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz
Carlos Ciocchi, disse que estão sendo adotadas medidas para que não haja risco
de racionamento de energia neste ano.
"Não teremos nenhum problema de energia ou de potência ao final de
novembro de 2021, quando começa a estação chuvosa", afirmou Ciocchi.
O
governo também quer um programa de deslocamento do consumo de energia nos
horários de pico. A medida pode começar em julho e incluir consumidores
residenciais, além da indústria.