terça-feira, 2 de dezembro de 2025

TCE-PE suspende licitação da Prefeitura de Buíque para materiais pedagógicos

          O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) determinou, nesta segunda-feira (1º), a suspensão imediata de um processo licitatório da Prefeitura de Buíque voltado à contratação de materiais pedagógicos para a rede municipal de ensino. A despesa estimada era de R$ 1.957.899,90 (Um milhão, novecentos e cinquenta e sete mil, oitocentos e noventa e nove reais e noventa centavos). A decisão, que impacta diretamente a atual gestão do prefeito Túlio Monteiro (MDB), foi assinada pelo conselheiro Dirceu Rodolfo de Melo Júnior e publicada no Diário Oficial do órgão.

A cautelar recai sobre o Processo Licitatório nº 158/2025, referente ao Pregão Eletrônico nº 044/2025, que utilizava o critério de menor preço global. A medida foi tomada após análise de uma representação apresentada pela empresa Edulab – Comércio de Produtos e Equipamentos Ltda., que questionou pontos do procedimento conduzido pelo Fundo Municipal de Educação.

Segundo o TCE, o Estudo Técnico Preliminar (ETP) — documento crucial exigido pela Lei Federal nº 14.133/2021 — não apresentou comparativo entre a metodologia CogniPlay, prevista no edital, e outras soluções pedagógicas disponíveis no mercado. Para a Corte, a ausência dessa justificativa pode ter gerado restrição de competitividade, o que se confirma pelo fato de apenas uma empresa ter participado da disputa.

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O relatório do conselheiro também apontou falta de comprovação de vantajosidade e economicidade na solução escolhida, além da possibilidade de que o orçamento apresentado estivesse superestimado em relação aos valores praticados no mercado.

Diante dos indícios de irregularidades e visando prevenir dano ao erário, o conselheiro decidiu suspender o andamento da licitação até nova deliberação. Com isso, a gestão Túlio Monteiro fica impedida de dar continuidade ao procedimento até que o Tribunal finalize a análise do caso.

A decisão será apreciada pela Segunda Câmara do TCE-PE, que poderá manter ou revogar a medida cautelar. Informações do Panoramape

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