segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Pesquisa suspeita expõe nova falha da assessoria política de Raquel Lyra

            A divulgação de uma pesquisa eleitoral realizada pelo desconhecido Instituto França, de Sergipe, tornou-se mais um tiro no pé da assessoria política da governadora Raquel Lyra (PSD). O levantamento, amplamente divulgado por aliados do governo como sinal de crescimento da gestora, foi rapidamente desmascarado por inconsistências gritantes e acabou alimentando críticas e desconfiança — justamente o oposto do que se pretendia.

De acordo com a apuração do jornalista Magno Martins, o Instituto França possui apenas um registro visível em buscas públicas — justamente a pesquisa sobre Pernambuco. A ausência de histórico técnico e a falta de transparência metodológica acenderam o alerta entre profissionais do setor.

Ao analisar os dados, especialistas consultados pelo blog Folha das Cidades identificaram divergências nos cruzamentos por faixa etária e escolaridade. Embora Raquel Lyra apareça com 29,37% das intenções de voto, atrás do prefeito do Recife, João Campos (43,18%), os resultados referentes a outros pré-candidatos, como Eduardo Moura e Ivan Moraes, destoam completamente do padrão estatístico.

Nos recortes etários, por exemplo, Eduardo Moura apresenta percentuais expressivos entre eleitores de 16 a 44 anos — chegando a 47,61% na faixa de 18 a 24 anos —, mas encerra o levantamento com apenas 2,78% das intenções totais, o que é considerado “estatisticamente improvável” para uma amostra de 1.067 entrevistados.

Para analistas, o resultado reforça a percepção de que o levantamento pode ter sido usado para sustentar uma narrativa de recuperação da governadora, sem respaldo técnico nos números apresentados. 

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