Os dados são da pesquisa
Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (7), que indica uma recuperação
significativa da imagem do governo em comparação aos levantamentos anteriores.
Entre as mulheres, que
representam a maioria do eleitorado brasileiro, a aprovação de Lula atingiu 52%,
superando a desaprovação (45%) pela primeira vez em cinco meses. Em setembro,
os dois índices estavam empatados em 48%. O avanço reforça a reconexão do
governo com um público que tem sido foco de políticas sociais e de gênero,
sobretudo após o relançamento de programas voltados à proteção familiar e
combate à violência doméstica.
O maior salto positivo foi
verificado entre os beneficiários do Bolsa Família, base social historicamente
alinhada ao petismo. A aprovação do governo passou de 64% em setembro para 67%
em outubro, enquanto a desaprovação caiu de 32% para 31%. Em relação a maio, o
crescimento é ainda mais expressivo: de 51% para 67% de aprovação, um aumento
de 16 pontos percentuais.
Entre os católicos, a aprovação
subiu de 51% para 54%, e a desaprovação recuou de 46% para 44%. Já entre os evangélicos,
Lula segue enfrentando resistência: 63% desaprovam o governo, contra 34% que
aprovam, números praticamente estáveis em relação ao levantamento anterior.
No Nordeste, tradicional
reduto do lulismo, o apoio também cresceu, passando de 60% para 62%, enquanto a
desaprovação oscilou levemente de 37% para 36%.
A pesquisa mostra ainda uma recuperação
importante no Sudeste, região que concentra quase metade do eleitorado
brasileiro. Em maio, apenas 32% dos eleitores da região aprovavam o governo,
frente a 64% de desaprovação. Agora, os números mostram um quadro mais
equilibrado: 44% aprovam e 52% reprovam, reduzindo a diferença de 32 para
apenas 8 pontos percentuais.
No Sul do país, onde o
petista ainda encontra maior resistência, houve leve melhora: a desaprovação
caiu de 60% para 56%, e a aprovação subiu de 39% para 41%.
Os resultados indicam que o
governo conseguiu recuperar parte da confiança de segmentos estratégicos,
sobretudo após reforçar a pauta social e ampliar o alcance de programas
federais. Apesar da reação positiva, o Planalto ainda enfrenta desafios
eleitorais expressivos entre evangélicos e eleitores das regiões Sul e
Centro-Oeste, considerados essenciais para equilibrar o mapa político em 2026.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
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