quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Governo Lula recupera apoio entre mulheres, nordestinos e beneficiários do Bolsa Família

           Após meses de oscilações e críticas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a registrar crescimento nos índices de aprovação popular — especialmente entre segmentos decisivos para sua vitória nas eleições de 2022, como mulheres, nordestinos, católicos e beneficiários de programas sociais.

Os dados são da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (7), que indica uma recuperação significativa da imagem do governo em comparação aos levantamentos anteriores.

Entre as mulheres, que representam a maioria do eleitorado brasileiro, a aprovação de Lula atingiu 52%, superando a desaprovação (45%) pela primeira vez em cinco meses. Em setembro, os dois índices estavam empatados em 48%. O avanço reforça a reconexão do governo com um público que tem sido foco de políticas sociais e de gênero, sobretudo após o relançamento de programas voltados à proteção familiar e combate à violência doméstica.

O maior salto positivo foi verificado entre os beneficiários do Bolsa Família, base social historicamente alinhada ao petismo. A aprovação do governo passou de 64% em setembro para 67% em outubro, enquanto a desaprovação caiu de 32% para 31%. Em relação a maio, o crescimento é ainda mais expressivo: de 51% para 67% de aprovação, um aumento de 16 pontos percentuais.

Entre os católicos, a aprovação subiu de 51% para 54%, e a desaprovação recuou de 46% para 44%. Já entre os evangélicos, Lula segue enfrentando resistência: 63% desaprovam o governo, contra 34% que aprovam, números praticamente estáveis em relação ao levantamento anterior.

No Nordeste, tradicional reduto do lulismo, o apoio também cresceu, passando de 60% para 62%, enquanto a desaprovação oscilou levemente de 37% para 36%.

A pesquisa mostra ainda uma recuperação importante no Sudeste, região que concentra quase metade do eleitorado brasileiro. Em maio, apenas 32% dos eleitores da região aprovavam o governo, frente a 64% de desaprovação. Agora, os números mostram um quadro mais equilibrado: 44% aprovam e 52% reprovam, reduzindo a diferença de 32 para apenas 8 pontos percentuais.

No Sul do país, onde o petista ainda encontra maior resistência, houve leve melhora: a desaprovação caiu de 60% para 56%, e a aprovação subiu de 39% para 41%.

Os resultados indicam que o governo conseguiu recuperar parte da confiança de segmentos estratégicos, sobretudo após reforçar a pauta social e ampliar o alcance de programas federais. Apesar da reação positiva, o Planalto ainda enfrenta desafios eleitorais expressivos entre evangélicos e eleitores das regiões Sul e Centro-Oeste, considerados essenciais para equilibrar o mapa político em 2026.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. 

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