O texto inicial, que previa
a destinação integral dos recursos ao Executivo estadual, foi modificado pelas
principais comissões da Casa. Uma das alterações mais relevantes, sugerida pela
Comissão de Finanças e ratificada pelas comissões de Constituição, Legislação e
Justiça (CCLJ) e de Administração Pública, determina que metade do montante
seja investido em projetos apresentados pelos municípios pernambucanos.
Outro ponto incluído no
substitutivo exige que o Governo crie, no Portal da Transparência, um espaço
exclusivo para prestação de contas do empréstimo. Os dados sobre a execução
financeira deverão ser publicados a cada quatro meses, o que, segundo
deputados, aumenta o controle e a fiscalização sobre a aplicação dos recursos.
Apesar de estar pronto para
votação, o projeto segue cercado de polêmicas. A oposição, que comanda as
principais comissões da Alepe, defende a apreciação do substitutivo apresentado
pelo deputado Waldemar Borges (PSB), presidente da Comissão de Administração
Pública. Já a base governista pressiona pela análise do texto original enviado
pelo Executivo.
Como a oposição pautou o
substitutivo, governistas articulam-se para derrubá-lo em plenário. Caso
consigam, devem apresentar pedido de destaque para colocar em votação a
proposta inicial da governadora Raquel Lyra, evitando assim as mudanças
impostas nas comissões.
O presidente da CCLJ,
deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), ressaltou que o projeto, tal como está,
representa um avanço na relação entre Legislativo e Executivo, pois estabelece
critérios mais rígidos de controle.
“É uma construção que
a gente não pode esquecer. Primeiro se colocou regras claras e objetivas pelas
quais o Governo terá que cumprir com muito mais rigor. Também ficou claro que
caiu por terra aquela narrativa que a governadora fica usando, de que
Pernambuco tem pressa”, afirmou o parlamentar em entrevista ao
JC.
A votação do PLO 2692/2025 promete ser um dos momentos mais tensos da atual legislatura. O resultado não apenas definirá o destino do empréstimo bilionário, mas também servirá como termômetro da força política da governadora Raquel Lyra dentro da Alepe, em meio a uma base dividida e a uma oposição fortalecida no comando das comissões estratégicas.
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