domingo, 31 de agosto de 2025

Miguel Coelho reafirma candidatura ao Senado, critica Raquel Lyra e mira aliança com João Campos

            O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), voltou a se colocar no centro do debate político estadual ao conceder coletiva de imprensa na tarde da sexta-feira, em Afogados da Ingazeira, após cumprir agenda também em Serra Talhada, onde se reuniu com a prefeita Márcia Conrado (PT). No Sertão do Pajeú, Miguel esteve ao lado do prefeito Sandrinho Palmeira (PSB) e do presidente da Câmara, Daniel Valadares, reforçando a estratégia de buscar apoio de prefeitos e lideranças ligadas ao prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Durante a coletiva, Miguel foi categórico: quer disputar o Senado Federal na chapa liderada por João Campos. Ele aposta na força da federação entre União Brasil e Progressistas (PP), articulada em Pernambuco sobretudo com o deputado Dudu da Fonte, para garantir espaço na disputa interna contra nomes de peso como Sílvio Costa Filho (Republicanos, ministro de Portos e Aeroportos) e Marília Arraes (Solidariedade). Segundo ele, uma das duas vagas ao Senado já está praticamente consolidada em favor do senador Humberto Costa (PT), restando espaço para apenas um outro postulante no bloco governista.

Miguel descartou qualquer possibilidade de disputar a vice-governadoria como “prêmio de consolação”:

“Quero estar no Senado pelo que posso agregar à disputa estadual. Não se trata de vice. Minha candidatura é ao Senado, e é nessa missão que vou trabalhar.”

O ex-prefeito também não poupou críticas à governadora Raquel Lyra (PSDB). Segundo Miguel, a tucana abandonou o discurso de mudança que marcou sua eleição:

“A governadora deixou para trás o slogan de Estado de Mudança. Infelizmente, Pernambuco continua sem respostas concretas em áreas como segurança pública, que é uma das maiores preocupações da população.”

Miguel também comentou o cenário nacional, afirmando que o Brasil não pode mais “ficar refém da polarização entre Lula e Bolsonaro”. Ele reforçou que a federação União Brasil-PP terá papel importante nas eleições de 2026, especialmente diante do distanciamento crescente entre as siglas e o governo federal.

A relação com o Planalto se desgastou ainda mais após as críticas do presidente Lula (PT) ao presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, durante reunião ministerial. Pressionados pelas cúpulas partidárias, ministros indicados pelas legendas enfrentam dúvidas sobre permanência no governo. O caso mais emblemático é o do ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), que ainda resiste em deixar a Esplanada apesar do avanço das pressões.

Com esse movimento, Miguel Coelho busca se posicionar como a opção mais viável para representar o campo governista no Senado, apostando no peso eleitoral do Sertão, em sua trajetória política como ex-prefeito de Petrolina e na articulação nacional da federação União-PP. 

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