Enquanto o Recife
despencava, outras capitais avançaram com destaque. Salvador, Natal e Teresina
registraram crescimento expressivo no Nordeste, enquanto no Norte do país, Porto
Velho, Macapá e Palmas se consolidaram como as cidades com maior evolução no
levantamento. No total, 18 das 27 capitais brasileiras melhoraram suas colocações
– e apenas duas tiveram queda: Recife e Fortaleza, sendo que esta última caiu
apenas uma posição, de 8º para 9º lugar, em contraste com a perda significativa
da capital pernambucana.
Para especialistas, a queda
do Recife não é apenas estatística, mas reflexo de desafios estruturais que a
cidade enfrenta. Carla Marinho, executiva de Relações Governamentais e
Competitividade do CLP, destaca o impacto do resultado:
“Cair oito posições
para uma capital é muito relevante, especialmente quando olhamos para outras
cidades que avançaram fortemente neste ciclo.”
Apesar de ainda estar em
vantagem no cenário nordestino – a segunda colocada na região, Fortaleza,
aparece apenas na 97ª posição – a liderança do Recife perdeu solidez. Carla reforça
a necessidade de atenção:
“É uma liderança que
precisa ser vigiada e monitorada constantemente. O Recife é, entre as capitais
do Nordeste, a que mais perdeu posições neste ranking.”
O comportamento do Recife ao
longo das edições do ranking tem sido marcado por altos e baixos. Em 2020, ano
marcado pelos impactos da pandemia, a cidade atingiu sua pior colocação,
ocupando a 100ª posição. Já em 2023, viveu seu melhor momento, alcançando o 37º
lugar. Desde então, contudo, o movimento tem sido de queda contínua.
A trajetória recente reforça
um aspecto já conhecido da capital pernambucana: seus contrastes. Recife é
reconhecida nacionalmente como polo de inovação tecnológica e de economia
criativa, mas ainda enfrenta gargalos relacionados à desigualdade social,
mobilidade urbana, gestão de serviços básicos e infraestrutura.
A queda no ranking nacional funciona, portanto, como um termômetro da necessidade de planejamento estratégico, investimentos consistentes e políticas públicas sustentáveis para que a cidade consiga manter sua liderança regional sem perder espaço no cenário nacional.
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