Pernambuco amplia acesso à água com construção de 4.654 cisternas

             Em uma importante ação de combate à estiagem e à insegurança hídrica no interior do estado, o Governo de Pernambuco anunciou a construção de 4.654 cisternas em áreas rurais de 38 municípios, com um investimento total de R$ 40 milhões. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), e será executada pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca de Pernambuco (SDA), dentro do Programa Cisternas.

Voltado especialmente para famílias de baixa renda, agricultores familiares e comunidades tradicionais em situação de insegurança hídrica e alimentar, o projeto tem como objetivo ampliar o acesso à água para consumo humano, produção de alimentos e criação de pequenos animais. A previsão é que as obras sejam concluídas em até 12 meses.

Entre os municípios contemplados na região, destacam-se apenas Itaíba e Tupanatinga, situados no Agreste do Estado, região historicamente afetada pelos períodos prolongados de seca.

O projeto contempla a construção de dois tipos de cisternas, com finalidades específicas:

Cisterna de placas: com capacidade para 16 mil litros, será usada para captação e armazenamento de água da chuva para consumo humano. Estão previstas 4.312 unidades desse tipo.

Cisterna calçadão: com capacidade para 52 mil litros, será voltada para a produção de alimentos e criação de pequenos animais. Serão construídas 342 unidades.

A ação também contempla critérios de inclusão social. Pelo menos 70% das cisternas calçadão serão destinadas a mulheres, fortalecendo o protagonismo feminino no campo. Já 50% das cisternas de placas atenderão povos e comunidades tradicionais, como quilombolas, indígenas e ribeirinhos.

Para o Governo de Pernambuco, a ação representa mais do que uma obra de infraestrutura: trata-se de uma política pública estratégica para garantir dignidade, permanência e sustentabilidade nas áreas rurais. Ao utilizar tecnologia social simples e eficaz, o programa fortalece a resiliência das famílias frente à escassez hídrica, melhora a qualidade de vida no campo e contribui para a segurança alimentar.

A implantação das cisternas será feita em parceria com entidades da sociedade civil, que auxiliarão no mapeamento das famílias beneficiadas, capacitação e acompanhamento técnico das comunidades.

Com apoio direto do Governo Federal e foco nas populações mais vulneráveis, o projeto reforça o compromisso do Estado com a justiça social e o enfrentamento às desigualdades no semiárido pernambucano.

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