quinta-feira, 5 de junho de 2025

Operação Firenze escancara esquema milionário de fraudes em licitações públicas em Pernambuco

PF e CGU miram grupo empresarial que movimentou R$ 881 milhões com contratos públicos e lavagem de dinheiro

Na manhã desta quinta-feira (5), a Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Firenze para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes em licitações públicas e lavagem de dinheiro em Pernambuco. A operação foi desencadeada nos municípios de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, Timbaúba, na Zona da Mata Norte, e também em São Paulo.

Ao todo, 95 policiais federais e 6 auditores da CGU cumpriram 19 mandados de busca e apreensão, além de medidas judiciais como a proibição de contato entre investigados e a suspensão da atuação conjunta das empresas envolvidas em novos certames.

As investigações começaram em 2023 e revelaram um sofisticado esquema de manipulação de processos licitatórios, com frustração do caráter competitivo dos certames públicos, sobretudo em contratos com prefeituras e órgãos estaduais. O esquema teria se intensificado com a assinatura de um contrato com um município da Mata Norte, cujo nome segue sob sigilo.

Segundo a PF, as empresas envolvidas atuavam no ramo de terceirização de mão de obra e detinham contratos ativos com diversas prefeituras e com o Governo de Pernambuco. Entre 2021 e 2024, o grupo empresarial acumulou receitas superiores a R$ 881 milhões, fruto, segundo os investigadores, de práticas fraudulentas.

Além das irregularidades nas licitações, os agentes também encontraram fortes indícios de lavagem de dinheiro. Foram identificadas práticas como aquisição de bens de luxo pagos em espécie, uso de “laranjas”, movimentações financeiras fracionadas e compras ostentatórias que destoavam da renda declarada dos investigados.

O nome da operação — Firenze — remete à cidade italiana onde foi fundada uma das grifes de luxo preferidas de um dos principais alvos da investigação. De acordo com os agentes, ele realizava compras frequentes de alto valor e fazia os pagamentos sempre em dinheiro vivo.

A Operação Firenze lança luz sobre a complexidade e o alcance de esquemas criminosos que drenam recursos públicos, enfraquecem a competitividade e sustentam redes de enriquecimento ilícito às custas da população. 

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