Durante um discurso firme e
repleto de recados, João rompeu com a neutralidade que vinha mantendo até então
e criticou, sem citar nomes, a condução da política estadual. A fala foi
interpretada como um divisor de águas nas articulações que antecedem a eleição
de 2026, onde Campos é apontado como um dos principais nomes para disputar o
Governo de Pernambuco.
“Tem gente que acha que
aliado é como peça de motor, quebra e bota outra no lugar”, disparou o
prefeito. Em outro momento, foi ainda mais direto: “Não dá para esconder
números e tentar fazer a melhor fala do mundo, porque se não for verdade, não
tem aderência e coerência. Quem é assim vai ter dificuldade de fazer política.”
O prefeito do Recife também
aproveitou o momento para questionar áreas sensíveis da gestão estadual, como a
saúde pública e o programa Ganhe o Mundo — este último alvo de denúncias
recentes feitas por estudantes beneficiados. Sem poupar comparações, João
relembrou conquistas das gestões de seu pai, o ex-governador Eduardo Campos, em
contraponto ao que considera falta de efetividade do atual governo.
Em meio a um público de
aliados, João reafirmou o compromisso com o PSB e com a oposição, destacando a
resiliência do grupo: “Esse time aqui aprendeu a andar de cabeça erguida. […]
Vamos seguir gastando a sola do sapato e fortalecendo o nosso partido, fazendo
a discussão de forma correta.”
A mudança de postura também
foi reiterada na coletiva de imprensa, onde o prefeito — que assumirá a
presidência nacional do PSB no fim de maio — cravou: “Vamos fazer uma grande
oposição ao Governo do Estado, com correção, com equilíbrio, mas com
princípio.”
Ao ser questionado sobre o
papel do PSB no atual cenário estadual, João foi categórico: “O nosso time tem
história, tem lealdade, tem tamanho. O PSB tem feito o seu trabalho. Uma
oposição responsável, que marca as posições, que identifica o que está errado.”
A declaração não apenas
sinaliza um reposicionamento político do prefeito recifense, mas também acende
o radar para o jogo sucessório em Pernambuco. Em tom de pré-campanha, João
Campos deixou claro que o PSB pretende voltar ao protagonismo estadual — e não
pretende mais poupar palavras.
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