As
oitivas ocorrem em meio à apuração sobre a real situação financeira do Banco
Master e as negociações que envolveram a tentativa de venda da instituição ao
BRB. Após ouvir os depoentes, a delegada responsável pelo inquérito irá
analisar se há contradições relevantes entre as versões apresentadas. Caso
identifique divergências significativas, poderá determinar a realização de uma
acareação entre os envolvidos.
Todo
o procedimento será acompanhado por um juiz auxiliar do gabinete do ministro
Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de um representante do
Ministério Público, o que reforça o peso institucional do caso.
As
investigações tiveram início em 2024, no âmbito da Justiça Federal. De acordo
com a Polícia Federal, há indícios de que o Banco Master não dispunha de
recursos suficientes para honrar títulos com vencimento previsto para 2025.
Nesse contexto, Daniel Vorcaro e Paulo Henrique Costa teriam atuado
conjuntamente nas negociações para a venda da instituição ao BRB, banco público
ligado ao Governo do Distrito Federal.
Antes
de ser afastado do comando do BRB, após o avanço das investigações sobre
fraudes bancárias, Paulo Henrique Costa defendia publicamente a compra do Banco
Master como uma saída para a crise enfrentada pela instituição privada.
Segundo
investigadores, há expectativa de possíveis divergências no depoimento do
diretor do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. Embora ele não figure como
investigado, diferentemente de Vorcaro e Costa, sua atuação foi técnica e
institucional, envolvendo a análise de alternativas para a situação do Banco
Master.
Essas
alternativas incluíam aporte de recursos, mudança na diretoria, venda da
instituição e, por fim, a liquidação. Conforme apuração da Polícia Federal,
como as tentativas anteriores não avançaram, a Diretoria de Fiscalização do
Banco Central, em conjunto com sua equipe técnica, recomendou a liquidação do
banco.
A proposta de venda do Banco Master ao BRB acabou sendo vetada pela Diretoria de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, comandada por Renato Gomes. A decisão final foi submetida à diretoria colegiada da autoridade monetária, que aprovou, por unanimidade, a liquidação da instituição financeira.
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