Segundo
Lula, não houve qualquer acordo do governo com o Congresso Nacional para
viabilizar a tramitação da proposta. O presidente rechaçou articulações nos
bastidores e reforçou que crimes contra a democracia não podem ser
relativizados.
“Se
houve acordo com o governo, eu não fui informado. E se o presidente não foi
informado, não houve acordo. Tenho dito que as pessoas que cometeram crime
contra a democracia brasileira terão que pagar pelos atos cometidos contra esse
país. Nem terminou o julgamento ainda e já resolvem diminuir a pena. Com todo
respeito que tenho ao Congresso, na hora que chegar à minha mesa, eu vetarei”,
declarou.
O
projeto foi aprovado pelo plenário do Senado na noite da quarta-feira (17), com
48 votos favoráveis, 25 contrários e uma abstenção. Nos bastidores, circulou a
informação de que o líder do PT no Senado, Jaques Wagner (BA), teria optado por
não obstruir a votação em troca da aprovação de projetos econômicos de
interesse do governo.
Jaques
Wagner negou a existência de qualquer acordo, posição reiterada por Lula nesta
quinta-feira. Com a aprovação no Senado, o presidente terá 15 dias úteis para
decidir pela sanção ou veto. Caso o veto seja confirmado, o texto retorna ao
Congresso, que poderá mantê-lo ou derrubá-lo, mediante votação qualificada na
Câmara e no Senado.
O
episódio amplia o embate político em torno da responsabilização pelos atos que
atentaram contra a democracia e deve manter o tema no centro do debate nacional
nas próximas semanas.


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