A Justiça determinou ainda o
afastamento, por 180 dias, do vereador alvo do mandado de prisão e de dois
servidores da Câmara Municipal.
Segundo a promotora Katarina
Gouveia, integrante do Gaeco, o núcleo da investigação envolve a destinação de
emendas parlamentares a entidades associativas, especialmente a Associação
Filhos do Ipojuca, que recebeu cerca de R$ 12 milhões desde 2022, muito acima
do patamar histórico de cerca de R$ 200 mil anuais.
As apurações indicam que o
presidente da associação seria um “laranja”, e que a entidade funcionava em um
imóvel ligado a um vereador, que também teria indicado pessoas próximas em sua
direção. “Com o avanço das investigações, encontramos fortes indícios de
que o real proprietário da associação era o próprio vereador que destinava as
emendas”, afirmou Katarina.
O coordenador do Gaeco,
promotor Roberto Brayner, reforçou que a preocupação do MPPE é garantir que a
destinação de emendas seja transparente e republicana, alinhada ao entendimento
do ministro do STF, Flávio Dino, sobre controle social e publicidade no uso
desses recursos.
Segundo o delegado Ney
Rodrigues, responsável pelas investigações, as análises das prestações de
contas revelaram inconsistências e incapacidade operacional para execução dos
serviços que justificavam os repasses milionários. Ele destacou que empresários
e membros da Filhos do Ipojuca também teriam participado do esquema.
As autoridades afirmam que os elementos colhidos na operação permitirão aprofundar as investigações, que seguem em sigilo.
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