domingo, 12 de outubro de 2025

Trabalhadores da Compesa aprovam greve por tempo indeterminado em Pernambuco

                 Após assembleias realizadas nas cidades do Recife, Caruaru e Petrolina, os trabalhadores da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) decidiram, na quinta-feira (9), pela deflagração de greve por tempo indeterminado. A paralisação começará a partir desta segunda-feira (13), quando as unidades operacionais terão suas atividades interrompidas e os cargos gerenciais serão entregues. Haverá ainda mobilizações em frente à Sede Administrativa da Compesa, em Santo Amaro, no Recife, e nas gerências regionais no interior do estado.

O Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb-PE) divulgou boletim afirmando que a decisão reforça o compromisso com a luta coletiva por respeito, valorização e um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) justo. Segundo o sindicato, a categoria rejeitou as duas propostas apresentadas pela Compesa, destacando descontentamento com a falta de avanços concretos nas negociações.

Entre as principais reivindicações estão:

  • Reposição integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
  • Ganho real nos salários;
  • Garantia de estabilidade no emprego por 35 anos, tempo da concessão parcial dos serviços de água e esgoto.

Um dos pontos de maior preocupação da categoria é a concessão parcial dos serviços da Compesa para a iniciativa privada, com leilão previsto para o fim deste ano, segundo o diretor financeiro e ex-presidente do Sindurb-PE, José Barbosa Filho. Ele destacou ainda que a proposta da empresa oferecia 100% da inflação em um acordo de dois anos, enquanto os trabalhadores reivindicam ganho real de 3%.

O sindicato reforçou em nota:

“O Sindurb/PE reafirma que a greve é um instrumento legítimo de luta e resistência frente à intransigência da empresa.”

Por sua vez, a Compesa divulgou comunicado informando que todos os serviços estão sendo prestados normalmente, sem qualquer interrupção, ressaltando o compromisso com a população durante o processo de negociação.

A paralisação, caso ocorra conforme definido, poderá afetar operações essenciais de abastecimento de água e esgotamento sanitário, embora a empresa garanta a manutenção mínima dos serviços. 

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