Segundo Lula, a ligação foi
marcada por um clima de respeito mútuo e afinidade pessoal, lembrando o
encontro entre ambos em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.
“Recebi, nesta manhã,
telefonema do presidente Trump. Conversamos por 30 minutos e relembramos a boa
química que tivemos no encontro em Nova York. Considero nosso contato direto
uma oportunidade para restaurar as relações amigáveis de 201 anos entre os dois
países”, declarou o presidente.
Entre os temas discutidos, Lula
destacou o interesse em reequilibrar a balança comercial entre Brasil e Estados
Unidos. O presidente lembrou que o país é um dos três do G20 com os quais
Washington mantém superávit em bens e serviços, e solicitou a retirada da
sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros, além da revisão de medidas
restritivas aplicadas contra autoridades nacionais.
Em resposta, Donald Trump designou
o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações com o
vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da
Fazenda Fernando Haddad. O gesto foi interpretado como um sinal concreto de boa
vontade do republicano em fortalecer os laços bilaterais.
Lula afirmou que ambos
concordaram em se encontrar pessoalmente em breve. O presidente brasileiro
sugeriu a Cúpula da ASEAN, na Malásia, como possível cenário para a reunião,
além de reiterar o convite a Trump para participar da COP 30, em Belém, no
Pará, em 2025.
“Também me dispus a
viajar aos Estados Unidos. Eu e o presidente Trump trocamos telefones para
estabelecermos uma via direta de comunicação”,
revelou Lula.
A conversa contou com a
presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Mauro Vieira
(Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secretaria
de Comunicação) e do assessor especial Celso Amorim, reforçando o peso político
e diplomático da ligação.
A retomada do contato direto
entre Lula e Trump ocorre em um momento de redefinição das relações
internacionais do Brasil, que busca equilibrar sua atuação entre as grandes
potências e recuperar protagonismo no cenário global.
Fontes do Palácio do
Planalto interpretam o telefonema como um gesto pragmático de Lula, disposto a
manter canais abertos de diálogo independentemente das diferenças ideológicas.
O ex-presidente Trump, por sua vez, teria reconhecido o papel estratégico do
Brasil na América do Sul e demonstrado interesse em uma cooperação comercial e
diplomática de longo prazo.
Com o gesto, ambos sinalizam que o pragmatismo pode se sobrepor às divergências políticas, abrindo uma nova fase na história das relações entre Brasil e Estados Unidos — marcada pela diplomacia direta e pela busca de resultados concretos.
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