A dúvida é inevitável: será
que só a Simplex está certa e todos os outros estão errados?
O questionamento ganha força
diante do histórico recente do instituto, que já foi alvo de críticas por
distorcer amostras, incluindo municípios de fora de Pernambuco e até distritos
de Caruaru — reduto político da governadora — como se representassem o
eleitorado estadual. O método, além de questionável, compromete a fidelidade
estatística e gera um retrato artificialmente otimista para o campo governista.
Ao mesmo tempo, cresce a
percepção de que o núcleo de comunicação e articulação política do Palácio do
Campo das Princesas tenta, a todo custo, reverter o desgaste da gestão e recriar
uma narrativa de força nas redes e na mídia. Com a CPI da Milícia Digital
minando a atuação dos perfis anônimos ligados ao governo, a estratégia parece
ter migrado para uma forma mais explícita de ataque e manipulação — agora com a
participação de servidores nomeados, que partem para a ofensiva em defesa da
governadora e contra seus adversários.
Um caso emblemático foi o do
chefe do cerimonial da vice-governadora Priscila Krause, Pedro Francisco de
Souza, que, do próprio perfil no Instagram, atacou o presidente da Alepe, Álvaro
Porto, em tom de provocação política. O episódio levanta dúvidas sobre até que
ponto tais atitudes são espontâneas ou fazem parte de uma estratégia
orquestrada para enfraquecer adversários e desviar o foco da crise de imagem
que assombra o governo.
Além disso, a sombra do
ex-assessor Manoel Medeiros Neto, apontado como coordenador do chamado Gabinete
do Ódio de Mainha, volta a pairar sobre os bastidores da comunicação oficial. A
reincidência de figuras ligadas a esse grupo em ações de desinformação e
hostilidade política reforça a impressão de que o modus operandi permanece o
mesmo — apenas com novos rostos e plataformas.
No fim das contas, a
discrepância gritante entre os números da Simplex e os de institutos
tradicionais expõe mais do que divergências metodológicas: revela um projeto de
poder disposto a usar pesquisas como instrumento de marketing político, e não
de análise da realidade.
A opinião pública e os
eleitores merecem dados sérios, baseados em ciência e transparência — não narrativas
fabricadas para alimentar ilusões estatísticas. Até lá, a pergunta continua no
ar: só a Simplex está certa e todos os outros errados?
Giro de Notícias
Cultura e livros na praça
A FELIS – Feira Literária do
Sertão, que acontece entre os dias 16 e 19 de outubro de 2025, na Praça Winston
Siqueira, em Arcoverde, anuncia a programação da FELISINHA, um espaço
especialmente dedicado às crianças dentro da feira. Com atividades lúdicas,
oficinas, contações de histórias, teatro e vivências com mestres da cultura
popular, a FELISINHA acontece também dentro de escolas municipais e busca
aproximar as crianças do universo literário e valorizar a cultura local,
fortalecendo a ideia da infância como tempo de encantamento e aprendizado. Vale
a pena conferir, se desgrudar das telas e viver a realidade.
O passado sobre rodas na praça
Antes da FELIS tomar de
conta da Praça Winston Siqueira, centro de Arcoverde, os carros antigos vão invadir
o espaço público com a realização do 9º Encontro de Carros Antigos de
Arcoverde, que acontece nos dias 11 e 12 de outubro, próximo final de semana.
No local, os admiradores do passado vão poder ver de perto veículos que
marcaram gerações, além de shows e um desfile que vai percorrer as ruas e
avenidas da cidade.
Clima pesado entre vereador e prefeita em Sertânia
Em Sertânia, a condução da prefeita Pollyanna Abreu (PSD) na escolha do novo secretário de Juventude, Esporte, Cultura e Turismo tem provocado desconforto entre aliados políticos. A pasta está sem titular desde o fim de setembro, quando Galdêncio Neto deixou o cargo. Em discurso na Câmara Municipal, vereador e aliado Junhão Lins afirmou que a gestora não tem dialogado com seus parceiros na definição do novo secretário. “Apesar de fazer parte do grupo e estar sempre presente tanto no esporte quanto na cultura, não estou sendo ouvido”, disse o vereador.
Debandada de aliados no Pajeú
De acordo com nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (6), os líderes da
oposição em Afogados da Ingazeira, Danilo Simões e Edson Henrique, entregaram
os cargos de Assessores Especiais da Secretaria da Casa Civil do Governo de Raquel
Lyra. Na nota afirmam que aceitaram o convite para fazer parte do governo
Raquel Lyra, acreditando que poderiam contribuir de forma significativa para o
desenvolvimento de Afogados da Ingazeira e de toda Região do Pajeú. No entanto,
“a verdade é que nunca foram disponibilizados os espaços e as condições
necessárias para que esse trabalho fosse desenvolvido em sua plenitude”,
afirmam.
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