Com a decisão, o vereador
Paulinho Wanderley (PP) tem seu mandato confirmado até o final de 2028,
encerrando uma disputa judicial que se arrastava há meses e envolvia acusações
de fraude à cota de gênero, além de alegações de abuso de poder político e
econômico.
A ação, apresentada pelo Ministério
Público Eleitoral (MPE), teve origem em denúncias feitas por duas ex-candidatas
do partido — Nhayara Vanderlei e Zirleide Monteiro — que alegavam ter sido utilizadas
apenas para o preenchimento da cota mínima de gênero exigida por lei.
Em seu voto, o ministro
Nunes Marques ressaltou que o TRE-PE analisou de forma consistente as provas
apresentadas e não encontrou elementos suficientes para comprovar a existência
de fraude.
“O Tribunal de origem
consignou não haver prova clara e consistente de que a intenção do Diretório
Municipal do PP e das respectivas candidatas era apenas preencher a porcentagem
de gênero exigida por lei, sem almejar uma vitória efetiva nas urnas”,
destacou o relator.
O acórdão do TRE-PE também
apontou que as denunciantes participaram ativamente da convenção partidária, reivindicaram
recursos do Fundo Partidário e não sofreram pressões políticas para concorrer,
o que, segundo o julgamento, afasta a tese de coação ou uso indevido de
candidaturas femininas apenas para cumprir cotas.
Além disso, o tribunal
regional observou que a falta de repasse de verbas não atingiu apenas as
candidatas, mas todos os postulantes do PP em Arcoverde, o que elimina a
caracterização de violência de gênero ou retaliação específica.
“Portanto, não merece
reparos a conclusão do Tribunal de origem de que, no caso, os fatos imputados
aos agravados não teriam a robustez necessária para atestar a alegada fraude à
cota de gênero”, afirmou Nunes Marques em seu voto.
Ao concluir, o ministro
citou o enunciado nº 30 da Súmula do TSE, segundo o qual é inviável o
provimento de recurso quando a decisão regional está em conformidade com a
jurisprudência do Tribunal Superior, negando provimento ao agravo do MPE.
A decisão encerra definitivamente o caso no âmbito da Justiça Eleitoral, consolidando a legalidade da chapa do PP nas eleições de 2024 e garantindo estabilidade política ao mandato de Paulinho Wanderley no Legislativo arcoverdense.
A defesa do Partido
Progressista foi feita pela equipe da Barros Advogados Associados, tendo integrada pelos advogados Pedro Melchior, Rivaldo Leal, Paulo Melchior,
Renata Bezerra, Dyego Girão, Edimir de Barros e os advogados Wanil Lima e
Gabriel Landim.
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