sábado, 4 de outubro de 2025

Saída de Paulo Câmara do Banco do Nordeste é tratada como decisão pessoal, afirma Ministério da Fazenda

               O Ministério da Fazenda informou, em nota, que a saída de Paulo Câmara da presidência do Banco do Nordeste (BNB) será resultado de uma decisão pessoal do ex-governador de Pernambuco. A mudança deve ocorrer nos próximos dias, segundo a assessoria da pasta.

A explicação diverge da versão publicada pela coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, que citava o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, como fonte para justificar a saída com base na Lei das Estatais. Essa norma estabelece um período de quarentena para dirigentes partidários que assumem o comando de empresas públicas.

Em dezembro de 2023, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que os mandatos em curso deveriam ser concluídos até o fim. No caso do BNB, o prazo formal expirou em agosto, mas o estatuto da instituição prevê a continuidade do exercício até a posse da nova diretoria.

Apesar do afastamento iminente, há indicativos de que Paulo Câmara poderá ser reconduzido à presidência do banco já em janeiro de 2026. Nos bastidores, a interpretação é de que a saída teria caráter administrativo, sem rompimento político, e que o ex-governador mantém prestígio junto ao governo federal.

Em nota, o Ministério da Fazenda ressaltou que “a indicação de novo presidente será feita de forma tempestiva, transparente e nos termos do rito legal estabelecido pela Lei 13.303/16, pelo Decreto 8.945/16 e pelo Estatuto Social do Banco”. O Conselho de Administração do BNB deve se reunir em breve para avaliar o próximo nome a ser indicado pela pasta. A instituição financeira, por sua vez, não comentou oficialmente o caso.

Enquanto se discute o futuro do comando, o Banco do Nordeste apresentou ontem números preliminares referentes ao terceiro trimestre de 2025. Os resultados apontam crescimento expressivo sob a gestão de Paulo Câmara: de janeiro a setembro, as contratações aumentaram 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 49,8 bilhões.

Os dados reforçam a consolidação do banco como peça estratégica para o desenvolvimento da região, especialmente no financiamento de projetos produtivos.

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