A explicação diverge da
versão publicada pela coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, que citava o
secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, como fonte para justificar a
saída com base na Lei das Estatais. Essa norma estabelece um período de
quarentena para dirigentes partidários que assumem o comando de empresas
públicas.
Em dezembro de 2023, porém,
o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que os mandatos em curso deveriam ser
concluídos até o fim. No caso do BNB, o prazo formal expirou em agosto, mas o
estatuto da instituição prevê a continuidade do exercício até a posse da nova diretoria.
Apesar do afastamento
iminente, há indicativos de que Paulo Câmara poderá ser reconduzido à
presidência do banco já em janeiro de 2026. Nos bastidores, a interpretação é
de que a saída teria caráter administrativo, sem rompimento político, e que o
ex-governador mantém prestígio junto ao governo federal.
Em nota, o Ministério da
Fazenda ressaltou que “a indicação de novo presidente será feita de forma
tempestiva, transparente e nos termos do rito legal estabelecido pela Lei
13.303/16, pelo Decreto 8.945/16 e pelo Estatuto Social do Banco”. O
Conselho de Administração do BNB deve se reunir em breve para avaliar o próximo
nome a ser indicado pela pasta. A instituição financeira, por sua vez, não
comentou oficialmente o caso.
Enquanto se discute o futuro
do comando, o Banco do Nordeste apresentou ontem números preliminares
referentes ao terceiro trimestre de 2025. Os resultados apontam crescimento
expressivo sob a gestão de Paulo Câmara: de janeiro a setembro, as contratações
aumentaram 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 49,8
bilhões.
Os dados reforçam a
consolidação do banco como peça estratégica para o desenvolvimento da região,
especialmente no financiamento de projetos produtivos.
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