sábado, 4 de outubro de 2025

Bolsonaro sinaliza apoio a Tarcísio em 2026, mas exige presença de Michelle na chapa

              O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem admitido a aliados próximos que aceita a candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Palácio do Planalto em 2026. A anuência, no entanto, vem acompanhada de uma condição: caso esteja preso no próximo ano, Bolsonaro quer a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ocupando a vaga de vice na chapa.

Segundo interlocutores, o ex-presidente avalia que a direita só terá força plena na disputa se um integrante da família Bolsonaro estiver na linha de frente da campanha, percorrendo o país ao lado de Tarcísio.

Em conversas reservadas, Bolsonaro ressalta que, se estiver em liberdade até agosto de 2026 — início oficial do período eleitoral —, não será necessária a participação de Michelle como vice. O recado é interpretado como um aceno ao Centrão, de quem o ex-presidente espera apoio mais incisivo em futuras negociações por sua soltura.

Nos bastidores, contudo, a realidade política caminha em outra direção. Desde o mês passado, o tema da anistia deixou de ser prioridade no Congresso, cedendo espaço ao chamado “PL da dosimetria”. No horizonte imediato, não há sinais concretos de que Bolsonaro conseguirá reverter sua situação judicial.

Atualmente em prisão domiciliar em Brasília, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista. A decisão judicial prevê o início do cumprimento em regime fechado, mas a defesa deve insistir no modelo domiciliar, alegando questões de saúde.

Nesta semana, o governador de São Paulo visitou Bolsonaro em sua residência na capital federal. Após o encontro, Tarcísio de Freitas voltou a negar publicamente qualquer pretensão presidencial em 2026, reforçando que seu objetivo é disputar a reeleição no maior estado do país.

Ainda assim, a movimentação do ex-presidente expõe uma estratégia de preservação política: mesmo sob condenação pesada, Bolsonaro busca garantir que seu nome — ou ao menos seu sobrenome — continue central no projeto da direita brasileira. 

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