Prefeito reage a declaração
da governadora Raquel Lyra e reforça que gestão municipal já criou mais de 10
mil novas vagas em creches nos últimos cinco anos
Dois dias após a Secretaria
de Educação do Recife contestar declarações da governadora Raquel Lyra (PSD)
sobre a suposta falta de terrenos indicados para a construção de creches na
capital, o prefeito João Campos (PSB) afirmou neste domingo (12) que o tema não
deve ser transformado em disputa política. Segundo ele, a Prefeitura está
aberta à cooperação com o Governo do Estado.
“Nosso interesse é
colaborar, é ajudar. Jamais atrapalhar. Isso não é fruto de uma disputa
política. Disputa política é na eleição”, declarou o
prefeito, durante a inauguração da primeira etapa do Parque Linear Roque
Santeiro, no bairro dos Coelhos, área central do Recife.
João Campos também destacou
que a atual gestão municipal tem avançado significativamente na ampliação de
vagas de creche. “Eu fiz o dever de casa no Recife. Em 485 anos, a cidade
tinha 6.500 vagas de creche. Em menos de cinco anos, nossa gestão criou mais de
10 mil novas vagas”, ressaltou.
A declaração do prefeito foi
uma resposta indireta à entrevista dada por Raquel Lyra na última sexta-feira
(10), à Rádio Naza FM, na Mata Norte. Na ocasião, a governadora afirmou que a
Prefeitura do Recife solicitou a construção de dez creches dentro do programa
estadual Juntos pela Educação, mas não indicou os terrenos necessários para as
obras.
Em nota, a Secretaria de
Educação do Recife refutou a versão do Governo do Estado e informou que dez
terrenos foram oficialmente indicados — todos pertencentes ao patrimônio
estadual, justamente para facilitar a execução das obras. A pasta disse ainda
que o governo rejeitou nove desses terrenos e, posteriormente, sugeriu outros
seis, sendo cinco passíveis de desapropriação.
João Campos reafirmou que a
Prefeitura está disposta a fazer sua parte para destravar o projeto e reforçou
a importância da cooperação institucional. “O dever de casa tem que ser
feito. E o que o Recife tiver que fazer, a gente vai fazer. O espírito é de
colaboração. Não é para haver disputa em torno disso”, concluiu.
De acordo com o prefeito, a
orientação passada às equipes técnicas, ainda em junho de 2023, foi para que as
áreas sugeridas fossem de propriedade do Estado, de modo a agilizar o processo
burocrático e garantir a execução dos investimentos sem entraves
administrativos.
Enquanto as gestões estadual
e municipal trocam versões, o debate expõe um impasse político-administrativo
que, para o prefeito, precisa ser superado com diálogo e foco na população. “O
que importa é garantir o direito das crianças e das famílias. O resto é
secundário”, finalizou João Campos.
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