domingo, 12 de outubro de 2025

João Campos rebate Raquel e afasta disputa política sobre construção de creches no Recife

Prefeito reage a declaração da governadora Raquel Lyra e reforça que gestão municipal já criou mais de 10 mil novas vagas em creches nos últimos cinco anos

Dois dias após a Secretaria de Educação do Recife contestar declarações da governadora Raquel Lyra (PSD) sobre a suposta falta de terrenos indicados para a construção de creches na capital, o prefeito João Campos (PSB) afirmou neste domingo (12) que o tema não deve ser transformado em disputa política. Segundo ele, a Prefeitura está aberta à cooperação com o Governo do Estado.

“Nosso interesse é colaborar, é ajudar. Jamais atrapalhar. Isso não é fruto de uma disputa política. Disputa política é na eleição”, declarou o prefeito, durante a inauguração da primeira etapa do Parque Linear Roque Santeiro, no bairro dos Coelhos, área central do Recife.

João Campos também destacou que a atual gestão municipal tem avançado significativamente na ampliação de vagas de creche. “Eu fiz o dever de casa no Recife. Em 485 anos, a cidade tinha 6.500 vagas de creche. Em menos de cinco anos, nossa gestão criou mais de 10 mil novas vagas”, ressaltou.

A declaração do prefeito foi uma resposta indireta à entrevista dada por Raquel Lyra na última sexta-feira (10), à Rádio Naza FM, na Mata Norte. Na ocasião, a governadora afirmou que a Prefeitura do Recife solicitou a construção de dez creches dentro do programa estadual Juntos pela Educação, mas não indicou os terrenos necessários para as obras.

Em nota, a Secretaria de Educação do Recife refutou a versão do Governo do Estado e informou que dez terrenos foram oficialmente indicados — todos pertencentes ao patrimônio estadual, justamente para facilitar a execução das obras. A pasta disse ainda que o governo rejeitou nove desses terrenos e, posteriormente, sugeriu outros seis, sendo cinco passíveis de desapropriação.

João Campos reafirmou que a Prefeitura está disposta a fazer sua parte para destravar o projeto e reforçou a importância da cooperação institucional. “O dever de casa tem que ser feito. E o que o Recife tiver que fazer, a gente vai fazer. O espírito é de colaboração. Não é para haver disputa em torno disso”, concluiu.

De acordo com o prefeito, a orientação passada às equipes técnicas, ainda em junho de 2023, foi para que as áreas sugeridas fossem de propriedade do Estado, de modo a agilizar o processo burocrático e garantir a execução dos investimentos sem entraves administrativos.

Enquanto as gestões estadual e municipal trocam versões, o debate expõe um impasse político-administrativo que, para o prefeito, precisa ser superado com diálogo e foco na população. “O que importa é garantir o direito das crianças e das famílias. O resto é secundário”, finalizou João Campos. 

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