quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Governo Federal cria auxílio para garantir tratamento de câncer longe de casa

             O Ministério da Saúde anunciou a criação de um auxílio exclusivo para custear transporte, alimentação e hospedagem de pacientes que precisam se deslocar para realizar radioterapia. O novo benefício faz parte do programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo Governo Federal para fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no SUS.

De acordo com o ministério, cada paciente e seu acompanhante terão direito a R$ 150 para refeições e hospedagem e R$ 150 por trajeto. Atualmente, no Brasil, pacientes percorrem em média 145 quilômetros até os centros de radioterapia. Com o novo auxílio, o objetivo é garantir que ninguém deixe de se tratar por falta de condições financeiras.

“Estamos fazendo o maior Outubro Rosa da história dos 35 anos do SUS. Quando lançamos o programa Agora Tem Especialistas, estabelecemos o desafio de construir a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, e estou convencido de que vamos conseguir”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Salles, destacou que cerca de 40% dos pacientes do SUS buscam atendimento fora de sua região de origem. “Esse benefício representa um alívio no custo das famílias, reduz barreiras geográficas, diminui o abandono e os atrasos no tratamento, e garante melhores condições de acesso para pacientes que vivem em regiões rurais”, explicou.

O auxílio integra um conjunto de medidas que inclui o investimento adicional de R$ 156 milhões por ano para ampliar os serviços de radioterapia e atender até 60 novos pacientes por unidade, o que representa um aumento de 20,7% nos repasses federais, totalizando R$ 907 milhões anuais.

Outra inovação é a criação da Assistência Farmacêutica Oncológica, que garante custeio federal de 100% dos medicamentos contra o câncer. A nova portaria também muda o modelo de financiamento: quanto mais pacientes atendidos, mais recursos serão repassados aos serviços, estimulando o uso integral dos equipamentos de radioterapia e premiando unidades mais produtivas.

Segundo o secretário executivo Adriano Massuda, as portarias representam um avanço na forma de cuidar dos pacientes oncológicos no Brasil.

“Essas medidas reorganizam não apenas o financiamento, mas toda a lógica de cuidado, conectando a atenção básica, a atenção especializada e todos os pontos da rede”, afirmou.

Desde 2022, o Ministério da Saúde ampliou em 60% os investimentos em medicamentos oncológicos, saltando de R$ 3 bilhões para R$ 4,8 bilhões em 2024, reforçando o compromisso de garantir acesso universal e gratuito ao tratamento do câncer no país. 

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