“Tenho orgulho de
fazer parte do governo do presidente que sabe que a cabeça do crime organizado
desse país não está no barraco de uma favela. Muitas vezes está na lavagem de
dinheiro lá na Faria Lima, como vimos na Operação Carbono Oculto da Polícia
Federal”, afirmou Boulos, sob aplausos.
O novo ministro iniciou seu
discurso pedindo um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da operação —
entre elas, policiais e moradores das comunidades do Complexo do Alemão e da Penha,
no Rio. O presidente Lula não discursou na cerimônia.
O evento contou com a
presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, de ministros como Fernando Haddad
(Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além de centenas de
representantes de movimentos sociais, que lotaram o salão principal do
Planalto.
Boulos afirmou que recebeu
de Lula a missão de “colocar o governo na rua” nesta reta final
do terceiro mandato do presidente. Segundo ele, o diálogo com a sociedade deve
ir além dos apoiadores tradicionais do governo.
“A proposta é
dialogar não só com quem já concorda com as políticas públicas, mas também com
grupos como entregadores e motoristas de aplicativos. As políticas que mudam a
vida das pessoas não nascem só nos gabinetes — nascem das ruas, dos territórios
populares”, ressaltou.
Durante o discurso, o
ministro também rebateu críticas da oposição e apontou o que chamou de “hipocrisia
dos que dizem ser contra o sistema”.
“Se são contra o
sistema, por que é que não apoiam a nossa proposta de taxar bilionário e bets?”,
provocou.
Ao encerrar sua fala, Boulos
fez um agradecimento emocionado aos movimentos populares que o formaram
politicamente.
“São companheiros que
não tiveram a oportunidade de sentar no banco de escola, mas me ensinaram
lições que eu não aprendi em nenhuma universidade: o valor da solidariedade e
da luta coletiva”, concluiu.
👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas
redes sociais:


Nenhum comentário:
Postar um comentário