Em apenas dez meses de
gestão, a prefeita de Sertânia, Pollyanna Abreu (PSD), começa a enfrentar
sinais claros de desgaste dentro de sua própria base de apoio. O mais recente e
contundente veio justamente de quem deveria ser uma das vozes mais firmes em
defesa do governo: o vereador Luiz Abel, escolhido pela própria prefeita para
ser o líder do governo na Câmara Municipal.
Durante a sessão plenária da
última terça-feira (21), Luiz Abel fez um pronunciamento que expôs a crescente insatisfação
entre os aliados e a falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo.
Segundo o vereador, a Casa José Severo de Melo — sede do Parlamento municipal —
tem sido “esquecida” pela gestão.
“É uma Casa que não
tem o respeito que precisaria ter”, afirmou. “Os
requerimentos encaminhados às secretarias e à prefeita não recebem resposta
alguma. Nem mesmo um retorno dizendo que não é possível atender por questão de
recursos.”
O parlamentar afirmou estar
decepcionado com o distanciamento da gestão e com a falta de valorização dos
vereadores.
“Não adianta fazer
mais requerimentos, porque não temos nem o retorno dizendo que não vai ser
feito. Nem resposta a gente tem. Eu sou sincero, vereadores: é uma Casa que não
tem o respaldo nem o respeito que precisaria ter. Isso é uma realidade que
estamos passando aqui”, desabafou.
Luiz Abel também questionou
o desempenho e a postura dos secretários e cargos comissionados da gestão
Pollyanna Abreu, colocando em dúvida o nível de comprometimento da equipe.
“Será que tem pessoas
lá na prefeitura que estão muito ocupadas ou tem muitos que estão desocupados?
A gente precisa ter respeito e trabalhar em sintonia. Não quero dizer que
também sou um líder de governo sem força — nem lá e nem aqui. Porque um líder
de governo em que exoneram seu próprio assessor já está dizendo como está o
ambiente nessa casa”, ironizou.
“É uma coisa de
admirar nesse governo. Infelizmente, cada vez mais eu fico decepcionado, a
palavra é essa”, finalizou.
As críticas de Luiz Abel surgem dias após a prefeita revogar um decreto de contenção de despesas editado por ela mesma menos de um mês antes, sem oferecer qualquer explicação pública — o que aumentou o desconforto entre aliados e servidores.
O episódio reforça a percepção de que, em menos de um ano, o governo Pollyanna enfrenta dificuldades internas, falhas de comunicação e perda de apoio dentro da própria base, num momento em que a gestão ainda busca consolidar sua identidade política e administrativa.
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