De acordo com relatos,
Paloma deu entrada no hospital no dia 8 de outubro com fortes dores na região
do útero e sangramento intenso. Mesmo diante da gravidade, o atendimento foi
tratado com descaso. “Ela sentia muita dor, mas os médicos insistiam que era
aborto e ignoraram nossos pedidos de ajuda”, relatou a amiga Thais Leal, que
acompanhava a paciente junto à filha dela, Maria Clara.
O caso ganhou contornos de
indignação social ao revelar um problema recorrente: a dificuldade de mulheres
receberem atendimento digno quando há suspeita de aborto, mesmo em situações de
outras doenças ginecológicas graves, como endometriose — diagnóstico que
familiares afirmam que Paloma já possuía.
A Delegacia Seccional de
Olinda instaurou inquérito policial, e o Ministério Público recebeu denúncia
formal. O hospital negou ter havido negligência e afirmou, em nota, que a
paciente “recebeu acolhimento imediato e todos os procedimentos indicados”. Já
a Prefeitura de Olinda anunciou a abertura de sindicância para apurar
responsabilidades.
Para especialistas, o caso expõe um duplo problema: falhas estruturais no atendimento hospitalar e preconceitos que afetam o tratamento de mulheres, especialmente em casos envolvendo o sistema reprodutivo. A morte de Paloma Alves Moura deixa uma lacuna de dor entre familiares e amigos — e um alerta urgente sobre a necessidade de humanização e responsabilidade na saúde pública.
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