quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Bolsonaro solicita ao STF autorização para receber aliados políticos em prisão domiciliar

              Cumprindo prisão domiciliar desde agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nesta quinta-feira (2) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para receber visitas de quatro aliados políticos em sua residência. Entre os nomes solicitados está o vereador do Recife Gilson Filho (PL-PE), herdeiro do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, conhecido como fiel escudeiro do ex-presidente.

Os outros três integrantes da lista são figuras de destaque no Partido Liberal em nível nacional: o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto; o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); e o senador Márcio Bittar (PL-AC). Segundo a defesa de Bolsonaro, os encontros teriam caráter pessoal e político, destacando a “necessidade de diálogo pessoal” entre o ex-presidente e seus aliados. As visitas ainda não possuem data definida e a decisão final sobre a autorização cabe ao ministro Alexandre de Moraes, que vem atendendo a pedidos da defesa do ex-presidente em situações semelhantes.

O vereador Gilson Filho se disse grato pela oportunidade de estar incluído na lista de visitantes. “Tenho que ser grato ao presidente Jair Messias Bolsonaro. Ele acreditou em mim, disse que eu deveria entrar na política, que a política precisava de mais homens de bem. Que se eu não entrasse, talvez outro entraria, alguém que não tem os ideais de Deus, pátria, família e liberdade”, afirmou.

Conhecido como um dos principais defensores de Bolsonaro no Recife, Gilson Filho vem ganhando espaço entre as lideranças bolsonaristas, assumindo gradualmente o lugar do pai, Gilson Machado. Este último cumpre medidas cautelares impostas pelo STF e não pode deixar a capital pernambucana, nem se comunicar com investigados na investigação sobre a trama golpista, desde que sua prisão preventiva foi revogada em junho pelo ministro Alexandre de Moraes.

Gilson Machado havia sido preso pela Polícia Federal sob suspeita de auxiliar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, na obtenção de um passaporte português. Desde então, sua presença ativa na política local diminuiu consideravelmente.

O afastamento de Gilson Machado abriu espaço para o fortalecimento de Gilson Filho dentro do PL, ao mesmo tempo em que provoca disputas internas na legenda. A pré-candidatura do ex-ministro ao Senado Federal em 2026 tem sido questionada pelo presidente estadual do partido, Anderson Ferreira, seu principal adversário interno. Enquanto isso, Gilson Filho consolida sua imagem como representante da linha bolsonarista no estado, mantendo a proximidade com o ex-presidente mesmo à distância.

O STF ainda não se manifestou sobre o pedido de visitas, mas a expectativa é que a decisão de Alexandre de Moraes sinalize como será tratado o contato entre Bolsonaro e aliados durante o período de prisão domiciliar. 

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