Bonner chegou à Globo em
1986 e construiu uma carreira marcada por credibilidade e liderança editorial.
Antes do JN, foi apresentador do SPTV, Jornal Hoje, Fantástico e Jornal da
Globo. Em 1996 assumiu a bancada do Jornal Nacional, tornando-se âncora
principal. Três anos depois, acumulou também a função de editor-chefe, cargo
que exerceu por 26 anos, conduzindo a equipe responsável pelo telejornal mais
assistido do país.
Ao longo desse período,
esteve à frente da cobertura de grandes acontecimentos nacionais e
internacionais, atravessando mudanças tecnológicas e editoriais que moldaram a
forma de fazer telejornalismo no Brasil.
Segundo a Globo, a saída de
Bonner vinha sendo construída de forma planejada há pelo menos cinco anos. O
jornalista manifestou desejo de reduzir a carga horária e abrir mão de funções
executivas para dedicar mais tempo à família e a projetos pessoais.
“Esse aniversário do
JN não tem número redondo, série especial ou livro. Foi o que mais consumiu
tempo de preparação: cinco anos de conversas, pandemia no caminho, sucessores preparados.
Hoje podemos falar dessas mudanças com serenidade. São 29 anos de bancada, 26
como chefe de equipe. Nesse tempo, meus filhos cresceram, mudaram de endereço e
até de país. Era hora de mudar de ritmo”, disse Bonner em sua
fala de despedida.
Com a saída de Bonner, a
estrutura de comando também passa por ajustes:
- Cristiana Sousa Cruz, atual editora-chefe adjunta e parceira de Bonner nos últimos seis anos, será a nova editora-chefe do JN.
- Roberto Kovalick assume o Jornal Hoje, no lugar de Tralli.
- Tiago Scheuer passa a apresentar o Hora Um, abrindo a grade diária da emissora.
Já Bonner, a partir de 2025,
se unirá à jornalista Sandra Annenberg no comando do Globo Repórter, realização
de um desejo antigo do apresentador, que afirmou sempre ter sonhado em integrar
a equipe do programa.
Reconhecido como uma das
vozes mais influentes do jornalismo brasileiro, William Bonner deixa o JN com
um legado de quase três décadas que ajudou a consolidar a credibilidade do
telejornal como referência nacional.
“De todos os
programas de jornalismo da Globo, o Globo Repórter era o único em que nunca
atuei. Agora estarei lá, ao lado da Sandra, que me recebeu com carinho dizendo:
‘Cheguei antes, amigo. Te espero aqui’. Estou honrado e feliz”,
declarou o jornalista.
Com a transição, o Jornal
Nacional inaugura uma nova fase, marcada pela chegada de César Tralli e pela
continuidade de Renata Vasconcellos, enquanto Bonner se prepara para escrever o
próximo capítulo de sua carreira.
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