Pelas regras regimentais do
Senado, apenas uma votação não unânime permitiria recurso para levar a matéria
ao plenário. Com a decisão da CCJ, a proposta será arquivada, a não ser que
haja manobra política para reverter o destino.
O presidente da CCJ, senador
Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que existe um entendimento com o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que o texto fosse submetido ao
plenário. No entanto, a assessoria de Alcolumbre descartou essa possibilidade e
informou que caberá a ele apenas comunicar o arquivamento.
A PEC havia sido aprovada na
Câmara dos Deputados na semana passada, mas encontrou forte resistência no
Senado. Além da pressão de senadores contrários à proposta, manifestações
populares contra o avanço da medida ganharam força nas redes sociais e nas
ruas, aumentando o desgaste político.
Para acelerar o processo
diante da repercussão negativa, Otto Alencar decidiu pautar a matéria em tempo
recorde — apenas uma semana após recebê-la da Câmara. O relator escolhido,
senador Alessandro Vieira (MDB-SE), também se posicionou contra a proposta,
reforçando o ambiente de rejeição.
Com a decisão unânime da CCJ, o Senado envia um recado claro: não há espaço para medidas que possam ampliar a blindagem judicial de parlamentares. O resultado expõe a pressão da opinião pública e reforça a importância da Casa Alta como filtro de propostas polêmicas vindas da Câmara.
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