quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Lula destaca “química” com Trump e aposta em reaproximação entre Brasil e Estados Unidos

             O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao adotar um tom otimista em relação ao diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o encontro que ambos tiveram à margem da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Nesta quarta-feira (24), Lula afirmou que a reunião simbolizou a superação de barreiras políticas e ideológicas. “Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu. Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós. Como eu acho que a relação humana é 80% química e 20% emoção, é muito importante essa relação. Torço para que dê certo, porque Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente”, declarou.

O gesto de aproximação ocorre em um momento delicado das relações bilaterais. Na terça-feira (23), em seu discurso na ONU, Trump confirmou que voltará a se reunir com Lula na próxima semana, com foco nas retaliações comerciais impostas pelos EUA ao Brasil em julho — entre elas, uma sobretaxa de 50% sobre produtos nacionais.

Segundo Lula, o encontro futuro será uma oportunidade para corrigir percepções equivocadas. “Estendi a mão para ele, cumprimentei, disse que temos muito a conversar. Não tem limite e não tem veto de assunto. Mas tem que ter uma conversa. Tenho muita coisa para conversar e dois chefes de Estado precisam conversar com base em informações verdadeiras. Acho que ele está mal-informado sobre o Brasil, o que o levou a tomar decisões erradas. Na hora que a gente tiver um encontro, acho que isso estará resolvido”, completou o presidente.

A fala de Lula reforça a intenção do governo brasileiro de buscar uma solução diplomática para reverter os entraves comerciais e abrir uma nova página na relação com Washington. Para analistas políticos, o simbolismo da “química” mencionada pelos líderes pode indicar um esforço de ambos os lados para diminuir tensões e reconstituir a confiança bilateral.

Se confirmado, o encontro da próxima semana será decisivo para avaliar até que ponto a retórica conciliatória será traduzida em avanços concretos no campo político e econômico.

 

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