A justificativa do prefeito
foi direta: a ausência da gestora no município da Mata Sul e a falta de
atendimento às demandas locais. “A decisão foi da governadora, que não
abraçou as necessidades do município. Em quase três anos, sequer visitou Xexéu”,
disse Thiago em entrevista à Rádio Folha, um dia após anunciar apoio a João Campos.
Questionada sobre a perda do
aliado, Raquel Lyra admitiu que não consegue chegar a todos os municípios com a
velocidade desejada.
“Não tenho dúvida
nenhuma de que, se tem algum prefeito triste ou chateado porque ainda não cheguei
a sua cidade da forma como ele sonhava, é porque a gente não consegue fazer
tudo num tempo só”, afirmou após inaugurar uma cozinha
comunitária e anunciar a instalação de uma Estação de Tratamento de Água (ETA)
em São José do Egito, no Sertão do Pajeú.
Ainda assim, a governadora
reforçou que os 184 municípios pernambucanos receberam ações de sua gestão ao
longo de dois anos e nove meses.
“Estamos presentes,
como nunca estivemos, em cada região de Pernambuco, sem escolhermos com quem
trabalhar. Não estou olhando para eleição, e todos os prefeitos são prefeitos
eleitos para Pernambuco. Estou trabalhando com todos eles, independentemente da
bandeira partidária”, destacou.
A governadora também
aproveitou para enviar recados à oposição e se posicionar diante da antecipação
da corrida eleitoral. Sem citar nominalmente João Campos ou os apoios que ele
vem conquistando, Raquel Lyra deixou claro que não pretende pautar sua gestão
por cálculos eleitorais.
“A gente não faz
conta de voto. O voto é consequência de um trabalho. Tem gente que pensa em
voto todo dia e fica querendo desconstruir aquilo que estamos fazendo, mas
tenho consciência da minha responsabilidade como governadora de Pernambuco”,
enfatizou.
A saída de Thiago de Miel do campo governista soma-se a outros movimentos recentes que reforçam a estratégia do prefeito do Recife de ampliar sua base de alianças em direção a 2026. Já Raquel Lyra, mesmo admitindo limitações de execução, aposta na narrativa de presença estadual e na marca de obras e programas espalhados por todas as regiões, como contraponto ao discurso oposicionista de falta de diálogo e de atenção aos municípios.
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