segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Raquel Lyra admite limitações, mas reafirma presença do governo nos 184 municípios

                 Em uma semana marcada por movimentações políticas que acirraram os bastidores da sucessão estadual de 2026, a governadora Raquel Lyra (PSD) foi instada a responder críticas e desgastes dentro de sua própria base. A perda do apoio do prefeito de Xexéu, Thiago de Miel (PSD), que declarou adesão ao projeto do prefeito do Recife, João Campos (PSB), potencial adversário ao Palácio do Campo das Princesas, expôs tensões no campo governista.

A justificativa do prefeito foi direta: a ausência da gestora no município da Mata Sul e a falta de atendimento às demandas locais. “A decisão foi da governadora, que não abraçou as necessidades do município. Em quase três anos, sequer visitou Xexéu”, disse Thiago em entrevista à Rádio Folha, um dia após anunciar apoio a João Campos.

Questionada sobre a perda do aliado, Raquel Lyra admitiu que não consegue chegar a todos os municípios com a velocidade desejada.

“Não tenho dúvida nenhuma de que, se tem algum prefeito triste ou chateado porque ainda não cheguei a sua cidade da forma como ele sonhava, é porque a gente não consegue fazer tudo num tempo só”, afirmou após inaugurar uma cozinha comunitária e anunciar a instalação de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) em São José do Egito, no Sertão do Pajeú.

Ainda assim, a governadora reforçou que os 184 municípios pernambucanos receberam ações de sua gestão ao longo de dois anos e nove meses.

“Estamos presentes, como nunca estivemos, em cada região de Pernambuco, sem escolhermos com quem trabalhar. Não estou olhando para eleição, e todos os prefeitos são prefeitos eleitos para Pernambuco. Estou trabalhando com todos eles, independentemente da bandeira partidária”, destacou.

A governadora também aproveitou para enviar recados à oposição e se posicionar diante da antecipação da corrida eleitoral. Sem citar nominalmente João Campos ou os apoios que ele vem conquistando, Raquel Lyra deixou claro que não pretende pautar sua gestão por cálculos eleitorais.

“A gente não faz conta de voto. O voto é consequência de um trabalho. Tem gente que pensa em voto todo dia e fica querendo desconstruir aquilo que estamos fazendo, mas tenho consciência da minha responsabilidade como governadora de Pernambuco”, enfatizou.

A saída de Thiago de Miel do campo governista soma-se a outros movimentos recentes que reforçam a estratégia do prefeito do Recife de ampliar sua base de alianças em direção a 2026. Já Raquel Lyra, mesmo admitindo limitações de execução, aposta na narrativa de presença estadual e na marca de obras e programas espalhados por todas as regiões, como contraponto ao discurso oposicionista de falta de diálogo e de atenção aos municípios. 

👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário