O documento faz parte do
inquérito que investiga a parlamentar pelos crimes de coação no curso do
processo e obstrução de investigação. A apuração foi aberta em junho, após
Zambelli fugir para a Itália na tentativa de escapar da condenação de 10 anos
de prisão imposta pelo STF pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
Na decisão que autorizou o
inquérito, Moraes havia citado publicações da deputada nas redes sociais,
apontando que ela poderia estar tentando adotar o “mesmo modus operandi” do
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, para
praticar condutas ilícitas contra a Justiça.
Segundo a PF, embora
Zambelli tenha verbalizado intenção de obstruir a aplicação da lei penal, não
houve provas de que suas declarações tenham se transformado em atos concretos. “Embora
a intenção de frustrar a aplicação da lei penal tenha sido verbalizada, o
comportamento de Carla Zambelli, salvo melhor juízo, não ultrapassou o campo da
retórica, inexistindo prova de efetivo êxito na adoção de expedientes,
contatos, articulações ou providências aptas a comprometer o regular andamento
de ação penal”, diz o relatório.
Antes de ser detida na
Itália, Zambelli também esteve nos Estados Unidos, de onde fez postagens
atacando diretamente Moraes e o STF.
Com o parecer da PF, caberá
agora ao ministro Alexandre de Moraes decidir se arquiva o inquérito, solicita
novas diligências ou envia o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para
manifestação.
O desfecho do processo poderá redefinir os rumos da situação jurídica e política da deputada, que segue cumprindo prisão preventiva.
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