terça-feira, 16 de setembro de 2025

Mercosul firma tratado de livre comércio com Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein

            Enquanto aguarda a conclusão do acordo de livre comércio com a União Europeia, o Mercosul deu um passo estratégico para fortalecer sua presença no continente europeu. Nesta terça-feira (16), o bloco sul-americano assinou um tratado com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

O pacto, celebrado no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, cria um mercado de aproximadamente 290 milhões de consumidores, abrangendo economias cujo Produto Interno Bruto (PIB) conjunto ultrapassa US$ 4,39 trilhões (mais de R$ 23 trilhões em valores de 2024). O acordo é resultado de negociações que tiveram início em 2017 e que passaram por 14 rodadas, sendo concluídas em junho de 2025, em Buenos Aires, sob a presidência rotativa da Argentina.

O evento reuniu ministros e diplomatas de vários países associados ao Mercosul e foi marcado por discursos em defesa do multilateralismo e da cooperação internacional. A assinatura ocorre em um cenário internacional de tensões comerciais, intensificadas pelas políticas protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem elevado tarifas sobre diversos produtos importados.

Nesse contexto, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou a relevância do tratado:

“Em um mundo de incerteza, nós estamos dando uma prova de que é possível fortalecer o multilateralismo e o livre comércio. O comércio aproxima os povos, e o desenvolvimento promove a paz”, afirmou.

Atualmente, o Brasil exerce a presidência pro tempore do Mercosul, que reúne Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela (esta última suspensa). O bloco também mantém uma rede de países associados, como Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Peru e Suriname.

Com o novo acordo, o Mercosul amplia seu campo de atuação internacional e reforça sua estratégia de diversificação comercial, aproximando-se de economias europeias altamente desenvolvidas e inovadoras.

Especialistas avaliam que o tratado poderá trazer ganhos expressivos para setores como agronegócio, tecnologia e serviços, além de abrir caminho para futuras parcerias bilaterais e multilaterais que consolidem o bloco sul-americano como um ator de maior relevância no comércio global. 

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